Há uma grande diferença entre praticar uma religião e experimentar um relacionamento com Deus. Há uma grande diferença entre religião e salvação. Há muitas religiões, mas um só Deus e um só Evangelho. Religião vem dos homens; "O Evangelho é o poder de Deus para a salvação por meio de Jesus Cristo". Religião é o ópio do povo; Salvação é presente de Deus ao homem perdido. Religião é história do homem pecador que precisa fazer alguma coisa para o seu deus imaginado. O Evangelho nos diz o que o Deus Santo fez pelo homem pecador. Religião procura um deus; O Evangelho é a Boa Nova de que Jesus Cristo procura o homem que se encontra no caminho errado. "Porque o Filho do Homem veio salvar o que se havia perdido" (Mateus 18:11). O Evangelho muda o ser humano por dentro por meio da presença do Espírito Santo de Deus em seu coração. Nenhuma religião tem um salvador ressuscitado, que perdoa os pecados e dá vida eterna, pois só Jesus Cristo venceu a morte. Por isso, dirija-se só a Jesus Cristo. Ele é o único que pode perdoar os seus pecados e lhe dar vida nova nesta vida e vida eterna no reino de Deus. "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo" (Atos 16:31). "E o sangue de Jesus , Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (I João 1:7). Receba a Jesus AGORA em seu coração como seu Salvador e como único Senhor de sua vida. "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações"; "Hoje é o dia da Salvação". E depois de aceitar a Cristo Ele diz: "Se me amais, guardai os meus mandamentos" (João 14:15). "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (João 15:10). "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" (João 14:21).

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A verdadeira história do Natal...

A humanidade comemora essa data desde bem antes do nascimento de Jesus. Conheça o bolo de tradições que deram origem à Noite Feliz.

Roma, século 2, dia 25 de dezembro. A população está em festa, em homenagem ao nascimento daquele que veio para trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens. Cultos religiosos celebram o ícone, nessa que é a data mais sagrada do ano. Enquanto isso, as famílias apreciam os presentes trocados dias antes e se recuperam de uma longa comilança.
Mas não. Essa comemoração não é o Natal. Trata-se de uma homenagem à data de "nascimento" do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos. Qualquer semelhança com o feriado cristão, no entanto, não é mera coincidência.
A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o "renascimento" do Sol. Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. E então era só festa. Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: o forrobodó era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.
A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, esse culto é o que daria origem ao nosso Natal. Ele chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.
Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. "O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes", dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome ("Religiões de Roma", sem tradução para o português). Os mais animados se entregavam a orgias – mas isso os romanos faziam o tempo todo. Bom, enquanto isso, uma religião nanica que não dava bola para essas coisas crescia em Roma: o cristianismo.

Solstício cristão
As datas religiosas mais importantes para os primeiros seguidores de Jesus só tinham a ver com o martírio dele: a Sexta-Feira Santa (crucificação) e a Páscoa (ressurreição). O costume, afinal, era lembrar apenas a morte de personagens importantes. Líderes da Igreja achavam que não fazia sentido comemorar o nascimento de um santo ou de um mártir – já que ele só se torna uma coisa ou outra depois de morrer. Sem falar que ninguém fazia idéia da data em que Cristo veio ao mundo – o Novo Testamento não diz nada a respeito. Só que tinha uma coisa: os fiéis de Roma queriam arranjar algo para fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã bem nessa época viria a calhar – principalmente para os chefes da Igreja, que teriam mais facilidade em amealhar novos fiéis. Aí, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus teve a sacada: cravou o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra. A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado. "Associado ao deus-sol, Jesus assumiu a forma da luz que traria a salvação para a humanidade", diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Assim, a invenção católica herdava tradições anteriores. "Ao contrário do que se pensa, os cristãos nem sempre destruíam as outras percepções de mundo como rolos compressores. Nesse caso, o que ocorreu foi uma troca cultural", afirma outro historiador especialista em Antiguidade, André Chevitarese, da UFRJ.
Não dá para dizer ao certo como eram os primeiros Natais cristãos, mas é fato que hábitos como a troca de presentes e as refeições suntuosas permaneceram. E a coisa não parou por aí. Ao longo da Idade Média, enquanto missionários espalhavam o cristianismo pela Europa, costumes de outros povos foram entrando para a tradição natalina. A que deixou um legado mais forte foi o Yule, a festa que os nórdicos faziam em homenagem ao solstício. O presunto da ceia, a decoração toda colorida das casas e a árvore de Natal vêm de lá. Só isso.
Outra contribuição do norte foi a idéia de um ser sobrenatural que dá presentes para as criancinhas durante o Yule. Em algumas tradições escandinavas, era (e ainda é) um gnomo quem cumpre esse papel. Mas essa figura logo ganharia traços mais humanos.

Nasce o Papai Noel
Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) estavam na pior. O pai delas não tinha um gato para puxar pelo rabo, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento – não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso. E viveram felizes para sempre, sem o fantasma de entrar para a vida, digamos, "profissional". Tudo graças ao sujeito dos saquinhos. O nome dele? Papai Noel.
Bom, mais ou menos. O tal benfeitor era um homem de carne e osso conhecido como Nicolau de Myra, o bispo da cidade. Não existem registros históricos sobre a vida dele, mas lenda é o que não falta. Nicolau seria um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres. Histórias sobre a generosidade do bispo, como essa das moças que escaparam do bordel, ganharam status de mito. Logo atribuíram toda sorte de milagres a ele. E um século após sua morte, o bispo foi canonizado pela Igreja Católica. Virou são Nicolau.
Um santo multiuso: padroeiro das crianças, dos mercadores e dos marinheiros, que levaram sua fama de bonzinho para todos os cantos do Velho Continente. Na Rússia e na Grécia Nicolau virou o santo nº1, a Nossa Senhora Aparecida deles. No resto da Europa, a imagem benevolente do bispo de Myra se fundiu com as tradições do Natal. E ele virou o presenteador oficial da data. Na Grã-Bretanha, passaram a chamá-lo de Father Christmas (Papai Natal). Os franceses cunharam Pére Nöel, que quer dizer a mesma coisa e deu origem ao nome que usamos aqui. Na Holanda, o santo Nicolau teve o nome encurtado para Sinterklaas. E o povo dos Países Baixos levou essa versão para a colônia holandesa de Nova Amsterdã (atual Nova York) no século 17 – daí o Santa Claus que os ianques adotariam depois. Assim o Natal que a gente conhece ia ganhando o mundo, mas nem todos gostaram da idéia.

Natal fora-da-lei
Inglaterra, década de 1640. Em meio a uma sangrenta guerra civil, o rei Charles 1º digladiava com os cristãos puritanos – os filhotes mais radicais da Reforma Protestante, que dividiu o cristianismo em várias facções no século 16.
Os puritanos queriam quebrar todos os laços que outras igrejas protestantes, como a anglicana, dos nobres ingleses, ainda mantinham com o catolicismo. A idéia de comemorar o Natal, veja só, era um desses laços. Então precisava ser extirpada.
Primeiro, eles tentaram mudar o nome da data de "Christmas" (Christ’s mass, ou Missa de Cristo) para Christide (Tempo de Cristo) – já que "missa" é um termo católico. Não satisfeitos, decidiram extinguir o Natal numa canetada: em 1645, o Parlamento, de maioria puritana, proibiu as comemorações pelo nascimento de Cristo. As justificativas eram que, além de não estar mencionada na Bíblia, a festa ainda dava início a 12 dias de gula, preguiça e mais um punhado de outros pecados.
A população não quis nem saber e continuou a cair na gandaia às escondidas. Em 1649, Charles 1º foi executado e o líder do exército puritano Oliver Cromwell assumiu o poder. As intrigas sobre a comemoração se acirraram, e chegaram a pancadaria e repressões violentas. A situação, no entanto, durou pouco. Em 1658 Cromwell morreu e a restauração da monarquia trouxe a festa de volta. Mas o Natal não estava completamente a salvo. Alguns puritanos do outro lado do oceano logo proibiriam a comemoração em suas bandas. Foi na então colônia inglesa de Boston, onde festejar o 25 de dezembro virou uma prática ilegal entre 1659 e 1681. O lugar que se tornaria os EUA, afinal, tinha sido colonizado por puritanos ainda mais linha-dura que os seguidores de Cromwell. Tanto que o Natal só virou feriado nacional por lá em 1870, quando uma nova realidade já falava mais alto que cismas religiosas.

Tio Patinhas
Londres, 1846, auge da Revolução Industrial. O rico Ebenezer Scrooge passa seus Natais sozinho e quer que os pobres se explodam "para acabar com o crescimento da população", dizia. Mas aí ele recebe a visita de 3 espíritos que representam o Natal. Eles lhe ensinam que essa é a data para esquecer diferenças sociais, abrir o coração, compartilhar riquezas. E o pão-duro se transforma num homem generoso.
Eis o enredo de Um Conto de Natal, do britânico Charles Dickens. O escritor vivia em uma Londres caótica, suja e superpopulada – o número de habitantes tinha saltado de 1 milhão para 2,3 milhões na 1a metade do século 19. Dickens, então, carregou nas tintas para evocar o Natal como um momento de redenção contra esse estresse todo, um intervalo de fraternidade em meio à competição do capitalismo industrial. Depois, inúmeros escritores seguiram a mesma linha – o nome original do Tio Patinhas, por exemplo, é Uncle Scrooge, e a primeira história do pato avarento, feita em 1947, faz paródia a Um Conto de Natal. Tudo isso, no fim das contas, consolidou a imagem do "espírito natalino" que hoje retumba na mídia. Quer dizer: quando começar o próximo especial de Natal da Xuxa, pode ter certeza de que o fantasma de Dickens vai estar ali.
Outra contribuição da Revolução Industrial, bem mais óbvia, foi a produção em massa. Ela turbinou a indústria dos presentes, fez nascer a publicidade natalina e acabou transformando o bispo Nicolau no garoto-propaganda mais requisitado do planeta. Até meados do século 19, a imagem mais comum dele era a de um bispo mesmo, com manto vermelho e mitra – aquele chapéu comprido que as autoridades católicas usam. Para se enquadrar nos novos tempos, então, o homem passou por uma plástica. O cirurgião foi o desenhista americano Thomas Nast, que em 1862, tirou as referências religiosas, adicionou uns quilinhos a mais, remodelou o figurino vermelho e estabeleceu a residência dele no Pólo Norte – para que o velhinho não pertencesse a país nenhum. Nascia o Papai Noel de hoje. Mas a figura do bom velhinho só bombaria mesmo no mundo todo depois de 1931, quando ele virou estrela de uma série de anúncios da Coca-Cola. A campanha foi sucesso imediato. Tão grande que, nas décadas seguintes, o gorducho se tornou a coisa mais associada ao Natal. Mais até que o verdadeiro homenageado da comemoração. Ele mesmo: o Sol. (Texto Thiago Minami e Alexandre Versignassi - Fonte: SuperArquivo)


Religions of Rome - Mary Beard, John North; Cambridge, EUA, 1998
Santa Claus: A Biography - Gerry Bowler, McClelland & Stewart, EUA, 2005

www.candlegrove.com/solstice.html - Como várias culturas comemoram o solstício de inverno.

MÉDICO MIGUÉL SERVET, QUEIMADO VIVO POR NÃO ACREDITAR NA DOUTRINA DA TRINDADE

Miguel Servet, o Médico que Calvino Mandou Matar, Porque não Acreditava na Trindade.

Por: Joffre M. de Rezende


Miguel Servet foi queimado vivo por cerca de 5 horas, com lenhas verdes, só porque não aceitava o ensino da Trindade. João Calvino, fundador da Igreja Presbiteriana, conseguiu o apoio da Igreja católica para queimar este médico que divergia de seus ensinos.
O médico Dr. Miguel Servet, por sinal um excelente médico, que além de descobrir o modo correto da circulação, à despeito daquilo que Galeno erroneamente ensinava na época, era um estudioso meticuloso da Medicina.
Miguel Servet também saia todas as noites do Seminário onde estudava, para dar atendimento médico a doentes acamados em lugarejos pobres e fazia tudo isso "de graça", por amor em ajudar os outros.
Seus inimigos religiosos do Seminário diziam que ele saia à noite para "procurar mulheres". Miguel Servet provou que isto era uma calúnia, pois disse que JAMAIS poderia fazer isso, visto que havia sido "castrado" quando ainda era criança. Como de fato foi mesmo.
Relata-se que enquanto Miguel Servet estava sendo queimado vivo, um bispo se aproximou dele, com o terço na mão e lhe disse: "Miguel, se arrependa em nome do Filho de Deus" Ele respondeu: "Seu hipócrita! Se você mesmo está dizendo que ele é o Filho de Deus, como é que você quer que eu aceite que ele seja o Deus-Filho? E além do mais, visto que vocês estão usando o meu dinheiro, vocês poderiam comprar lenhas secas, assim a minha morte seria mais rápida."
É uma pena que a Inquisição impunha seus conceitos religiosos "à espada e fogo" àqueles que discordavam de seus ensinos.
O nome de Miguel Servet, ou Michael Servetus em latim, acha-se definitivamente incorporado à história da medicina. Servet foi um precursor de Harvey na descoberta da circulação sangüínea. Foi quem primeiro descreveu a circulação pulmonar com exatidão.
Nascido em Aragão, na Espanha, seu verdadeiro nome de família era Michael Villanueva. O nome de Serveto, por ele mesmo adotado, transformou-se em Servet, em francês, e Servetus, em latim.
Espírito irrequieto, combativo, devotado a questões transcendentais de natureza religiosa e filosófica, viveu de 1511 a 1553, em meio às disputas religiosas resultantes da Reforma liderada por Lutero e Calvino.
Estudou leis em Toulouse, teologia e hebraico em Louvain, e medicina em Paris e Montpelier, tendo-se destacado por seu interesse pela anatomia.
Durante toda a sua vida, Servet escreveu sobre questões religiosas e dedicou-se à exegese da Bíblia.
Pregava a volta a um cristianismo "puro", tal como fora ensinado por Jesus. Um dos dogmas da Igreja por ele contestado, e que o fez cair em desgraça, foi o da Santíssima Trindade. As suas idéias e os seus escritos desagradaram tanto aos católicos como aos protestantes.
É interessante conhecer a razão de seu interesse pela circulação pulmonar. Está escrito na Bíblia que "a alma da carne é o sangue" (Lev. 17.11) e que "o sangue é a vida" (Deut. 12.23). No livro dos Salmos (104. 29), por sua vez, a importância da respiração para a manutenção da vida é ressaltada nas seguintes palavras: "se lhes tira a respiração, morrem, e voltam para o seu pó".
Essas passagens bíblicas levaram Servet a estudar a circulação pulmonar, onde o sangue e o ar se misturam, pois no seu entender, o conhecimento da circulação pulmonar conduziria a uma melhor compreensão da natureza da alma.
Sua descrição da circulação pulmonar está assim redigida:
"A força vital provém da mistura, nos pulmões, do ar aspirado e do sangue que flui do ventrículo direito ao esquerdo. Todavia, o fluxo do sangue não se dá, como geralmente se crê, através do septo interventricular. O sangue flui por um longo conduto através dos pulmões, onde a sua cor se torna mais clara, passando da veia que se parece a uma artéria, a uma artéria parecida com uma veia".
Admite-se que Servet tenha realizado observações próprias em animais para chegar a essa conclusão, embora não as tenha mencionado.
A sua descoberta da circulação pulmonar foi divulgada em um livro sobre religião, intitulado Christianismi Restitutio, que foi considerado herege, confiscado e incinerado. Salvaram-se apenas três exemplares, um dos quais se encontra em Paris, outro em Viena e outro em Edimburgo. Uma segunda edição, publicada em Londres em 1723, foi novamente apreendida e incinerada.
Acusado de heresia, Servet foi preso e julgado em Lyon, na França. Conseguiu evadir-se da prisão e quando se dirigia para a Itália, através da Suíça, foi novamente preso em Genebra, julgado e condenado a morrer na fogueira, por decisão de um tribunal eclesiástico sob direção do próprio Calvino.
A sentença foi cumprida em Champel, nas proximidades de Genebra, no dia 27 de outubro de 1553.
Puseram-lhe na cabeça uma coroa de juncos impregnada de enxofre e foi queimado vivo em fogo lento com requintes de sadismo e crueldade.
A sua descoberta foi por muito tempo ignorada pela medicina oficial.
Um monumento em sua memória foi erguido em 1903, em Champel, assinalando o local de sua morte.

Joffre M. de Rezende
Membro da Sociedade Brasileira e da Sociedade Internacional de História da Medicina
Fonte: http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/Servet.htm

Conheça as 46 Diferenças Básicas entre Pastores e Lobos

Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.

No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.

1. Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.
2. Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
3. Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
4. Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
5. Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
6. Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
7. Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
8. Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
9. Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
10. Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
11. Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
12. Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
13. Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
14. Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
15. Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
16. Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
17. Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
18. Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
19. Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
20. Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
21. Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
22. Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
23. Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.
24. Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
25. Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
26. Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
27. Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
28. Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
29. Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
30. Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
31. Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
32. Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
33. Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
34. Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
35. Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
36. Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
37. Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
38. Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
39. Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
40. Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.
41. Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
42. Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
43. Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
44. Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
45. Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
46. Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.

Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mateus 7:15).


Ensino religioso fará parte de acordo assinado por Lula no Vaticano; ONGs reclamam




Em visita ao Vaticano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende assinar, nesta quinta-feira (13), acordo bilateral com o papa Bento 16. O tratado abordará, entre outros temas, do ensino religioso no país - o que provocou queixas por parte de ONGs ligadas à educação e à liberdade de crença no país.
“A Constituição já prevê ensino religioso, sem especificar a religião. Agora, quando o presidente assina um acordo interpretando esses termos da Lei com o Vaticano, é outra coisa”, diz Salomão Ximenes, da ONG Ação Educativa.
Ele critica, também, o fato de que os termos do acordo só serão conhecidos depois de assinados. “Não houve debate público, ninguém sabe do que fala o texto. Pegou todo mundo de surpresa”, disse.
A ONG pró-aborto Católicas pelo Direito de Decidir também reclamou da medida. “Nós somos católicas, mas nem por isso concordamos com a discriminação das outras religiões. O Brasil não é democrático e laico?”, questionou Regina Soares Jurkewicz.
Da mesma ONG, Marta Elizabeth Vieira teme que o ensino religioso interfira o debate sobre o aborto. “O ensino religioso nas escolas vai formar crianças. Algumas delas vão ser médicos, que vão ter um pensamento católico e se posicionarão de outra maneira na hora de exercer a profissão”.

Itamaraty se defende
Diplomata do Ministério das Relações Exteriores que acompanha Lula em Roma disse, por telefone, que as críticas são infundadas. “Não sei por que tanto barulho. O acordo só reúne leis que já existem e já vigoram no país”, disse.
Segundo ele, o ensino religioso continuará facultativo e plural.
O acordo só será divulgado à imprensa depois de Lula assinar o documento com Bento 16 - o que deverá acontecer por volta das 11h, no horário de Brasília. O encontro será a portas fechadas. (Fonte: BOL)

Vaticano uma biografia não autorizada

Nenhuma história diz tanto sobre os últimos 2 000 anos deste planeta quanto a da Igreja. Pelos corredores do Vaticano passaram reis, guerras, o melhor da arte e até alguns santos.


Era 11 de fevereiro de 1929 e faltava meia hora para o meio-dia quando um Cadillac preto estacionou na frente do Palácio de Latrão, em Roma. As portas do carro se abriram e o homem mais temido da Itália saiu. Era Benito Mussolini, chefe do regime fascista que governava o país. Dentro do palácio – o quartel-general da Cúria Romana, rosto administrativo da Igreja Católica – o papa Pio 11 e seus funcionários mais gabaritados receberam o ditador com apertos de mão. A conversa teve início e Mussolini logo exibiu suas cartas: queria que a Igreja reconhecesse oficialmente o regime – era uma tentativa de neutralizar o adversário Partido Popular. A Igreja também foi clara ao falar de seus objetivos. Pediu o que havia perdido, no século 19, durante o processo de unificação italiana: um Estado soberano. Por volta da 1 da tarde, Mussolini assinou o Tratado de Latrão, que conferia ao papa um território independente dentro de Roma. Em troca, a Igreja reconhecia como legítimo o governo controlado pelo duce.
A rigor, foi nesse dia de inverno, na soturna companhia de um dos mais violentos tiranos do século 20, que nasceu o Estado do Vaticano como ele é hoje: o menor país independente do mundo e a última monarquia absolutista da Europa. Mas o encontro em Latrão foi resultado de uma história muito mais longa, que se en­raíza 2 000 anos no passado – desde um tempo em que o papa era apenas o bispo de Roma, uma entre muitas lideranças de uma seita perseguida. Em seu auge, pontífices se declaravam os “senhores do mundo” e desencadeavam guerras com um sinal-da-cruz. Hoje, o papado é a mais longeva organização internacional da história. De onde veio, e onde foi parar, tanto poder? Para desvendar essa história é preciso retornar às origens do cristianismo, quando Roma virou centro de uma seita judaica nascida nas areias do Oriente Médio.


A primeira Igreja
Certo dia, Jesus passeava pela Judéia, uma das províncias mais pobres do Império Romano – que se estendia da atual Inglaterra ao Iraque. De repente, o Messias olhou para um de seus apóstolos, o pescador Simão, também conhecido como Pedro. E disse: “Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei minha Igreja. Eu te darei as chaves do reino do céu, e o que ligares na Terra será ligado nos céus”. Para o dogma católico, essa passagem do Evangelho de São Mateus significa que Pedro foi escolhido como representante de Cristo na Terra. O primeiro papa.
No início, o cristianismo era uma seita de judeus para judeus. Tanto é verdade que, após a crucificação de Cristo, os apóstolos se mantiveram pregando em Jerusalém. A idéia de que Jesus era o tão aguardado Messias, porém, não pegou entre os judeus. Pelo contrário: os apóstolos foram tão hostilizados que se viram obrigados a se espalhar pelo Oriente Médio e pregar para novos ouvidos. Foi assim que o Messias passou a ser descrito como redentor de todos os homens e de todas as raças. O discurso colou. Comunidades chamadas igrejas – do latim ecclesia, assembléia – pipocaram em cidades da Ásia, África e Europa. E logo chegaram ao centro político de então – a tradição católica assegura que Pedro viajou a Roma por volta do ano 42. A vida na capital não era fácil: os cristãos eram perseguidos por se recusar a adorar deuses romanos. O próprio Pedro foi preso e levado ao Circo de Nero, uma arena usada para corridas de carruagens e execuções de traidores construída num terreno pantanoso nos subúrbios de Roma. A região era conhecida como Vaticanus, provável derivação de Vaticus, antiga aldeia etrusca que existia lá. Nesse lugar misterioso e algo sinistro, Pedro foi crucificado e enterrado. Mas, precavido que era, ele já havia escolhido um sucessor, Lino, romano convertido ao cristianismo sobre o qual quase nada se sabe além do nome. E assim a autoridade de Pedro foi transmitida, como continuaria sendo de geração em geração e de bispo em bispo, até chegar a Bento 16, o 2670 herdeiro de são Pedro – ou 2650, como prefere a Igreja, que riscou de sua lista Estêvão, que morreu apenas 3 dias após ser eleito, e Cristóvão, que tomou o poder à força.
Está aí, em resumo, a tese do “primado de Roma”, segundo a qual os bispos romanos são os representante legítimos de Jesus. Mas os fatos que sustentam esse dogma nunca foram unanimidade. Não há provas da passagem de Pedro por Roma. A Bíblia nada diz a respeito – lendas sobre sua viagem e martírio foram coletadas por volta de 312 d.C., na obra de um propagandista da Igreja, Eusébio de Cesaréia. Comprovar essa tradição sempre foi questão de honra para os papas. Na década de 1930, por exemplo, escavações financiadas pelo Vaticano encontraram um antigo túmulo sob o altar da Basílica de São Pedro – que, de acordo com a tradição, foi erguida sobre a sepultura do apóstolo. Junto aos ossos, os arqueólogos acharam símbolos cristãos, como peixes e cruzes. A descoberta não convenceu todos os especialistas. “Havia cemitérios no Vaticano muito antes de Cristo. O túmulo na basílica talvez nem seja cristão – os romanos pagãos costumavam usar símbolos de todas as religiões”, diz o historiador André Chevitarese, da UFRJ, um dos maiores especialistas brasileiros no assunto.
Como a maioria de seus companheiros, Chevitarese também duvida que Pedro fosse um líder absoluto. “O cristianismo antigo não tinha hierarquia rígida. Havia bispos independentes, com opi­niões diversas sobre doutrina e fé.” Essa fase “democrática” chegou ao fim em 312, quando o imperador Constantino se converteu – e a religião perseguida passou a ser a favorita do Estado. Foi a partir daí que a Igreja se tornou hierárquica. Doações feitas pelos imperadores a enriqueceram – a instituição do celibato foi feita nessa época, para impedir que a fortuna evaporasse entre herdeiros. A proximidade do poder logo subiu à cabeça do bispo romano – que, até então, não era mais nem menos respeitado que líderes de outras comunidades. No final do século 4, os bispos de Roma adotaram o título de papa, “pai”, em grego, sinal de que se consideravam chefes dos outros. Uma espécie de réplica espiritual do imperador.


Trapaça na Idade Média
Na penumbra da sala, um homem escreve sua obra-prima. Ele usa uma pena, tinta preta e folhas de papiro ou pergaminho. Não há certeza quanto à data, algo em torno do ano 750. Um endereço provável é o Palácio de Latrão. O autor seria um certo Cristóforus, secretário do papa Estêvão 20. Certeza mesmo, só em relação à obra: é a Doação de Constantino, a fraude mais bem-sucedida da história.
Para entender o sentido do documento, temos de voltar no tempo. Ao longo do século 5, a parte ocidental do Império Romano foi invadida e devastada por tribos bárbaras. Em 476, Roma foi conquistada. Na confusão da guerra, o papado foi a única instituição organizada que sobreviveu – o papa Leão Magno entrou para o rol dos gênios da diplomacia por ter liderado o Vaticano nessa transição. Quando o rebuliço acabou, a Igreja era dona do mais poderoso dos monopólios: o conhecimento. Religiosos cristãos eram os únicos europeus letrados no início da Idade Média. Fornecendo conselheiros e legisladores para os reinos nascentes, a Igreja ganhou influência sobre os soberanos bárbaros, que começaram a se converter em 508 – o primeiro foi Clóvis, rei dos francos, que mandou batizar seus exércitos com tonéis de água benta.
O autor da Doação de Constantino provavelmente pertencia a uma classe especial de clérigos eruditos: as equipes de falsários que, entre os séculos 6 e 9, trabalhavam nos escritórios papais alterando e inventando documentos para fortalecer a posição dos bispos romanos. A Doação era uma mistura de testemunho e testamento, supostamente assinado pelo imperador Constantino em 315. O texto conta como o imperador foi milagrosamente curado da lepra graças às preces do papa Silvestre. Em troca, transformou os papas em seus herdeiros legais: “A eles deixo a coroa imperial e o governo de todas as regiões do Ocidente, de agora para sempre”.
Ao longo da Idade Média, a Doação foi aceita como documento verídico e invocada por nada menos que 10 papas para reivindicar poderes políticos. Muitos historiadores acreditam que a fraude foi usada pela primeira vez em 754. Nesse ano, Estêvão 20 viajou para encontrar Pepino, rei dos francos. Estêvão procurava ajuda para transformar Roma e as terras vizinhas em território da Igreja – nos dois séculos anteriores, a capital da cristandade havia sido saqueada e dominada por hérulos, godos, bizantinos e lombardos. Pepino, que havia tomado o trono à força, tentava legitimar seu poder. “A Doação foi apresentada pessoalmente por Estêvão a Pepino. O rei franco aceitou o documento como prova da autoridade dos papas – na sociedade iletrada da época, registros escritos despertavam respeito”, escreve o historiador americano Norman Cantor em The Civilization of the Middle Ages (“A Civilização da Idade Média”, sem tradução em português). Pode parecer estranho, mas os invasores tinham uma admiração supersticiosa por seu antigo inimigo, o Império Romano. Os reis bárbaros sonhavam em igualar os antigos imperadores – e Constantino era um dos mais famosos. Depois de ter a coroa consagrada por Estêvão, Pepino partiu para a Itália. Expulsou os lombardos, que dominavam o país na época, e converteu um pedaço da Itália central em território independente, da Igreja. O coração do novo reino era a cidade de Roma e a área vizinha, que hoje forma o Vaticano. Todos os habitantes dessas regiões viraram súditos dos papas, passaram a lhes pagar impostos, a ser julgados e governados por eles. Assim nasceu o Estado Pontifício, que durou até 1870.


Donos do mundo
Na virada do ano 1000, a Europa estava de joelhos. Pela espada dos reis católicos e pelas viagens de missionários, o cristianismo tinha unificado o caleidoscópio cultural do Ocidente numa grande nação espiritual. Na Ásia, porém, a autoridade do papa não era reconhecida. O patriarca de Constantinopla, atual Istambul, considerava-se tão importante quanto seu colega italiano. E ainda havia discordâncias em certos aspectos da liturgia romana, como o celibato e a missa em latim. A rixa explodiu em 1054, quando o papa Leão 90 e o patriarca Cerulário excomungaram um ao outro e romperam relações. Os orientais formaram a Igreja Ortodoxa, enquanto a Igreja Romana se declarou a única, eterna e católica – do grego katholikos, “universal”.
O adversário seguinte dos papas surgiria na forma de um ex-aliado. Na época, a segurança do Estado Pontifício era mantida por tropas do Sacro Império Romano – fundado por Carlos Magno, filho de Pepino. Em troca da proteção, os imperadores exerciam uma pesada influência sobre a Igreja. Na prática, o líder da cristandade era um pau-mandado. Em 1073, surgiu um papa disposto a virar o jogo. Baixinho e de voz aguda, Gregório 70 tinha um temperamento tinhoso, que lhe rendeu o apelido de Santo Satanás. Em um decreto famoso, determinou que os pontífices não só tinham o direito de legitimar soberanos como também podiam depô-los. E declarou que o papa não era só o líder da Igreja mas o “senhor do mundo”. Isso enfureceu Henrique 40, soberano do Sacro Império Romano. Sem pestanejar, Gregório o excomungou. “A excomunhão era uma ferramenta poderosa. O excomungado ficava proibido de ir à missa e receber sacramentos – num tempo em que a religião estava entranhada na vida cotidiana, essa punição era terrivelmente pesada”, diz a historiadora Andréia Frazão, especialista em Igreja medieval. No inverno de 1077, Henrique foi pedir perdão às portas do castelo de Canossa, na Itália, onde o papa se hospedava. O Santo Satanás o obrigou a esperar 3 dias na rua, debaixo de neve, antes de absolvê-lo.
Com o implacável Gregório, o papado passou da defensiva para o ataque. Se antes precisava de proteção, agora se impunha com ameaças de excomunhão. Hoje, os papas se declaram apenas pastores espirituais. Naquela época, eram soberanos políticos com sonhos de hegemonia, dispostos a conquistar o mundo pela cruz e pela espada. A maior prova de poder e ambição veio em 1095, quando Urbano 20 ordenou que os reis cristãos marchassem contra o Oriente Médio para “libertar” Jerusalém, governada por muçulmanos desde o século 7. Cerca de 25 000 peregrinos e guerreiros cristãos começaram a escrever uma das páginas mais brutais da história: as Cruzadas. Durante a tomada de Jerusalém, em 1099, quase todos os judeus e muçulmanos da cidade foram massacrados. Nos 200 anos seguintes, mais 8 cruzadas marchariam sobre a Terra Santa.
Um século depois de Gregório, em 1198, subiu ao trono Inocêncio 30 – o papa mais poderoso da história. Agora o papado era uma potência militar, capaz de contratar os próprios exércitos, e também uma instituição milionária. Camponeses e artesãos europeus eram obrigados a rechear os cofres da Igreja com um décimo de suas rendas anuais, o “dízimo eclesiástico”. A opulência papal era tanta que começou a atrair ódio. Na época de Inocêncio, ganhou força no sul da França uma seita conhecida como catarismo que negava a autoridade do papa e o chamava de filho do demônio. Inocêncio respondeu com fúria ao desafio. Em 1209, convocou uma guerra santa contra a “seita maldita”: aldeias foram queimadas, multidões chacinadas. Para aniquilar o que sobrou do catarismo, Gregório 90, sucessor de Inocêncio, criou em 1233 a Santa Inquisição, tribunal de clérigos com o poder de acusar, julgar e condenar inimigos da Igreja. Com o tempo, o Santo Ofício se espalhou por outros países e passou a perseguir e queimar não só cátaros, mas todos que discordassem dos dogmas católicos – judeus, cientistas, gays. As sociedades cristãs se tornaram perseguidoras e teocráticas. Por outro lado, a estabilidade alcançada na marra alavancou o desenvolvimento que transformaria a Europa na maior potência mundial. Cronistas des­crevem o mais terrível e bem-sucedido dos papas como um sujeito afável que gostava de contar piadas. Mas também fiel a sua passagem favorita da Bíblia, em que Deus diz a Jeremias: “Eu vos alcei por cima das nações e dos reinos para vencer e dominar, para destruir e conquistar”.


Decadência com elegância
Entre os séculos 13 e 15, o sonho da hegemonia implodiu. As Cruzadas acabaram em fiasco: em 1292, os europeus foram definitivamente expulsos pelos sultões islâmicos. Dentro da Europa, os delírios absolutistas do Vaticano revoltaram até o clero. Foi Lorenzo Valla, um sacerdote, que desmascarou a Doação de Constantino, em 1440. Valla provou que o documento estava cheio de erros históricos – de acordo com os biógrafos antigos, Constantino nunca sofreu de lepra. O prestígio espiritual da Santa Sé foi estremecido – as excomunhões perderam a eficácia e os reis começaram a peitar os papas. Enquanto isso, a educação deixava de ser privilégio do clero, universidades pipocavam pela Europa, a ciência e a arte vicejavam: era o Renascimento.
A influência mundial esmorecia, mas os papas ainda eram príncipes ricos e poderosos em seu território. E, aos poucos, a boa vida afrouxou os costumes da Igreja. O celibato passou a ser um detalhe esquecível e Roma mergulhou numa luxuriosa dolce vita. A carreira eclesiástica virou ímã para oportunistas in­­teressados na fortuna da Igreja. Exemplo máximo foi Rodrigo Borgia (ou Alexandre 60), eleito papa em 1492 graças à pesada propina distribuída aos eleitores – pesada mesmo: eram 4 mulas carregadas de ouro. Bonitão e sedutor, Alexandre tinha duas amantes oficiais, deu festas de arromba no Palácio Apostólico e gerou 7 filhos conhecidos, alguns presenteados com rentáveis cargos eclesiásticos.
Apesar da má fama, os papas da Renascença souberam usar sua riqueza para deixar um legado cultural exuberante. Construíram bibliotecas, ergueram monumentos e transformaram a cidade em um tesouro para os olhos. O maioral entre os papas da arte foi Júlio 20, que subiu ao poder em 1503. Pai de 3 filhas, em vez de rezar missas de batina ele preferia comandar exércitos, vestido em sua armadura de prata. Nos intervalos entre batalhas, o papa guerreiro patrocinou alguns dos maiores gênios da época, como os pintores Michelangelo e Rafael. Com a proteção e os salários pagos pelo Vaticano, eles realizaram obras-primas como as incríveis pinturas no teto da capela Sistina, de Michelangelo.
Foi justamente a admirável extravagância de Júlio que detonou a pior crise na história da Igreja. Em 1505, o papa começou a reconstrução da Basílica de São Pedro, no Vaticano, que estava em ruínas. Para financiar as obras, autorizou todas as igrejas da Europa a vender “indulgências” – documentos que davam absolvição total dos pecados em troca de dinheiro. Isso enfureceu o monge alemão Martinho Lutero, que em 1517 publicou 95 teses denunciando a corrupção da Igreja. Começava a Reforma Protestante. Pouco depois, cristãos da Alemanha, da Holanda e da Europa Central já renegavam a autoridade do papa e a supremacia de Roma. O continente mergulhou em dois séculos de guerras religiosas.


Medo da modernidade
Mas a Igreja ainda tinha dias piores “pela frente”. No século 18, a Europa viu o florescimento do Iluminismo, movimento filosófico que colocava a razão e a ciência no centro do mundo e questionava o valor absoluto da fé e das tradições. Pensadores iluministas, como o francês Voltaire, defendiam que todos os homens nascem iguais e têm o direito de escolher a própria religião. Esse novo jeito de pensar passou dos intelectuais para as massas: em 1789, a Revolução Francesa guilhotinou privilégios (e padres) e desapropriou terras da monarquia e da Igreja. Firmava-se o divórcio litigioso entre religião e Estado no Ocidente. De patrono das artes, o papado virou inimigo do progresso, entrando numa fase de pânico apocalíptico em relação a tudo o que cheirasse a modernidade – condenava até ferrovias e iluminação a gás. No século 19, a moralidade rígida era de novo a norma do Vaticano. O papa, que antes acumulava funções de político e soldado, passou a ser visto pelos fiéis como um santo vivo, casto e distante.
Em 1870, um movimento nacionalista unificou a colcha de retalhos que era a Itália e transformou as terras papais em propriedades do novo Estado. No início do século 20, o sucessor de Pedro estava pobre e reduzido a uma nulidade política. Os palácios do Vaticano caíam aos pedaços, com esgotos entupidos e ratos. Foi nesse aperto que Pio 11 assinou o controverso Tratado de Latrão, que incluía não apenas um território soberano mas também uma doação de cerca de US$ 90 milhões – o suficiente para tirar as contas do vermelho. Foi uma bela virada. Hoje, o Vaticano divulga lucros anuais de mais de US$ 200 milhões, incluindo doações de dioceses e investimentos em empresas européias.
O pacto com Mussolini foi terrível para a imagem do Vaticano. No fim da vida, Pio 11 repensou suas alianças e escreveu uma encíclica condenando o anti-semitismo – na época, Hitler já tinha dado a largada para o Holocausto. Diz a história que faltavam dois dias para a publicação do texto quando ele morreu, em 1939. Numa decisão desastrosa, o sucessor, Pio 12, arquivou a encíclica redentora: ele via no regime nazista um incômodo necessário na luta contra a maior das ameaças, o comunismo. “Mesmo após o início da 2a Guerra Mundial, Pio 12, um papa eloqüente, que fazia milhares de discursos sobre todos os assuntos possíveis, jamais denunciou os crimes nazistas. Adolf Hitler, que se dizia católico, nunca foi excomungado”, escreve o teólogo alemão Hans Kung em Igreja Católica.
Em 1958, a morte de Pio 12 deu início a um dos conclaves mais agitados do século 20. Para impedir a eleição de um conservador, cardeais progressistas votaram em peso em Angelo Roncalli (ou João 23), que quase com 80 anos parecia inofensivo. Nem bem subiu ao poder, o velhinho bonachão surpreendeu até os liberais ao convocar o Concílio Ecumênico Vaticano 20 – o objetivo, nas palavras do próprio João, era “atualizar” a Igreja. Concílios – ou seja, assembléias universais de bispos – ocorriam desde o início do cristianismo e eram um resquício de sua democracia primordial. Mas, desde a Idade Média, as decisões eram controladas ou censuradas pelo tacape do papa de plantão e seus funcionários mais próximos. A proposta radical de João 23 era afrouxar a hierarquia e dar mais poder de decisão aos bispos reunidos.
O concílio trouxe mudanças antes impensáveis. Entre outras coisas, reconheceu o direito de cada indivíduo escolher a própria religião – o que abriu canais de diálogo com outras crenças. A liturgia foi reformada e as missas passaram a ser rezadas nas línguas locais, e não em latim. Mas João morreu de câncer em 1963, deixando o concílio pela metade. Seu sucessor, Paulo 60, permitiu-se dominar pela ala conservadora e barrou a mais importante de todas as propostas: uma revisão do “primado de Roma”, a tese que sustenta a autoridade suprema dos papas. “Houve tristeza e indignação entre os bispos reunidos. Mas ninguém protestou em público”, escreve Kung, um dos teólogos progressistas que participaram do concílio – e também um indignado tardio, que só tornou pública sua revolta a partir de 1970, quando passou a publicar livros criticando a doutrina absolutista do Vaticano.A luta pela alma da Igreja Católica continua. João Paulo 20, que sempre foi um carismático e popular conservador, não mexeu em doutrinas controversas, como a condenação dos anticoncepcionais. As perspectivas para uma futura reforma do papado são nebulosas. Por volta de 2001, Hans Kung e outros teólogos liberais fizeram lobby por um Concílio Vaticano 30 – mas a idéia foi barrada pela Congregação para a Doutrina da Fé, novo nome para um velho órgão: a Inquisição. Hoje, claro, ela não queima ninguém, mas ainda tem o poder de travar mudanças nos dogmas e censurar teólogos moderninhos, como fez com o brasileiro Leonardo Boff, proibido de falar em público após criticar a postura centralizadora da Igreja. Na época em que o novo concílio foi recusado, o cabeça do Santo Ofício era um certo cardeal alemão, conhecido como intelectual brilhante. Amigo de Kung nos anos 60, ele simpatizava com a ala progressista. Mas mudou de idéia. Afastou-se do antigo companheiro e se tornou porta-estandarte da facção conservadora. Hoje, anda ao lado de cardeais como Giacomo Biffi, que durante o sermão da Quaresma deste ano na Santa Sé afirmou que a vinda do anticristo se aproxima – e que o enviado do Diabo estará disfarçado de “ecologista, pacifista ou ecumenista”. O nome desse cardeal alemão, você já deve ter adivinhado. É Joseph Ratzinger.
Hoje, a escolha de um novo papa é um dos rituais mais inflexíveis da Igreja. Mas até o século 11 a coisa era um legítimo pandemônio. Na Antiguidade e no início dos tempos medievais, as eleições eram feitas por aclamação – povo e clero se reuniam e gritavam o nome do sucessor. Funcionava tão bem quanto as competições em que o auditório decide o vencedor. Em 366, por exemplo, dois homens se declararam vencedores: Ursino e Dâmaso. O impasse se resolveu no tapa. Dâmaso, depois canonizado, enviou mercenários para trucidar o rival em uma igreja. Mais tarde, o direito de votar ficou limitado a padres de Roma e bispos das cidades vizinhas. O problema é que, entre os séculos 8 e 11, o clero era controlado por aristocratas que impunham sua vontade na base de subornos e ameaças.
Quem colocou ordem na casa foi Gregório 7º. Em 1073, ele determinou que os papas deveriam ser eleitos exclusivamente pelos cardeais. Logo um novo problema surgiu: intrigas e debates faziam a escolha demorar meses. Em 1268, após a morte de Clemente 4º, as reuniões se estenderam por 3 anos. Furiosos com a demora, os habitantes da cidade de Viterbo – onde estavam reunidos os clérigos – trancafiaram o grupo de eleitores dentro de um palácio e os deixaram a pão e água até que chegassem a um acordo.O papa seguinte, Gregório 10, tratou de prevenir futuras trapalhadas estabelecendo regulamentos rígidos. A eleição, que antes era pública, se tornou secreta. Manteve-se o costume de trancar os cardeais até o fim das votações – daí o nome conclave, do latim cum clavis, com chave. Desde o século 19, a votação é feita na capela Sistina – as cédulas de papel são depositadas no altar, sob as pinturas de Michelangelo. Quando um nome recebe pelo menos dois terços dos votos, está eleito o papa – e as cédulas, queimadas numa lareira do Palácio Papal, produzem aquela festejada fumacinha branca, sinal de que o catolicismo tem um novo líder.


756
Até o século 8, os papas tinham apenas propriedades privadas, casas, palácios, campos aráveis. Mas, em 756, o rei franco Pepino transformou as regiões da Romagna, Emilia e Ravena em território da Santa Sé. Lá, o papa era rei. O Estado Pontifício incluía cidades importantes e ricas, como Bolonha, Orvieto e Roma.
Século 16
Na Renascença, o Estado Pontifício atingiu seu tamanho máximo – o papa Júlio 2º conquistou e anexou as regiões de Ferrara, Módena e Parma. Uma inteligente política cultural e financeira transformou o Estado Pontifício em um território rico, fazendo de Roma a capital intelectual, e não só religiosa, do Ocidente.
Século 19

Após a Revolução Francesa, em 1789, os papas se tornaram governantes retrógrados. Condenavam tudo o que parecesse moderno e proibiram até a construção de ferrovias, pontes e a iluminação a gás no Estado Pontifício – que acabou virando o mais atrasado da Europa. A maior parte do reino papal acabou conquistada por Vitor Emanuel, o aristocrata que unificou a Itália. O último bastião, as terras ao redor de Roma, caiu em 1870. (Texto José Francisco Botelho - Fonte: SuperArquivo)


Biografia Não Autorizada do Vaticano
Santiago Camacho, Planeta, 2006.
Igreja Católica
Hans Kung, Objetiva, 2002.
Santos e Pecadores, a História dos Papas

A Teologia do Medo e O Medo da Teologia...


A Teologia do Medo e o medo da teologia“No amor não há medo; antes, o perfeito amor expulsa o medo. O medo implica castigo; logo aquele que tem medo não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque Deus nos amou primeiro”. I Jo. 4:18,19 Introdução O termo teologia,..
Geração de decepcionadosCrentes decepcionados são os novos peregrinos da fé Ao decepcionar-se numa igreja, o crente vai em busca de outra. Nas grandes cidades, detecta Romeiro, há um contingente significativo de evangélicos que circulam,..
Trago-vos a memória os 491 anos de Reforma ProtestanteNosso olhar se volta ao passado, contemplando o presente, num análise histórico que marcou a vida do povo de Deus, da Igreja Cristã, e sobretudo não somente de todos que tem sua raiz nos princípios da Reforma Protestante do Séc XVI,..
Administração da VidaPor que será que o tempo se arrasta quando queremos que ele passe rapidamente e voa quando precisamos que ele demore mais? Definitivamente o tempo não é muito cooperativo. Ainda assim, o tempo é o grande "igualador":..
A Fragilidade do Cotidiano?A vida é tão frágil!? Um amigo recentemente fez esta significativa observação enquanto falávamos sobre a repentina adversidade que um amigo comum estava enfrentando. Ás vezes parece-nos que a vida não poderia ficar melhor...

Pastor se disfarça de mendigo para dar 'lição' a fiéis

Um pastor se vestiu como um mendigo e invadiu o culto de sua paróquia, no País de Gales, numa tentativa de dar uma lição sobre "tolerância" aos fiéis.
O reverendo Derek Rigby, da Igreja Metodista Trinity, na cidade de Prestatyn, colocou uma peruca, roupas sujas, não se barbeou por três dias e desenhou algumas tatuagens pelo corpo antes de entrar na igreja com latas de cervejas e seringas.
Rigby, um ex-policial, havia avisado aos fiéis que chegaria atrasado para a cerimônia e contou o plano apenas a um dos funcionários da paróquia, para que ele pudesse interceder caso a congregação resolvesse chamar a polícia.
O pastor contou que foi ignorado pela maioria dos fiéis, enquanto alguns pediram que ele se retirasse do lugar.
Rigby permaneceu disfarçado até as crianças irem para a escola dominical antes de andar até o altar e mostrar sua identidade aos fiéis, que se sentiram "envergonhados".
"Ninguém ficou irritado comigo, mas ficaram chocados por terem me ignorado da forma como fizeram", afirmou. "Eles podiam ter me dado um copo de café."


Lição
Segundo Rigby, sua intenção era "transmitir uma mensagem séria sobre tolerância, de uma forma emotiva".
Durante o sermão proferido após revelar sua identidade, o pastor citou o exemplo dos discípulos que não reconheceram Jesus na estrada para Emaús depois da ressurreição.
"Eu fiquei surpreso, não desapontado. Algumas pessoas me disseram que se eu estivesse ali, como pastor, saberia o que fazer para lidar com a situação", afirmou o sacerdote.
O reverendo Derek Rigby conta ainda que já havia feito a mesma coisa em paróquias de Newport e Londres, onde, segundo ele, os fiéis foram mais generosos.
"Eu disse à eles que eram mesquinhos porque em outros casos já ganhei dinheiro, um pacote de bolachas e um cobertor. Em Prestatyn, eu não ganhei nada", conta.
"No entanto, acho que isso não irá acontecer novamente", finalizou o sacerdote. (Fonte: BBCBrasil)

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Papa vai lançar a leitura integral da Bíblia na televisão

O Papa Bento XVI vai dar início a um ciclo de leitura integral da Bíblia, durante uma semana seguida, na televisão pública italiana RAI, anunciou esta última nesta quinta-feira.
Durante uma semana, de 5 a 11 de outubro, 1.200 pessoas vão se apresentar diante das câmeras do canal educativo da RAI para ler ao vivo e sem interrupção os 73 livros da Bíblia, da Gênese ao Novo Testamento.
Bento XVI será o primeiro leitor desta iniciativa original com o primeiro livro da Gênese. Ainda não foi estabelecido se falará ao vivo, como os demais, ou será gravado, mas para que tenha o máximo de audiência sua intervenção será transmitida pela RaiUno, a mais assistida dos canais públicos.
O secretário de Estado do Papa, o cardeal Tarcisio Bertone, encerrará o ciclo com o 22º capítulo do Apocalipse.
Além dos fiéis, vão participar da leitura dezenas de bispos que estão em Roma a convite do Papa para o evento.
Bento XVI se mostrou convencido da importância deste projeto, que se limita "a um puro anúncio da Palavra" (de Deus), destacou monsenhor Gianfranco Ravasi, presidente do conselho pontifício pela Cultura. (Fonte: Yahoo Notícias)

Vaticano admite que pode haver vida fora da Terra

O diretor do observatório astronômico do Vaticano, padre José Gabriel Funes, afirmou que Deus pode ter criado seres inteligentes em outros planetas do mesmo jeito como criou o universo e os homens."Como existem diversas criaturas na Terra, poderiam existir também outros seres inteligentes, criados por Deus", disse o diretor do observatório conhecido como Specola Vaticana.
"Isso não contradiz nossa fé porque não podemos colocar limites à liberdade criadora de Deus", acrescentou Funes, em entrevista ao jornal L'Osservatore Romano, órgão oficial de imprensa da Santa Sé. Na entrevista ao jornal do papa, o padre Funes, jesuíta argentino de 45 anos de idade, cita São Francisco ao dizer que possíveis habitantes de outros planetas devem ser considerados como nossos irmãos.
"Para citar São Francisco, se consideramos as criaturas terrestres como 'irmão' e 'irmã', por que não poderemos falar tambem de um 'irmão extraterrestre'?", pergunta o padre. "Ele tambem faria parte da criação."
Perspectiva
Na opinião do astrônomo do Vaticano, pode haver seres semelhantes a nós ou até mais evoluídos em outros planetas, ainda que não haja provas da existência deles.
"É possível que existam. O universo é formado por 100 bilhões de galáxias, cada uma composta de 100 bilhões de estrelas, muitas delas ou quase todas poderiam ter planetas", afirmou Funes. "Como podemos excluir que a vida tenha se desenvolvido também em outro lugar?", acrescentou. "Há um ramo da astronomia, a astrobiologia, que estuda justamente este aspecto e fez muitos progressos nos últimos anos." Segundo o cientista, estudar o universo não afasta, mas aproxima de Deus porque abre o coração e a mente e ajuda a colocar a vida das pessoas na "perspectiva certa".
Padre Funes diz ainda que teorias como a do Big Bang e a do evolucionismo de Darwin, que explicam o nascimento do universo e da vida na Terra sem fazer relação com a existência de Deus, não se chocam com a visão da Igreja. "Como astrônomo, eu continuo a acreditar que Deus seja o criador do universo e que nós não somos o produto do acaso, mas filhos de um pai bom", afirma. "Observando as estrelas, emerge claramente um processo evolutivo, e este é um dado cientifico, mas não vejo nisso uma contradição com a fé em Deus."
Ateísmo
Na visão do religioso, estudar astronomia não leva necessariamente ao ateísmo."É uma lenda achar que a astronomia favoreça uma visão atéia do mundo", disse o padre. "Nosso trabalho demonstra que é possível fazer ciência seriamente e acreditar em Deus. A Igreja deixou sua marca na história da astronomia."
Diretor da Specola Vaticana desde 2006, padre Funes lembrou na entrevista que astrônomos do Vaticano fizeram importantes descobertas como o "raio verde", o rebaixamento de Plutão e trabalhos em parceria com a Nasa, por meio do centro astronômico do Vaticano em Tucson, nos Estados Unidos. A sede do observatório do Vaticano se localiza em Castelgandolfo, cidade próxima de Roma, onde fica situado o palácio de verão do papa, desde 1935. O interesse dos pontífices pela astronomia surgiu com o papa Gregório 13, que promoveu a reforma do calendário em 1582, dividindo o ano em 365 dias e 12 meses e introduzindo os anos bissextos. (Fonte: BBCBrasil)

Maioria dos italianos católicos 'desconhece a Bíblia', diz pesquisa

Os italianos estão entre os católicos que mais desconhecem a Bíblia, segundo uma pesquisa realizada em nove países a pedido da Federação Bíblica Católica.


Entre os entrevistados na Itália, 88% disseram que se consideram católicos, mas apenas 27% deles disseram ter lido parte da Bíblia no último mês, e apenas um em três disse ir regularmente à igreja.

Além disso, apenas um em dez conseguiu responder corretamente a todas as perguntas religiosas feitas pelos entrevistadores.
Entre as assuntos que pareciam confundir os entrevistados estavam se Jesus ajudou a escrever a Bíblia e se Moisés e Paulo aparecem no Velho Testamento.
A pesquisa - realizada pelo instituto de pesquisa italiano Eurisko - entrevistou 13 mil pessoas nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, na Holanda, na Alemanha, na Espanha, na Polônia, na Rússia, na Itália e na França.


Interesse
De acordo com os resultados, os americanos são os que mais rezam - 87% dos entrevistados. E os franceses, os que menos rezam - 49% dos entrevistados.
Americanos, britânicos, holandeses, alemães, espanhóis, poloneses e russos tendem a rezar com as próprias palavras, enquanto italianos e franceses tendem a usar orações que memorizaram.
Segundo o correspondente da BBC em Roma, Christian Fraser, apesar de demonstrar pouco conhecimento da Bíblia, os italianos não parecem desencantados com a religião.
A pesquisa revelou que eles têm muito interesse em aprender porque a maioria parece convencida de que Deus está tomando conta deles.
A pesquisa será utilizada em uma reunião de bispos católicos que será realizada no Vaticano em outubro. (Fonte: BBCBrasil)

O Milagre da Ressurreição Hoje...

LIMA (AFP) - Uma mulher declarada clinicamente morta voltou à vida, para a surpresa e o assombro das pessoas presentes a seu velório, em um povoado do norte do Peru, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Felicita Guizabalo, de 33 anos, vítimada por um câncer generalizado, recobrou seus sinais vitais no sábado passado, quando era velada por amigos e familiares.

A mulher abriu os olhos e começou a se mexer na frente de todos. 'La muerta', como agora é chamada na cidade, contou à rádio RPP que agora se está bem e voltou a viver pela bênção de Deus.

"Eu só estava com uma dor de estômago, mas Deus me curou e me devolveu a vida", afirmou. (Fonte: YahooNotícias)

Placa de 700 a.C. traz relato de 'destruição de Sodoma'

Cientistas britânicos conseguiram decifrar as inscrições cuneiformes de um bloco de argila datado de 700 a.C. e descobriram que se trata do testemunho feito por um astrônomo sumério sobre a passagem de um asteróide - que pode ter causado a destruição das cidades de Sodoma a e Gomorra.
Conhecido como "Planisfério", o bloco foi descoberto por Henry Layard em meados do século 19 e permanecia como um mistério para os acadêmicos.
O objeto traz a reprodução de anotações feitas pelo astrônomo há milhares de anos.
Utilizando técnicas computadorizadas que simulam a trajetória de objetos celestes e reconstroem o céu observado há milhares de anos, os pesquisadores Alan Bond, da empresa Reaction Engines e Mark Hempsell, da Universidade de Bristol, descobriram que os eventos descritos pelo astrônomo são da noite do dia 29 de junho de 3123 a.C. (calendário juliano).
Segundo os pesquisadores, metade do bloco traz informações sobre a posição dos planetas e das nuvens e a outra metade é uma observação sobre a trajetória do asteróide de mais de um quilômetro de diâmetro.
Impacto
De acordo com Mark Hempsell, pelo tamanho e pela rota do objeto, é possível que este se tratasse de um asteróide que teria se chocado contra os Alpes austríacos, na região de Köfels, onde há indícios de um deslizamento de terra grande.
O asteróide não deixou cratera que pudesse evidenciar uma explosão. Isso se explica, segundo os especialistas, porque o asteróide teria voado próximo ao chão, deixando um rastro de destruição por conta de ondas supersônicas, e se chocado contra a Terra em um impacto cataclísmico.
Segundo os pesquisadores, o rastro do asteróide teria causado uma bola de fogo com temperaturas de até 400ºC e teria devastado uma área de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados.
Hempsell afirma que a escala da devastação se assemelha à descrição da destruição de Sodoma e Gomorra, presente no Velho Testamento, e de outras catástrofes mencionadas em mitos antigos.
O pesquisador sugere ainda que a nuvem de fumaça causada pela explosão do asteróide teria atingido o Sinai, algumas regiões do Oriente Médio e o norte do Egito. Hempsell afirma que mais pessoas teriam morrido por conta da fumaça do que pelo impacto da explosão nos Alpes.
Segundo a Bíblia, Sodoma e Gomorra foram destruídas por Deus como resposta a atos imorais praticados nas cidades. Acredita-se que elas eram localizadas onde hoje fica o Mar Morto. (Fonte: BBCBrasil)

Histórias da Bíblia serão contadas via celular nas Filipinas

Uma versão digitalizada do Novo Testamento em mangá, o estilo japonês de fazer histórias em quadrinhos, será transmitida via celular nas Filipinas.
A Conferência Episcopal das Filipinas vai divulgar a Bíblia através de celulares, usando frases e breves desenhos animados com histórias do Novo Testamento em forma de mangá, muito popular entre os jovens do país.
O projeto foi realizado pela comissão episcopal para o apostolado bíblico, encarregada da divulgação do Livro Sagrado, visando uma difusão maior da mensagem cristã para o público mais jovem.
“É um jeito de estar perto das novas gerações e do seu modo de comunicar, transmitindo a mensagem do evangelho, de uma maneira divertida, mesmo para quem não pode ir à igreja”, comentou o secretário da comissão, padre Oscar Alunday.


Mensagem de texto
O clero filipino decidiu usar novos métodos de evangelização ao examinar as estatísticas sobre o conhecimento da Bíblia no país.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2006 pela Sociedade Bíblica nacional, 60% da população filipina não lê a Bíblia, apesar do catolicismo ser a religião principal. Dos 90 milhões de habitantes, 80% se dizem católicos.
Jesus aparece em cenas de ação nos quadrinhos ingleses
A ativação do serviço será feita por meio de uma mensagem de texto gratuita, O custo é de 8 centavos de euro e cada mensagem contém um texto, além de uma animação para os celulares que podem receber vídeos.


Super-herói
Na Inglaterra, a história de Jesus Cristo apresentado como um super-herói em quadrinhos, está conquistando o público jovem.
Manga Bible, lançado no ano passado, vendeu 30 mil cópias e foi definido como “brilhante e inteligente” pelo arcebispo de Canterbury, Rowan William.
O autor dos quadrinhos é Ajinbayo Akinsiku, 42 anos, conhecido como Siku.
Nos desenhos, Siku usa cores fortes e cenas de ação, em que Jesus Cristo aparece como um super-herói solitário e estrangeiro. Tem cabelos compridos e veste uma túnica esvoaçante e às vezes aparece sombrio e até assustador.
“Jesus não é bonzinho neste mangá. No deserto ele chega a ser mais assustador que o diabo”, explica o cartunista.
O Vaticano não se manifestou oficialmente sobre estas versões do Novo Testamento. O responsável pelo setor que se ocupa das comunicações sociais da Santa Sé, admitiu que não tem conhecimento destas duas iniciativas, mas considerou que elas podem ter um efeito positivo na divulgação da fé cristã.
“Não vejo problemas em usar os meios de hoje para transmitir aos jovens conteúdos fundamentais, é positivo. Isso não quer dizer que tudo o que se faz seja ótimo porque há perigo de banalização da mensagem”, alertou o arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Pontificio Conselho para as Comunicações Sociais. (Fonte: BBCBrasil)

Ilustração de 'Jesus fumante' causa protestos na Malásia

Um partido político da Malásia, o Congresso Malaio Indiano (CMI), está pedindo o fechamento de um jornal do país que publicou uma ilustração que mostra Jesus segurando um cigarro em uma mão e o que parecer ser uma lata de cerveja na outra.
O jornal malaio escrito no idioma tâmil Makkal Osai publicou a polêmica imagem de Jesus na primeira página na terça-feira com uma legenda dizendo “o céu aguarda a quem se arrepende de seus erros ”, segundo informou o jornal malaio New Straits Times.
Um membro do CMI apresentou uma queixa à polícia, alegando que a imagem é uma “ameaça à harmonia nacional”, enquanto o vice-presidente da agremiação pediu ao Ministério da Segurança Interna que puna o jornal por ferir os sentimentos dos cristãos no país.
O Makkal Osai costuma ser um crítico loquaz do CMI, um partido formado por membros da etnia tâmil que controla um jornal rival no idioma.


“Profanação”
No ano passado, o governo muçulmano da Malásia fechou duas publicações que divulgaram caricaturas do profeta Maomé, originalmente publicadas por um jornal na Dinamarca e que causaram uma onda de protestos em vários países.
Agora, integrantes de religiões minoritárias no país estão pressionando para que o episódio mais recente, envolvendo o cristianismo, tenha tratamento igual.
“Nós admitimos que cometemos um erro ao publicar a imagem. Isso não foi intencional. Nós nunca iríamos querer ferir os sentimentos dos cristãos neste país. Nós realmente lamentamos isso”, disse o diretor-geral do Makkal Osai, S.M. Periasamy, de acordo com o New Straits Times.
Por sua vez, o arcebispo de Kuala Lumpur, Datuk Murphy Pakiam, disse que a ilustração “é uma profanação e dessa forma ela fere os sentimentos religiosos dos católicos”.
No entanto, Pakiam disse estar satisfeito com o pedido de desculpas do jornal e afirmou que considera a questão encerrada.

Cosmólogo recebe prêmio defendendo existência de Deus

O professor Michael Heller, 72, de formação religiosa, com estudos em filosofia e doutorado em cosmologia, receberá em maio, em Londres, o prêmio Templeton, outorgado pela fundação homônima de estudos religiosos sediada em Nova York. O valor da premiação é de 820 mil libras esterlinas (cerca de R$ 2,87 milhões).
Os trabalhos mais recentes de Heller abordam a questão da origem do universo debruçando-se sobre aspectos avançados da teoria geral da relatividade, de mecânica quântica e de geometria não-comutativa.
"Vários processos no universo podem ser caracterizados como uma sucessão de estados, de maneira que o estado anterior é a causa do estado que o sucede", explicou o próprio Heller em um comunicado divulgado por ocasião do anúncio do prêmio.
"Ao questionar (a causalidade primeira) não estamos apenas falando de uma causa como qualquer outra. Estamos nos perguntando sobre a raiz de todas as possíveis causas", disse.
Ele rejeitou a idéia de que religião e ciência são contraditórias. "A ciência nos dá o Conhecimento, e a religião nos dá o Sentido. Ambos são pré-requisitos para uma existência decente".
"Invariavelmente eu me pergunto como pessoas educadas podem ser tão cegas para não ver que a ciência não faz nada além de explorar a criação de Deus."


Críticas
Alguns céticos atacam a Fundação Templeton por sua inclinação a favor de ideologias conservadoras da religião.
Um dos principais críticos à instituição é o biólogo evolucionista Richard Dawkings, que já descreveu o prêmio Templeton como "uma soma de dinheiro muito grande que se concede normalmente a um cientista disposto a falar coisas boas da religião".
Para os jurados, Heller mereceu o prêmio por desenvolver "conceitos precisos e notavelmente originais sobre a origem e as causas do universo, muitas vezes sob intensa repressão governamental".
A biografia do filósofo e cosmólogo polonês diz que ele foi perseguido sob a era soviética, cuja ideologia comunista abertamente atéia ia contra o perfil católico conservador dominante no país.
Heller conhecia o Papa João Paulo 2º, nascido polonês sob o nome de Karol Wojtyla, que personificou a reação da Igreja Católica contra o avanço do comunismo nos países do Leste Europeu.
"Apesar da opressão das autoridades comunistas polonesas a intelectuais e padres, a Igreja, impulsionada pelo Concílio Vaticano 2º, garantiu a Heller uma esfera de proteção que o permitiu alcançar grandes avanços em seus estudos", diz sua biografia.
Heller disse que usará o dinheiro do prêmio Templeton para financiar futuras pesquisas.

Cientistas israelenses criam 'nano Bíblia'

Cientistas israelenses anunciaram ter colocado uma versão da Bíblia em um chip do tamanho de um grão de açúcar.
Segundo os cientistas, o conteúdo da Bíblia, de 300 mil palavras em hebreu, foi inscrito em uma superfície de 0,5 milímetro de silício e coberta por uma camada fina de ouro.
A inscrição das letras foi feita com um dispositivo chamado Focused Iron Beam (Feixe de Íons em Foco, em tradução livre), que funciona como um "jato de água na areia", de acordo com o estudo.
"Quando o feixe de partículas atinge a superfície, os átomos de ouro saltam do raio, expondo a camada de silício que está embaixo", diz Ohad Zoahr, que liderou o estudo.


A olho nu
O conteúdo da 'nano Bíblia' só pode ser lido por um microscópio de escaneamento de elétrons (SEM, na sigla em inglês).
Segundo os pesquisadores do Instituto Haifa de Tecnologia, de Israel, o objetivo da pesquisa é atrair o interesse dos jovens pela nanotecnologia.
De acordo com os cientistas, o próximo passo será fotografar a "nano Bíblia" e criar um painel de 7x7 metros a ser exibido nas paredes do Instituto de Física da Universidade.
"A imagem vai possibilitar a leitura do conteúdo a olho nu", dizem os pesquisadores. "A imagem da nano Bíblia, que é do tamanho de um grão de açúcar, também será colocada ao lado do painel."
O recorde para a menor Bíblia do mundo é um exemplar que mede 2,8x3x4x1 centímetro, pesa 11,75 gramas e tem cerca de 1,5 mil páginas. (Fonte: BBCBrasil)

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Papa lista novas formas de pecado social

A manipulação genética, a poluição ambiental, o uso de drogas e as desigualdades sociais estão na lista de "pecados modernos" que suscitam especial preocupação do Vaticano. As transgressões foram definidas como "sociais" e não devem ser confundidas com o elenco tradicional dos pecados capitais - gula, luxúria, avareza, ira, soberba, inveja e preguiça. Em entrevista ao jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano, publicada domingo, o bispo Gianfranco Girotti, membro da Penitenciaria Apostólica, tribunal da Cúria Romana que trata de questões de consciência, afirmou que as novas formas de pecado social são adaptadas à realidade da globalização.

Segundo o bispo, o maior perigo para a alma, hoje, é "o mundo desconhecido" da bioética: "Dentro da bioética há áreas onde devemos denunciar, sem qualquer espécie de dúvida, algumas violações dos direitos fundamentais do ser humano, nomeadamente algumas experiências de manipulação genética, cujo resultado é difícil de prever e controlar." Ele acrescentou que na área social, o principal perigo é o tráfico e o consumo de drogas. O bispo falou das injustiças sociais e econômicas como uma grande ofensa, destacando a desigualdade social em que ricos se tornam cada vez mais ricos e os pobres, mais pobres.


Girotti pediu uma maior consciência ambiental e colocou na lista de pecados as ofensas ecológicas. As recomendações seguem o discurso do papa Bento XVI, que tem apelado para a preservação do ambiente. Também de acordo com d. Girotti, o pecado deixou de ser apenas uma questão pessoal e passou a ter influência mais ampla dentro da sociedade. "Antes, o pecado tinha uma dimensão individual, hoje tem impacto social, principalmente por causa da globalização. A atenção ao pecado agora é mais urgente por causa dos reflexos maiores e mais destruidores que pode ter."


Valores
O professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fernando Altemeyer Júnior, considera oportuna a lista. "Quando os pecados capitais foram sistematizados no século 6º, ninguém pensava que um dia teríamos a capacidade de destruir o planeta", afirma. Ele também acredita que a lista terá uma função eminentemente pedagógica. "O espírito não é punir: ninguém será excomungado. O debate é mais um convite para repensar os grandes valores." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo