Tabuleta com antigo texto em hebraico que pode indicar o nome de Deus e a origem da Bíblia.
Imagem: Michael C. Luddeni/Associates for Biblical Research
Uma tabuleta chamada de "amaldiçoada" foi encontrada por um grupo de arqueólogos e, após longas investigações, eles afirmam que o objeto pode dar pistas sobre o verdadeiro nome de Deus, quando a Bíblia foi escrita e quem foram os responsáveis pela criação do livro mais famoso do mundo. O artefato de chumbo foi localizado no Monte Ebal, também conhecido como território de maldições bíblicas, nos arredores da Cisjordânia, e data de 1.400 a 1.200 a.C., segundo o The Mirror.
Após analisar a tabuleta, o arqueólogo Scott Stripling anunciou em uma coletiva de imprensa em março que descobriu em seu interior um texto hebraico proto-alfabético, na forma de um quiástico - palavras ou frases organizados de forma cruzada - indicando o que acredita ser o nome de Deus - YHWH - e um aviso de que o leitor dos escritos morrerá devido a uma maldição.
Se a datação estiver correta, o objeto pode ser o primeiro registro do nome de Deus, assim como também pode indicar que os israelitas eram alfabetizados quando entraram na Terra Santa e foram capazes de documentar os eventos ocorridos nos tempos bíblicos.
"Este é um texto que você encontra apenas a cada 1.000 anos", disse Gershon Galil, professor da Universidade de Haifa em entrevista ao jornal The Times of Israel. Ele também contribuiu com os esforços para decifrar o texto interno oculto da tabuleta de chumbo com base em digitalizações de alta tecnologia realizadas em Praga na Academia de Ciências da República Tcheca.
'Extremamente importante' Para Galil, essa descoberta não apenas marca um avanço nos estudos sobre a Terra Santa, como também põe fim à discussão acadêmica sobre a alfabetização dos israelitas. "Sabemos que, desde o momento em que chegaram a Israel, eles sabiam escrever, inclusive o nome de Deus, com clareza", explicou. "Não é uma grande surpresa, porque as pessoas já sabiam escrever em outros lugares".
"É [uma descoberta] extremamente importante. Alguns especialistas estão descrevendo isso como a descoberta mais importante de nossas vidas, porque é anterior a qualquer coisa que tenhamos antes em relação aos scripts hebraicos", disse o Strippling.
"A Bíblia foi escrita quando supostamente havia uma escrita alfabética no tempo em que Moisés e Josué poderiam ter feito registros? Muitos críticos, até este ponto, argumentaram contra isso e disseram: 'Não, foi escrito muito mais tarde no período persa ou no período helenístico'", pontuou ele. Strippling acrescentou que os escritos na tabuleta eram mais antigos do que qualquer outro texto hebraico encontrado e reforçou que o material de chumbo vem da Grécia antiga, onde as minas foram intensamente usadas no final da idade do bronze, período datado de aproximadamente 1.200 a.C.
Para o arqueólogo, a descoberta pode não apenas estremecer os limitados conhecimentos que a humanidade tem a respeito de Deus e das histórias bíblicas, como também trazer diferentes pontos de vista sobre essas narrativas, porque, até o momento, muitos estudiosos defendiam a teoria de que a Bíblia só foi escrita centenas de anos após a datação estimada para o texto recém-descoberto. "Agora vemos que alguém poderia escrever um quiástico" no século 12 a.C. A conversa não deveria mais ser sobre se os israelitas eram alfabetizados durante o tempo do rei Davi. A pessoa que escreveu este texto tinha a capacidade de escrever todos os textos da Bíblia", opinou Galil.
FONTE: UOL Noticias
Uma tabuleta chamada de "amaldiçoada" foi encontrada por um grupo de arqueólogos e, após longas investigações, eles afirmam que o objeto pode dar pistas sobre o verdadeiro nome de Deus, quando a Bíblia foi escrita e quem foram os responsáveis pela criação do livro mais famoso do mundo. O artefato de chumbo foi localizado no Monte Ebal, também conhecido como território de maldições bíblicas, nos arredores da Cisjordânia, e data de 1.400 a 1.200 a.C., segundo o The Mirror.
Após analisar a tabuleta, o arqueólogo Scott Stripling anunciou em uma coletiva de imprensa em março que descobriu em seu interior um texto hebraico proto-alfabético, na forma de um quiástico - palavras ou frases organizados de forma cruzada - indicando o que acredita ser o nome de Deus - YHWH - e um aviso de que o leitor dos escritos morrerá devido a uma maldição.
Se a datação estiver correta, o objeto pode ser o primeiro registro do nome de Deus, assim como também pode indicar que os israelitas eram alfabetizados quando entraram na Terra Santa e foram capazes de documentar os eventos ocorridos nos tempos bíblicos.
"Este é um texto que você encontra apenas a cada 1.000 anos", disse Gershon Galil, professor da Universidade de Haifa em entrevista ao jornal The Times of Israel. Ele também contribuiu com os esforços para decifrar o texto interno oculto da tabuleta de chumbo com base em digitalizações de alta tecnologia realizadas em Praga na Academia de Ciências da República Tcheca.
'Extremamente importante' Para Galil, essa descoberta não apenas marca um avanço nos estudos sobre a Terra Santa, como também põe fim à discussão acadêmica sobre a alfabetização dos israelitas. "Sabemos que, desde o momento em que chegaram a Israel, eles sabiam escrever, inclusive o nome de Deus, com clareza", explicou. "Não é uma grande surpresa, porque as pessoas já sabiam escrever em outros lugares".
"É [uma descoberta] extremamente importante. Alguns especialistas estão descrevendo isso como a descoberta mais importante de nossas vidas, porque é anterior a qualquer coisa que tenhamos antes em relação aos scripts hebraicos", disse o Strippling.
"A Bíblia foi escrita quando supostamente havia uma escrita alfabética no tempo em que Moisés e Josué poderiam ter feito registros? Muitos críticos, até este ponto, argumentaram contra isso e disseram: 'Não, foi escrito muito mais tarde no período persa ou no período helenístico'", pontuou ele. Strippling acrescentou que os escritos na tabuleta eram mais antigos do que qualquer outro texto hebraico encontrado e reforçou que o material de chumbo vem da Grécia antiga, onde as minas foram intensamente usadas no final da idade do bronze, período datado de aproximadamente 1.200 a.C.
Para o arqueólogo, a descoberta pode não apenas estremecer os limitados conhecimentos que a humanidade tem a respeito de Deus e das histórias bíblicas, como também trazer diferentes pontos de vista sobre essas narrativas, porque, até o momento, muitos estudiosos defendiam a teoria de que a Bíblia só foi escrita centenas de anos após a datação estimada para o texto recém-descoberto. "Agora vemos que alguém poderia escrever um quiástico" no século 12 a.C. A conversa não deveria mais ser sobre se os israelitas eram alfabetizados durante o tempo do rei Davi. A pessoa que escreveu este texto tinha a capacidade de escrever todos os textos da Bíblia", opinou Galil.
FONTE: UOL Noticias
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