Há uma grande diferença entre praticar uma religião e experimentar um relacionamento com Deus. Há uma grande diferença entre religião e salvação. Há muitas religiões, mas um só Deus e um só Evangelho. Religião vem dos homens; "O Evangelho é o poder de Deus para a salvação por meio de Jesus Cristo". Religião é o ópio do povo; Salvação é presente de Deus ao homem perdido. Religião é história do homem pecador que precisa fazer alguma coisa para o seu deus imaginado. O Evangelho nos diz o que o Deus Santo fez pelo homem pecador. Religião procura um deus; O Evangelho é a Boa Nova de que Jesus Cristo procura o homem que se encontra no caminho errado. "Porque o Filho do Homem veio salvar o que se havia perdido" (Mateus 18:11). O Evangelho muda o ser humano por dentro por meio da presença do Espírito Santo de Deus em seu coração. Nenhuma religião tem um salvador ressuscitado, que perdoa os pecados e dá vida eterna, pois só Jesus Cristo venceu a morte. Por isso, dirija-se só a Jesus Cristo. Ele é o único que pode perdoar os seus pecados e lhe dar vida nova nesta vida e vida eterna no reino de Deus. "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo" (Atos 16:31). "E o sangue de Jesus , Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (I João 1:7). Receba a Jesus AGORA em seu coração como seu Salvador e como único Senhor de sua vida. "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações"; "Hoje é o dia da Salvação". E depois de aceitar a Cristo Ele diz: "Se me amais, guardai os meus mandamentos" (João 14:15). "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (João 15:10). "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" (João 14:21).

Pesquisar No Blog:

Daniel 12 - Leitura, Estudo e Reflexão


Daniel 12


1 "Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. Haverá um tempo de angústia tal como nunca houve desde o início das nações e até então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto.
2 Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno.
3 Aqueles que são sábios reluzirão como o brilho do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre.
4 Mas você, Daniel, feche com um selo as palavras do livro até o tempo do fim. Muitos irão ali e acolá para aumentarem o conhecimento".
5 Então eu, Daniel, olhei, e diante de mim estavam dois outros, um na margem de cá do rio e outro na margem de lá.
6 Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio: "Quanto tempo decorrerá antes de se cumprirem essas coisas estupendas? "
7 O homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio, ergueu para o céu a mão direita e a mão esquerda, e eu o ouvi jurar por aquele que vive para sempre, dizendo: "Haverá um tempo, tempos e meio tempo. Quando o poder do povo santo for finalmente quebrado, todas essas coisas se cumprirão".
8 Eu ouvi, mas não compreendi. Por isso perguntei: "Meu senhor, qual será o resultado disso tudo? "
9 Ele respondeu: "Siga o seu caminho, Daniel, pois as palavras estão seladas e lacradas até o tempo do fim.
10 Muitos serão purificados, alvejados e refinados, mas os ímpios continuarão ímpios. Nenhum dos ímpios levará isto em consideração, mas os sábios sim.
11 "A partir do momento em que for abolido o sacrifício diário e for colocado o sacrilégio terrível, haverá mil e duzentos e noventa dias.
12 Feliz aquele que esperar e alcançar o fim dos mil trezentos e trinta e cinco dias.
13 "Quanto a você, siga o seu caminho até o fim. Você descansará, e então, no final dos dias, você se levantará para receber a herança que lhe cabe".

DANIEL 12 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS

Nesse tempo. … o contexto justifica a conclusão de que “nesse tempo” se refere ao tempo do desaparecimento do poder descrito no final do cap. 11. Deve-se observar que as palavras “nesse tempo” não especificam se os eventos previstos aqui ocorrerão de forma simultânea aos de Daniel 11:45, se os precedem ou se os seguem imediatamente. O importante é que os eventos do último versículo do cap. 11 e os do primeiro versículo do 12 estão estreitamente ligados no que se refere ao tempo. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4, p. 968.
Se levantará Miguel (Miguel = Ninguém é como Deus). Referência a Cristo, ver Atos 5:31; Judas 9; Apoc. 12:7-8 (ver nota sobre 10:13). O guardião celestial do povo de Deus se levantará quando o poder apóstata e seus aliados estiverem concentrados em destruir esse povo. Pouco antes da segunda vinda de Cristo, os servos de Deus dos últimos tempos ameaçarão os poderes da época (comparar com Ap 13) ao proclamar uma mensagem evangélica de lealdade ao Deus Criador e a realidade de uma prestação de contas a ele por ocasião de seu juízo (Ap 14:6-12). Bíblia de Estudo Andrews.
O sentido claramente é que Cristo Se levanta para livrar Seu povo (ver GC, 613, 633, 641, 642, 657). CBASD, vol. 4, p. 969.
Tempo de angústia.  Quando cessar a obra intercessória de Cristo e o Espírito de Deus for retirado da Terra, então todos os poderes das trevas que estiveram retidos descerão com indescritível fúria sobre o mundo. Haverá uma cena de conflito tal que ninguém poderá descrever (ver GC, 613, 614). CBASD, vol. 4, p. 969. Comparar com Ap 15-16. Bíblia de Estudo Andrews.
Salvo. Comparar com Dn 7:18, 22, 27; 10:14. Que consolo é saber que nesse grande conflito a vitória é certa! CBASD, vol. 4, p. 969.
No livro. Isto é, o livro da vida (ver com. de Dn 7:10; cf. Fp 4:3; Ap 13:8; 20:15; 21:27; 22:19). CBASD, vol. 4, p. 969.
Inscrito no livro. O “Livro da Vida” de Cristo, que registra o nome de todos os que recebem vida eterna (comparar com Ap 3:5; 13:8; 17:8; 20:12,15; 21:27). Quando Miguel se levantar, o processo judicial de decisão envolvendo livros/registros (Dn 7:10) estará terminado. Só restará executar os vereditos positivos e negativos (comparar com 12:2; Mt 25:31-46; Ap 22:11,12). Bíblia de Estudo Andrews.
Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão. Referência à ressurreição na segunda vinda de Cristo (1Ts 4:15-17; considerar também Ap 1:7), mais uma indicação de que Miguel é Cristo (sobre RESSURREIÇÃO no AT, ver Jó 19:25,26; Is 26:19. No NT, conferir At 24:15; ICo 15:51-55; ITs 4:13-18; sobre a MORTE caracterizada como um sono, ver Jo 11:11-14; At 7:60; 1Ts 4:13,14). Bíblia de Estudo Andrews.
Uma ressurreição especial precede o segundo advento de Cristo. “Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo” se levantarão nessa hora. Além disso, os que contemplaram com zombaria a crucifixão de Cristo e os que mais violentamente se opuseram ao povo de Deus serão levantados de seus túmulos para ver o cumprimento da promessa divina e o triunfo da verdade (ver GC, 637; Ap 1:7). CBASD, vol. 4, p. 969.
Os que forem sábios. Do heb. hammaskilim, do verbo sakal, “ser prudente”. Essa forma pode ser entendida num sentido simples, como “os que forem prudentes” ou “os que tiverem discernimento”; ou num sentido causativo, como “aqueles que fazem com que haja discernimento”, isto é, “aqueles que, ensinam”. A pessoa que realmente tem discernimento das coisas de Deus percebe que elas devem ser compartilhadas com outros. A sabedoria divina leva a pessoa a ser um instrutor dessa sabedoria a outros. Em Daniel 11:33, maskilim é traduzido como “sábios”, e são apresentados como perseguidos por seus esforços fiéis. Neste versículo, eles são recompensados com a glória eterna (comparar com o v. 10). CBASD, vol. 4, p. 969.
encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim. Daniel menciona que somente duas partes de sua profecia seriam seladas até o tempo do fim: (1) a profecia dos 1.260 dias de 12:7,9; 7:25 e (2) a profecia das 2.300 tardes e manhãs de 8:14,26. Ambas são apresentadas em Ap 11-14 depois que o livrinho de Ap 10 é aberto, o esquadrinharão. Muitos estudariam as Escrituras com  afinco, buscando compreender as profecias de Daniel, o saber se multiplicará. No tempo do fim, haveria mais conhecimento para que a profecia fosse entendida. Bíblia de Estudo Andrews.
Essa instrução não se aplica a todo o livro de Daniel, pois uma parte da mensagem foi entendida e tem sido uma bênção aos crentes por séculos. Ela se aplica à parte da profecia de Daniel que fala dos últimos dias (AA, 585; DTN, 234). A mensagem, baseada no cumprimento dessas profecias, não poderia ser proclamada antes que esse tempo chegasse (ver GC, 356; comparar com o “livrinho aberto” na mão do anjo de Ap 10:1, 2; ver também TM, 115). CBASD, vol. 4, p. 969.
Muitos o esquadrinharão. Do heb. shut … . Muitos intérpretes crêem que shut é usado aqui num sentido metafórico e que descreve uma fervorosa investigação da Bíblia, resultando num aumento do conhecimento com respeito às profecias do livro de Daniel (ver cf. DTN, 234; GC, 356). CBASD, vol. 4, p. 969.
O saber se multiplicará. Esta frase deve ser considerada a seqüência lógica da frase que a antecede: quando o livro selado for aberto, no tempo do fim, o conhecimento das verdades contidas nessas profecias aumentará (ver PR, 547; cf. Ap 10:1, 2). No final do século 18 e início do século 19, despertou-se um novo interesse pelas profecias de Daniel e Apocalipse em diferentes  lugares do mundo. O estudo dessas profecias difundiu a crença de que o segundo advento de Cristo estava próximo. Vários estudiosos na Inglaterra, Joseph Wolff no Oriente Médio, Manuel Lacunza na América do Sul e Guilherme Míller nos Estados Unidos, junto com outros estudiosos das profecias, declararam, com base no estudo das profecias de Daniel, que o segundo advento estava prestes a ocorrer. Essa convicção se tornou a força motivadora de um movimento mundial. Esta profecia também foi interpretada como indício dos estupendos avanços da ciência e do conhecimento geral no século 19, avanços que tornaram possível uma proclamação extensa da mensagem dessas profecias. CBASD, vol. 4, p. 970.
6. Homem vestido de linho. Daniel tinha visto este Ser celestial no início de sua visão (ver Dn 10:5, 6). A referência de Daniel ao’ no” (v. 5) e ao “homem vestido de linho”, sem fazer uma identificação mais completa, sugere que o cap. 10, que apresenta os dois, é parte dessa mesma visão. CBASD, vol. 4, p. 970.
Quando … ? O anjo formula a pergunta que deve ter ocupado a mente de Daniel. A ânsia do profeta era pela rápida e completa restauração dos judeus (ver com. de Dn 10:2). O decreto de Ciro já tinha sido promulgado (Ed 1:1; cf. Dn 10:1), mas havia muito a ser feito. Após o longo e complexo relato das vicissitudes posteriores que o povo de Deus sofreria, o profeta naturalmente estava ansioso por saber quando ocorreriam “estas maravilhas” e quando seria cumprida a promessa "será salvo o teu povo” (Dn 12:1). Daniel não entendeu por completo a relação do que viu com o futuro. Uma porção da profecia estava selada e seria entendida apenas no “tempo do fim” (Dn 12:4). CBASD, vol. 4, p. 970.
7. A mão direita e a esquerda. Ver Dt 32:40. O ato de levantar ambas as mãos indica que máxima solenidade e segurança estavam atreladas à declaração. Por Aquele que vive. Não poderia haver maior juramento (ver Hb 6:13; cf. Ap 10:5, 6). CBASD, vol. 4, p. 970.
Um tempo, dois tempos e metade de um tempo. Isto é, o período de 1.290 anos. 538-1798 d.C, que ocorre primeiramente Daniel 7:25 (ver com. ali). CBASD, vol. 4, p. 970.
Ver nota sobre 7:25. Bíblia de Estudo Andrews.
8. Não entendi. .. a parte dessa visão que Daniel não entendeu deve ser o fator tempo. Ele estava orando pela rápida restauração do templo (ver com. de Dn 10:2), um problema imediato. Ele pareceu incapaz de ajustar o fator tempo à concepção de uma breve libertação de seu povo. CBASD, vol. 4, p. 971.
Entenderão. Uma garantia de que, nos últimos dias, quem estudar as profecias com afinco e inteligência entenderá a mensagem de Deus para seu tempo. CBASD, vol. 4, p. 971.
11,12 mil duzentos e noventa dias … mil trezentos e trinta e cinco dias. Os dois períodos mencionados nestes versículos estão relacionados ao tempo de 7:25 e 12:7, embora sejam ligeiramente distintos. Isso indica que eles começam, terminam e se sobrepõem mais ou menos na mesma era. Bíblia de Estudo Andrews.
Os que mantêm o ponto de vista de que “diário” representa o “paganismo” (ver com. de Dn 8:11) subtraem 1.290 de 1.798 e chegam à data de 508 d.C. Eles veem os eventos que cercam essa data, como a conversão de Clóvis, rei dos francos, à fé católica, e a vitória sobre os godos, como passos importantes para o estabelecimento da supremacia da Igreja Católica no Ocidente. Os que defendem o ponto de vista de que “diário” se refere ao ministério sacerdotal contínuo de Cristo no santuário celestial e ao verdadeiro culto a Cristo na era do evangelho (ver com. de Dn 8:11) não encontram explicação satisfatória para esse texto. Creem que essa é uma das passagens das Escrituras sobre as quais o futuro projetará mais luz. CBASD, vol. 4, p. 971.
12. Bem-aventurado. Os períodos de tempo dos v. 7, 11 e 12 alcançam o “tempo do fim” a que se referem os v. 4 e 9. “Bem-aventurado”  (ver com. de Mt 5:3), diz o anjo, é aquele que testemunha os eventos dramáticos das cenas finais da história da Terra. Então, as seções do livro de Daniel que foram seladas seriam entendidas (ver com. de Dn 12:4), e logo “os santos do Altíssimo” receberão “o reino, e o possuirão para todo o sempre” (Dn 7:18). CBASD, vol. 4, p. 971, 972.
Espera. Isto implica que se pode esperar que o seguinte período profético continue além do fim dos 1.290 anos. Se os 1.290 e os 1.335 anos começam ao mesmo tempo, esse segundo período chega ao ano de 1843, uma data importante com relação ao grande despertar adventista na América, em geral conhecido como movimento milerita. CBASD, vol. 4, p. 972.
13. Segue o teu caminho … levantarás para receber a tua herança. O cumprimento das profecias de Daniel deve alcançar um futuro distante. Daniel descansaria no túmulo, mas ‘”no fim dos dias’, isto é, na conclusão do período da história deste mundo, lhe seria permitido outra vez estar em sua posição e em seu lugar” (PR, 547; ver também Ellen G. White, Material Suplementar sobre este versículo). CBASD, vol. 4, p. 972.
13 Levantarás para receber a tua herança. Daniel recebeu a maravilhosa certeza de que desfrutaria a salvação final (comparar com 2Tm 4:7, 9). Bíblia de Estudo Andrews.

Como entender os 1.290 e 1.335 dias de Daniel 12:11 e 12?

Alberto R. Timm
A natureza e o cumprimento dos “1.290 dias” e “1.335 dias” de Daniel 12:11 e 12 só poderão ser devidamente compreendidos se considerados dentro da estrutura de paralelismo profético do livro de Daniel. William H. Shea esclarece que no livro de Daniel cada período profético (1.260, 1.290, 1.335 e 2.300 dias) aparece como um apêndice calibrador ao corpo básico da respectiva profecia que lhe corresponde. Por exemplo, a visão do capítulo 7 é descrita nos versos 1-14, mas o tempo a ela relacionado só aparece no verso 25. No capítulo 8, o corpo da visão é relatado nos versos 1-12, mas o tempo só ocorre no verso 14. De modo semelhante, os tempos proféticos relacionados com a visão do capítulo 11 só são mencionados no capítulo 12. (W. H. Shea, Daniel 7-12: Prophecies of the End  Time, págs. 217 e 218.)
Esse paralelismo comprova que os 1.290 e 1.335 dias, de Daniel 12:11 e 12, compartilham da mesma natureza profético-apocalíptica que os “tempo, tempos e metade de um tempo”, de Daniel 7:25, e as 2.300 tardes e manhãs, de Daniel 8:14. Assim, se aplicamos o princípio dia-ano aos períodos proféticos de Daniel 7 e 8, também devemos aplicá-lo aos períodos de Daniel 12; pois todos esses períodos estão interligados entre si, de alguma forma, e a descrição de cada visão indica apenas um único cumprimento para o período profético que lhe corresponde. Básico para a compreensão desses períodos é também a identificação dos eventos e dos poderes a eles relacionados. A alusão em Daniel 12:11 ao “sacrifício diário” e à “abominação desoladora” conecta os 1.290 e 1.335 dias não apenas com o conteúdo da visão de Daniel 11 (ver Dan. 11:31) mas também com as 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8:14 (ver Dan. 8:13; 9:27). O mesmo poder apóstata que haveria de estabelecer a “abominação desoladora” em lugar do “sacrifício diário” é descrito em Daniel 7 e 8 como o “chifre pequeno”, e em Daniel 11 como o “rei do Norte”.
A expressão “sacrifício diário” é a tradução do termo hebraico tamid, que significa “diário” ou “contínuo”, ao qual foi acrescida a palavra “sacrifício”, que não se encontra no texto original de Daniel 8:13 e 12:11. Esse termo (tamid) é usado nas Escrituras em relação não apenas com o sacrifício diário do santuário terrestre (ver Êxodo 29:38 e 42) mas também com vários outros aspectos da ministração contínua daquele santuário (ver Êxodo 25:30; 27:20; 28:29, 38; 30:8; I Crôn. 16:6).
No livro de Daniel o termo se refere, obviamente, ao contínuo ministério sacerdotal de Cristo no santuário/templo celestial (ver Dan. 8:9-14). Já a “abominação desoladora” subentende o amplo sistema de contrafação a esse ministério, construído sobre as teorias antibíblicas da imortalidade natural da alma, da mediação dos santos, do confessionário, do sacrifício da missa, etc. Foi com base nesses princípios que Guilherme Miller chegou à conclusão de que tanto os 1.290 anos como os 1.335 anos iniciaram em 508, quando Clóvis obteve a vitória sobre os visigodos arianos, passo esse decisivo na união dos poderes político e eclesiástico para a punição dos “hereges” pelo catolicismo medieval. Os 1.290 anos eram vistos como havendo se cumprido em 1798, com o aprisionamento do Papa Pio VI pelos exércitos franceses. Já os 1.335 anos eram considerados como se estendendo por mais 45 anos, até o término dos 2.300 anos de Daniel 8:14, em 1843/1844. Essa interpretação foi mantida pelos primeiros adventistas observadores do sábado, transformando-se na posição histórica da Igreja Adventista do Sétimo Dia até hoje. Rompendo com essa interpretação, alguns indivíduos têm proposto, em anos mais recentes, uma “nova luz” sobre um suposto cumprimento futuro dos 1.290 e 1.335 dias, como meros dias literais. Por mais interessante que possa parecer, essa nova interpretação (1) rompe completamente com o paralelismo profético do livro de Daniel; (2) busca endosso em uma leitura parcial e tendenciosa do Espírito de Profecia; (3) é inconsistente em sua aplicação do princípio dia-ano de interpretação profética; (4) promove a interpretação profética futurista da contra reforma católica; e (5) menospreza as advertências do Espírito de Profecia sobre marcações de quaisquer novas datas.
Sem dúvida, esse suposto cumprimento futuro dos 1.290 e 1.335 dias é totalmente irreconciliável com as declarações de Ellen White de que “o tempo não tem sido um teste desde 1844, e nunca mais o será” (Primeiros Escritos, pág. 75), e que “nunca mais haverá para o povo de Deus uma mensagem baseada em tempo” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 188).

Fonte: (publicado na revista do Ancião em jan – fev 2004)


Sermão - Daniel Capítulo 11


Daniel 11 - Leitura, Estudo e Reflexão


Daniel11


1 sendo que, no primeiro ano de Dario, rei dos medos, ajudei-o e dei-lhe apoio.
2 "Agora, pois, vou dar-lhe a conhecer a verdade: Outros três reis aparecerão na Pérsia, e depois virá um quarto rei, que será bem mais rico do que todos os outros. Quando ele tiver conquistado o poder com sua riqueza, instigará todos contra o reino da Grécia.
3 Então surgirá um rei guerreiro, que governará com grande poder e fará o que quiser.
4 Depois que ele surgir, o seu império se desfará e será repartido para os quatro ventos do céu. Não passará para os seus descendentes, e o império não será poderoso como antes, pois será desarraigado e dado a outros.
5 "O rei do sul se tornará forte, mas um dos seus príncipes se tornará ainda mais forte que ele e governará o seu próprio reino com grande poder.
6 Depois de alguns anos, eles se tornarão aliados. A filha do rei do sul fará um tratado com o rei do norte, mas ela não manterá o seu poder, nem ele conservará o dele. Naqueles dias ela será entregue à morte, junto com sua escolta real e com seu pai e com aquele que a apoiou.
7 "Alguém da linhagem dela se levantará para tomar-lhe o lugar. Ele atacará as forças do rei do norte e invadirá a sua fortaleza; lutará contra eles e será vitorioso.
8 Também se apoderará dos deuses deles, das suas imagens de metal e dos seus utensílios valiosos de prata e de ouro, e os levará para o Egito. E por alguns anos ele deixará o rei do norte em paz.
9 Então o rei do norte invadirá as terras do rei do sul, mas terá que se retirar para a sua própria terra.
10 Seus filhos se prepararão para a guerra e reunirão um grande exército, que avançará como uma inundação irresistível e levará os combates até a fortaleza do rei do sul.
11 "Em face disso, o rei do sul marchará furioso para combater o rei do norte, que o enfrentará com um enorme exército, mas mesmo assim será derrotado.
12 Quando o exército for vencido, o rei do sul se encherá de orgulho e matará milhares, mas o seu triunfo será breve.
13 Pois o rei do norte reunirá um outro exército, maior do que o primeiro; e depois de alguns anos voltará a atacá-lo com um exército enorme e bem equipado.
14 "Naquela época muitos se rebelarão contra o rei do sul. E os homens violentos do povo a que você pertence se revoltarão para cumprirem esta visão, mas não terão sucesso.
15 Então o rei do norte virá e construirá rampas de cerco e conquistará uma cidade fortificada. As forças do sul serão incapazes de resistir; mesmo as suas melhores tropas não terão forças para resistir.
16 O invasor fará o que bem entender; ninguém conseguirá resistir-lhe. Ele se instalará na Terra Magnífica e terá poder para destruí-la.
17 Virá com o poder de todo o seu reino e fará uma aliança com o rei do sul. Ele lhe dará uma filha em casamento a fim de derrubar o reino, mas o seu plano não terá sucesso nem o ajudará.
18 Então ele voltará a atenção para as regiões costeiras e tomará muitas delas, mas um comandante dará fim à arrogância dele e lhe devolverá a sua arrogância.
19 Depois disso ele se dirigirá para as fortalezas de sua própria terra, mas tropeçará e cairá, para nunca mais aparecer.
20 "Seu sucessor enviará um cobrador de impostos para manter o esplendor real. Contudo, em poucos anos ele será destruído, ainda que não com ira nem em combate.
21 "Ele será sucedido por um ser desprezível, a quem não tinha sido dada a honra da realeza. Este invadirá o reino quando o povo do reino sentir-se seguro, e ele se apoderará dele mediante intrigas.
22 Então um exército avassalador será arrasado diante dele; tanto o exército como um príncipe da aliança serão destruídos.
23 Depois de um acordo feito com ele, agirá traiçoeiramente, e com apenas uns poucos chegará ao poder.
24 Quando as províncias mais ricas se sentirem seguras, ele as invadirá e realizará o que nem seus pais nem seus antepassados conseguiram. Distribuirá despojos, saques e riquezas entre seus seguidores. Ele tramará a tomada de fortalezas, mas só por algum tempo.
25 "Com um grande exército juntará suas forças e sua coragem contra o rei do sul. O rei do sul guerreará com um exército grande e poderoso, mas não conseguirá resistir por causa dos golpes tramados contra ele.
26 Mesmo os que estiverem sendo alimentados pelo rei tentarão destruí-lo; seu exército será arrasado, e muitos cairão em combate.
27 Os dois reis, com seus corações inclinados para o mal, sentarão à mesma mesa e mentirão um para o outro, mas sem resultado, pois o fim só virá no tempo determinado.
28 O rei do norte voltará para a sua terra com grande riqueza, mas o seu coração estará voltado contra a santa aliança. Ele empreenderá ação contra ela e então voltará para a sua terra.
29 "No tempo determinado ele invadirá de novo o sul, mas dessa vez o resultado será diferente do anterior.
30 Navios das regiões da costa ocidental se oporão a ele, e ele perderá o ânimo. Então se voltará e despejará sua fúria contra a santa aliança. Ele retornará e será bondoso com aqueles que abandonarem a santa aliança.
31 "Suas forças armadas se levantarão para profanar a fortaleza e o templo, acabarão com o sacrifício diário e colocarão o sacrilégio terrível.
32 Com lisonjas corromperá aqueles que tiverem violado a aliança, mas o povo que conhece o seu Deus resistirá com firmeza.
33 "Aqueles que são sábios instruirão a muitos, mas por certo período cairão pela espada e serão queimados, capturados e saqueados.
34 Quando caírem, receberão uma pequena ajuda, e muitos que não são sinceros se juntarão a eles.
35 Alguns dos sábios tropeçarão para que sejam refinados, purificados e alvejados até a época do fim, pois isso só virá no tempo determinado.
36 "O rei fará o que bem entender. Ele se exaltará e se engrandecerá acima de todos os deuses e dirá coisas jamais ouvidas contra o Deus dos deuses. Ele terá sucesso até que o tempo da ira se complete, pois o que foi decidido irá acontecer.
37 Ele não terá consideração pelos deuses dos seus antepassados nem pelo deus preferido das mulheres, nem por deus algum, mas se exaltará acima deles todos.
38 Em seu lugar adorará um deus das fortalezas; um deus desconhecido de seus antepassados ele honrará com ouro e prata, com pedras preciosas e presentes caros.
39 Atacará as fortalezas mais poderosas com a ajuda de um deus estrangeiro e dará grande honra àqueles que o reconhecerem. Ele os fará governantes sobre muitos e distribuirá a terra, mas a um preço elevado.
40 "No tempo do fim o rei do sul se envolverá em combate, e o rei do norte o atacará com carros e cavaleiros e uma grande frota de navios. Ele invadirá muitos países e avançará por eles como uma inundação.
41 Também invadirá a Terra Magnífica. Muitos países cairão, mas Edom, Moabe e os líderes de Amom ficarão livres da sua mão.
42 Ele estenderá o seu poder sobre muitos países; o Egito não escapará,
43 pois ele terá o controle dos tesouros de ouro e de prata e de todas as riquezas do Egito; os líbios e os núbios a ele se submeterão.
44 Mas, informações provenientes do leste e do norte o deixarão alarmado, e irado partirá para destruir e aniquilar a muitos.
45 Armará suas tendas reais entre os mares, no belo monte santo. No entanto, ele chegará ao seu fim, e ninguém o socorrerá.

DANIEL 11 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS – BÍBLIA DE ESTUDO ANDREWS

Daniel 11 é um dos capítulos mais difíceis de se interpretar. Os acontecimentos descritos são, com frequência, condensados e vagos, levando às mais diversas interpretações. Existe uma concordância majoritária quanto à primeira parte; contudo, à medida que o capítulo avança, as divergências se multiplicam inclusive entre os que compartilham a mesma visão teológica. Embora nem todos os detalhes fiquem claros, a mensagem básica é que Deus é o Senhor da história e, a despeito dos governantes terrenos e de suas ações, ele vencerá o mal e salvará seu povo. Daniel 11 apresenta muitos paralelos com os cap. 8 e 9. Os intérpretes que se pautam pela abordagem histórica contínua, como esta Bíblia de estudo Andrews, costumam considerar que o capítulo tem início com o império persa, seguido pela Grécia, em particular, com duas das grandes divisões do império grego após a morte de Alexandre, o Grande. Estas duas divisões, os selêucidas (“rei do Norte”, v. 6-15, com sede na Síria) e os ptolomeus (“rei do Sul”, v. 5-15, com sede no Egito), interagiam uma com a outra e com a terra de Israel. A Grécia foi sucedida por Roma imperial, depois Roma eclesiástica e, por fim, por um poder político/religioso apóstata. Bíblia de Estudo Andrews.
ainda três reis se levantarão. Diferentemente da apresentação dos cap. 2, 7 e 8, esta profecia é narrada em linguagem literal acerca da história futura em grandes detalhes, sem representação simbólica dos poderes por meio de estátuas, animais e outros itens semelhantes. … Em Daniel 11 fala-se dos governantes sem citar nomes, por isso devemos identificá-los pelas descrições. embora a primeira parte do capítulo seja relativamente clara, à medida que ele avança, torna-se cada vez mais difícil identificar as as pessoas exatas e os acontecimentos a que o texto se refere. Bíblia de Estudo Andrews.
empregará tudo contra o reino da Grécia. O quarto rei depois de Ciro foi Xerxes (486-465 a.C.). Ele planejou uma grande invasão à Grécia, que acabou falhando. Bíblia de Estudo Andrews.
Depois, se levantará um rei poderoso. Este é Alexandre, o Grande (336-323 a.C.), cujo império foi dividido em quatro reis gregos (v. 4; comparar com 8:8, 21, 22). Observe que, após a Pércia, sob a liderança de Xerxes , perder a batalha para a Grécia 11:2), o cap. 11 ignora todos os outros reis persas (de 465 a.C. em diante) e parte diretamente para o império grego (a partir de 330 a.C.). Bíblia de Estudo Andrews.
rei do Sul. Ptolomeu I Sóter (305-285 a.C.), da dinastia grega ptolomaica que governou o Egito, no sul da Palestina. Bíblia de Estudo Andrews.
um de seus príncipes. Seleuco l Nicator (305-281 a.C.), general de Alexandre que se tornou governante de Babilônia. Ele foi expulso e fugiu para o Egito, mas Ptolomeu o ajudou a reconquistar Babilônia. Seleuco expandiu muito seu domínio e fundou a dinastia selêucida, com capital na Síria, no norte da Palestina. Portanto, os reis de a dinastia são os reis do Norte do cap. 11. O fato de Seleuco ter se subordinado a Ptolomeu por um tempo explica por que ele é chamado de “um de seus príncipes”. Bíblia de Estudo Andrews.
rei do Norte. Referência ao território de Seleuco, localizado no  norte de Israel. Observe que o povo de Deus ficou preso no meio, entre o Norte e o Sul.Bíblia de Estudo Andrews.
avançará contra o reino do rei do Sul e tornará para sua terra. Em 242 a.C, Seleuco II Calínico (246-225 a.C.) tentou se vingar da invasão de Ptolomeu III, mas fracassou. Bíblia de Estudo Andrews.
11:10 Os seus filhos farão guerra. Os filhos de Seleuco II que guerrearam contra o Egito foram Seleuco III (225-223 a.C.) e Antíoco III, o Grande (223-187 a .C.). Bíblia de Estudo Andrews.
11:13 porá em campo multidão maior do que a primeira. Antíoco III se recuperou e fez preparativos para atacar novamente o Egito, naquele momento, sob o controle de Ptolomeu V
(205-180 a.C.), um menino de apenas seis anos de idade. Bíblia de Estudo Andrews.

11:14 se levantarão muitos contra o rei do Sul. Durante o reinado do jovem Ptolomeu V, muitos egípcios se rebelaram contra os senhores gregos. A Pedra de Roseta registra as concessões que os regentes de Ptolomeu fizeram a eles. Bíblia de Estudo Andrews.
11:15 O rei do Norte virá. Antíoco III derrotou um exército egípcio bem capacitado e cercou as forças egípcias restantes em Tiro. Bíblia de Estudo Andrews.
11:16 estará na terra gloriosa. Antíoco III tomou a Palestina (comparar com v. 41, 45; 8:9), antes sob domínio do Egito. Bíblia de Estudo Andrews.
11:17 e lhe dará uma jovem em casamento, para destruir o seu reino. Após se apropriar de mais territórios, Antíoco III selou um tratado de paz com Ptolomeu V, dando sua filha, Cleópatra, em casamento a ele. Bíblia de Estudo Andrews.
11:19 tropeçará, e cairá. Antíoco III foi assassinado em 187 a.C., enquanto tentava saquear o tesouro de um templo, aparentemente para pagar tributos a Roma. Bíblia de Estudo Andrews.
11:20 Levantar-se-á, depois, em lugar dele, um que fará passar um exator pela terra mais gloriosa do seu reino. Ou, “E se levantará em sua função um que fará um opressor passar pelo esplendor do reino.” … Antíoco IV Epifânio (175-164 a.C.) se enquadra na descrição: ele ficou conhecido por oprimir os judeus a partir de 167 a.C., mas eles derrotaram seus exércitos e assumiram o controle da Judeia (ver 1 e 2 Macabeus [livro judeu histórico apócrifo/não reconhecido como divinamente inspirado]). Logo depois disso, ele morreu doente (164 a.C.). Bíblia de Estudo Andrews.
11:21-39 Esta longa passagem sobre o governante “vil” e blasfemo combina com a descrição do caráter e das atividades do chifre pequeno encontrada nos cap. 7 e 8 de Daniel. A pessoa “vil” não é explicitamente chamada de “rei do Norte” nesta parte do cap. 11. Bíblia de Estudo Andrews.
11:40 – 45 Este texto retrata as tentativas do inimigo de Deus no tempo do fim de estabelecer um controle duradouro sobre todo o mundo. Os acontecimentos futuros precisos são conhecidos somente pelo Senhor. A Bíblia não faz predições proféticas para que as pessoas especulem acerca do futuro, mas para lhes fortalecer a fé após as profecias se tornarem realidade (ver as palavras de Jesus em Jo 14:29) Bíblia de Estudo Andrews.
11:41 Edom, e Moabe, e … Amom. Nações vizinhas, localizados no leste e no sul da terra de Judá. Eram ligadas a Israel por laços familiares patriarcais. Bíblia de Estudo Andrews.
11:45 o glorioso monte santo. Esta expressão designa o monte do templo, localizado na cidade de Jerusalém, chegará ao seu fim. Por causa da ascensão de Miguel (12:1). Este poder será destruído na segunda vinda de Cristo (2Ts 2:8; Ap 19:19,20). Bíblia de Estudo Andrews.
DE ONDE VIRÁ MEU SOCORRO? JESUS ESTÁ VINDO! 
DANIEL 11 

Quem alguma vez não ficou perdido no meio de uma estrada que não conhecia? Já perdeu tempo por confiar que conhecia o caminho e pegou uma estrada perigosa e engarrafada e perdeu o horário do compromisso agendado? Hoje com o GPS móveis diminuímos bastante essa tensão de não achar o caminho para chegar num determinado lugar. Inclusive com o passar dos anos redes sociais com GPS como Waze vem sendo usado por milhões de pessoas. Porém, mesmo usando os GPS modernos podemos correr alguns riscos. Faz algum tempo atrás soubemos que um casal usando o Waze, na cidade do Rio de Janeiro, o aplicativo os levou de forma equivocada para uma rua homônima dentro de um bairro extremamente perigoso, onde os dois foram assaltados e mortos. Situações assim podem acontecer comumente, talvez não com consequências tão trágicas, mas no âmbito espiritual e profético existem muitas pessoas que estão absolutamente perdidas. Lembre-se que Dan. 10 a 12 é uma mesma visão. Uma mar’eh (visão de um ser ou aparição). A visão está associada ao Ser Celestial, Miguel, o Messias antes de sua encarnação e ao anjo Gabriel intérprete em Dan. Cap.10. Todo o Cap.11 é narrado pelo anjo que está na presen-ça de Miguel igual que Daniel. Daniel, portanto, não está vendo os reis do Norte e do Sul, apenas os ouve; o que os teólogos se referem a este capítulo como uma “audiência” ao invés de uma “visão”. Aparentemente, por não ser uma visão simbólica, uma “Chazon”, não deveria haver símbolos para interpretar, mas a linguagem deveria ser literal; por exemplo, onde diz o “rei do Norte”, deveríamos entender um “rei” literal e, literalmente que vem do “Norte”. Quando menciona anos deveríamos entender anos literais (Dan. 11.6, 8, 13). Mas depois da cruz, quando Cristo fez uma nova aliança com um povo novo, o Israel espiritual, devemos entender as expressões “Norte”, “Sul”, “reis” e “tempos” (12.7,11,12), especialmente na forma espiritual ou simbólica. A frase “teu povo” já não é literal, mas espiritual; “rei do Norte” não é Babilônia nem Síria, mas a Babilônia espiritual. Tampouco o “rei do Sul” é o Egito literal, mas espiritual (Apoc. 11.7). Embora Dan. 11 seja narrado é o Profeta que contempla Cristo em glória, pois tem uma progressão histórica que o leva desde os reis da Pérsia em seu tempo, até a vinda de Miguel, a ressurreição e o reino eterno de Deus. Desta mesma maneira acontece no livro Apocalipse, as sete igrejas devem ser entendidas neste contexto, devem começar com as igrejas e a situação histórica da época de João, mas deve ter progressão ininterrupta para acabar com a vinda do Filho do Homem nas nuvens (Apoc. 1.7) e a ressurreição que pode efetuar unicamente aquele que têm “as chaves da morte e do Hades” (Apoc. 1.18). Existe um paralelo claro entre Daniel 11 e a visão de João na visão das 7 igrejas. É importante, mencionar que nesses grandes conflitos históricos Daniel só vê este Ser glorioso e triunfante vestido de linho, como o sumo sacerdote que intercede por seu povo em todos os momentos. Da mesma forma ocorre com João em Apoc. 1-3 mostrando tudo o que ocorre sobre as vicissitudes da Igreja através da história. Ele só vê este Glorioso ser intercedendo por sua igreja, mas não são mostradas as igrejas na visão. A inferência de que o Sumo Sacerdote celestial de Dan. 10-12 começa revelando o destino do Israel literal e muda depois da cruz para o Israel espiritual, a Igreja Cristã, é explícito em sua nova cruzada pós-emergência no Apocalipse, onde João diz “escrever às sete igrejas que estão na Ásia”. Apocalipse confirma o princípio hermenêutico de que a Bíblia interpreta a si mesma. O rei do Norte ou Babilônia literal já não existia no tempo de João, mas em sua revelação o arqui-inimigo do povo de Deus ainda é Babilônia, mas a Babilônia simbólica (Ap 14.8; 17.5, 18; 18.1 -4, etc.), etc. Assim como Apocalipse ilumina a revelação de Daniel; Daniel estabelece as bases para a compreensão de Apocalipse. Não podemos começar a estudar Apocalipse sem levar em conta o Sumo Sacerdote celestial que apareceu ao final de Daniel. 

I. OS REIS DA PÉRSIA (DANIEL 11:2) 
“Agora, pois, vou anunciar a você a verdade: Outros três reis aparecerão na Pérsia, e depois virá um quarto rei, que será bem mais rico do que os anteriores. Depois de conquistar o poder com sua riqueza, instigará todos contra o reino da Grécia. Apenas um versículo (Dan. 11.2) é usado neste longo capítulo para discutir a Pérsia, o que mostra uma redução de informações históricas e um aumento de informações sobre o “tempo do fim”. A declaração “Agora eu vou lhe mostrar a verdade” Dan. 11.2, no original diz: “Eu declaro”, confirmando que Daniel nestes capítulos não irá mostrar os reis e as suas batalhas, mas vai contar o que ouviu dos lábios de Gabriel. O advérbio “agora” conecta mais uma vez com essa revelação anterior em que Gabriel interveio, e deixa claro que a visão do capítulo 8 não está totalmente revelada, porque se diz assim: “agora eu vou lhe dizer a verdade”, relata o anjo. A visão de Daniel 11 é uma explicação (de Daniel 8) e ela ocorre no 3º ano do rei da Pérsia, Ciro. (Dan. 10:1) E sua incumbência é acompanhar, e interpretar (unicamente) a Daniel 8; ou seja, explica o carneiro, o bode, a ponta pequena e as ações envolvendo essas potências. Assim sendo: Daniel 8 seria o roteiro; e Daniel 11 a história desmembrada desse roteiro. O capitulo 11 de Daniel é uma interpretação de Daniel 8, não através de animais ou bestas, mas através dos reis persas, dos reis gregos, rei do sul e rei do Norte (desse último é que se deriva a ponta pequena). Daniel 11 esmiúça a mesma batalha (vista em Daniel 8) entre o carneiro e o bode, acrescentando detalhes. Pois diz quantos reis a Pérsia teria até se ocorrer tal batalha, e qual dos reis persas (a contar de Ciro) se voltaria contra o reino da Grécia (na batalha) na qual o rei grego venceria. (Dan. 11:2). Gabriel menciona “três reis na Pérsia, e o quarto”, que “seria muito mais rico do que todos eles” e levantaria “todos contra o reino da Grécia.” Depois da morte de Ciro (550-530 a.C) Veio: Cambises II, (530-522 a.E.C.), Bardiya, um impostor (chamado falso Esmérdis), (522 a.C), Dario I Hystaspes (522 a.C 486 a.C), Xerxes (Assuero) (486-465 a.C), marido da rainha Ester. 

II. O GRANDE REI DA GRÉCIA ( DANIEL 11:3,4) 
Daniel 11 após anunciar o mesmo conflito (visto em Daniel 8 entre bode e carneiro) anuncia também a vitória Grega, dizendo: “Depois se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver.” (Dan. 11:3) O “rei valente, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver” do verso 3 é Alexandre, o Grande, fundador do Império Greco-macedônio. (336a.C a 323a.C) “Mas, estando ele em pé, o seu reino será quebrado, e será repartido para os quatro ventos do céu”, diz o vers. 4. É preciso destacar o detalhe que seu reino será “quebrado e dividido” quando “se tenha levantado” e não quando se tenha envelhecido nem quando seja derrotado pela morte prematura e repentina de Alexandre, no seu auge. Os quatro ventos do céu são os quatro pontos cardiais onde se instalaram: Macedônia, Trácia, Síria e Egito dominados pelos quatro generais de Alexandre e as dinastias que os sucederam. Estes detalhes já haviam sido revelados a Daniel nos caps. 7 e 8, mas são acrescentados mais detalhes em Dan. 11 que impressionam por sua precisão: “mas não será para a sua posteridade, nem tampouco segundo o poder com que reinou, porque o seu reino será desfeito, e será para outros além dele”. Mas, estando ele em pé, o seu reino será quebrado e será repartido para os quatro ventos do céu; mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o seu domínio com que reinou, porque o seu reino será arrancado, e passará a outros que não eles. “ (Dan. 11:4) Alexandre o grande morreu em junho de 323 a.C, aos 32 anos, seu irmão Filipe era retardado, e o único fi lho nascido depois de sua morte foi assassinado. Seu reino foi tomado por quatro de seus generais: Ptolomeu, Seleuco, Cassandro e Lisímaco. “O rei do Sul se tornará forte, mas um dos seus príncipes se tornará ainda mais forte que ele e governará o seu próprio reino com grande poder” (Daniel 11:5,6). Depois de alguns anos, eles se tornarão aliados. A fi lha do rei do Sul fará um tratado com o rei do Norte, mas ela não manterá o seu poder, tampouco ele conservará o dele. Naqueles dias ela será entregue à morte, com sua escolta real e com seu pai e com aquele que a apoiou”. De acordo à história Ptolomeu dominou o Egito, o reino do Sul que representa o ateísmo. Inclusive Ptolomeu II e o rei Antíoco II, tentaram estabelecer paz entre seus respectivos países através de um casamento. Antíoco II deveria se casar com Berenice, fi lha de Ptolomeu II, mas teve que se divorciar de sua esposa Laodice. Esta tentativa não deu certo. Depois que seu sogro, o rei Ptolomeu morreu, ele se divorciou de Berenice e voltou para sua mulher, laodice. Laodice por sua parte envenenou Berenice e seu filho, garantindo desta maneira cruel, que seu filho Selêuco II subisse ao trono da Síria. Vimos até aqui que a profecia de Daniel 11 começa com a descrição dos reis persas e continua com Alexandre, o Grande. Na sequência o esboço profético muda para os Ptolomeu e Selêucidas, generais de Alexandre que se desenvolveram a partir da desintegração do Império. A Babilônia, representada pelo Reino do Norte, simboliza a falsa religião ou a falsa adoração. 

III. O REINADO DE ROMA (DAN. 11:21, 22, 28, 31, 33, 36) 
Daniel 10, 11,12 apresentam um alargamento progressivo dos temas tratados nas profecias anteriores, não mais a partir de babilônia, mas passa rapidamente pelo declínio e queda do Império Medo-Persa, Ascensão e queda do império Grego. Seguidamente o livro foca sua atenção sobre Roma Pagã e Roma papal, representada pelas pernas e pés da estátua do capitulo 2, pelo animal “terrível e espantoso “de Daniel capitulo 7 e o Chifre pequeno dos capítulos 7 e 8. “Seu sucessor enviará um cobrador de impostos para manter o esplendor real. Contudo, em poucos anos ele será destruído, sem necessidade de ira nem de combate” (Dan 11:20). Qual foi a nação que surgiu depois da Medo-Pérsia e Grécia, cujo rei era cobrador de impostos? Cesar Augusto, imperador Romano. “Ele será sucedido por um ser desprezível, a quem não tinha sido dada a honra da realeza. Este invadirá o reino quando o povo se sentir seguro e se apoderará do reino por meio de intrigas” (Daniel 11:21). Depois da Morte de Cesar Augusto quem o sucedeu no cargo foi Tibério Cesar. A profecia esta falando aqui acerca de um poder político que se oporia ao governo de Deus. “Então um exército avassalador será arrasado diante dele; tanto o exército como um príncipe da aliança serão destruídos” (Daniel 11:22). O termo príncipe, “Nagib “em hebraico, aparece mencionado no capitulo 9 de Daniel e se refere unicamente a Jesus como aquele que faria uma firme aliança com muitos e seria morto “quebrantado ou destruído". Tanto a morte de Cristo como a destruição de Jerusalém aconteceram debaixo do Império Romano. Mais uma prova que a Bíblia está descrevendo a história. “Suas forças armadas se levantarão para profanar a fortaleza e o templo, acabarão com o sacrifício diário e colocarão no templo o sacrilégio terrível” (Daniel 11:31). O vers. 31 descreve as ações do poder apóstata, que é o antecessor imediato (“aqueles que deixam a santa aliança”) vers. 31 começa anunciando “e tropas dele se levantarão”, ele é o governante de Roma que já não é mais o imperador, mas o Papa. As tropas aqui mencionadas se referem às de Clóvis I, rei dos francos (481-511) e Justiniano I, imperador do Leste de Roma (527-565), que apoiaram o papado. Estas tropas “profanaram o santuário, a fortaleza, tiraram o contínuo e colocaram a abominação da desolação”. O santuário terrestre já não existia no Séc. V e, embora ele estivesse vigente desde a morte do Messias, não tinha mais valor (Dan. 11.22), pois já se haviam encerrado os serviços do santuário terrenal (Dan. 9.27; Mat.27: 50-51) e o Messias ressuscitado havia inaugurado o santuário Celestial (Dan. 9.24; Heb. 8.1-2), de modo que o santuário profanado por estas tropas é o céu, onde Cristo intercede pelo seu povo. “A fortaleza” é o Monte Sião e o santuário ocupa o lugar de refúgio dos santos (Hebreus 12.18, 22-24; Apoc. 14.1). Retirar o “contínuo” se refere a suplantar o ministério sacerdotal contínuo de Cristo, por um agente humano na terra, o papa.” 

IV. O QUE MAIS FARIA ESTE PODER? 
“Com lisonjas corromperá aqueles que tiverem violado a aliança, mas o povo que conhece o seu Deus resistirá com firmeza” (Daniel 11:32). Este poder corromperia e compraria os governantes que estivesses dispostos a violar a lei de Deus por meio de leis civis. Ou seja, a todos aqueles que violassem a Aliança do Senhor escrita na sua palavra. Clóvis é o primeiro rei alemão convertido ao catolicismo em 496, ele foi a partir desde esse momento, o protetor da Igreja, em 507 suas tropas conquistaram os visigodos arianos em 508 e entregou uma coroa de ouro ao Papa, rendendo a vitória ao bispo de Roma. Nesse momento se começa a contar os 1.290 dias da profecia (Dan. 12.11-12). “O código [de Justiniano] tornou-se o fundamento da jurisprudência de todos os estados da cristandade. Nenhum código de lei terrestre era mais abrangente ou permanente e se manteve como base do direito civil e eclesiástico da Europa, até que na Revolução Francesa foi interrompido e substituído com o Código de Napoleão” . Estes eventos deram começo com o período de supremacia papal (538-1798, Dan. 7.25; 12.7), período descrito nos versos seguintes. Que faria este poder com àqueles que permanecessem fieis à aliança ( Lei de Deus )? “Aqueles que são sábios instruirão a muitos, mas por certo período cairão à espada e serão queimados, capturados e saqueados” (Daniel 11:33). Aqui estão todos os fieis cristãos da aliança feita com o sangue do Messias, os valdenses, os albigenses, e outros grupos cristãos que preferiram o exílio ou a morte a aceitar apostasia de um “evangelho” centrado no homem. Dentre esses sábios existiam muitos monges, freiras e frades que desde dentro da Igreja Romana se opuseram aos enganos e trabalharam pelo reino dos céus. Infelizmente “por alguns dias cairão pela espada e pelo fogo, em cativeiro e despojo”, representados aqui pelos “1260 dias” ou 3,5 tempos de Dan. 7.25, durante o período da Inquisição e as Cruzadas. 

CONCLUSÃO 
Neste capitulo, um dos mais difíceis da Bíblia encontramos os poderes do mal lutando contra o reino de Deus. Satanás usa agora reis, reinos, impérios para executar seus planos de acorrentar o ser humano e desvirtuar a adoração ao Criador e sua palavra. Mas todas as tentativas são em vão. Cristo finalmente vencerá. Conforme diz: “Mas informações provenientes do Leste e do Norte o deixarão alarmado, e irado partirá para destruir e aniquilar muito povo. Armará suas tendas reais entre os mares, no belo e santo Monte. No entanto, ele chegará ao seu fi m, e ninguém o socorrerá. “Daniel 11:44,45. A Bíblia garante que Jesus se levantará, Miguel o Grande príncipe Virá a libertar a seus fi lhos. A volta de Jesus é o clímax da redenção de todas as eras e de todos os tempos. O mais importante é que hoje você pode aceitar esse Rei maravilhoso em sua vida e começar desde agora a vivenciar o seu reino. Não desista, nem pense que tudo está perdido quando ver as forças do mal se arregimentando, pois Deus sempre cumpre seus propósitos e ele é soberano neste vasto universo. Gostaria de aceitar o convite para aceitar a Cristo como seu salvador , caminhar com ele até quando ele voltar para lhe buscar ?

Daniel 11 - Slides

Sermão - Daniel Capítulo 10