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Sermão - Daniel Capítulo 10

Daniel 10 - Leitura, Estudo e Reflexão
Daniel10
1 No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, Daniel, chamado Beltessazar, recebeu uma revelação. A mensagem era verdadeira e falava de uma grande guerra. E numa visão veio-lhe o entendimento da mensagem.
2 Naquela ocasião eu, Daniel, passei três semanas chorando.
3 Não comi nada saboroso; carne e vinho nem provei; e não usei nenhuma fragrância perfumada, até se passarem as três semanas.
4 No vigésimo quarto dia do primeiro mês, estava eu de pé junto à margem do grande rio, o Tigre.
5 Olhei para cima, e diante de mim estava um homem vestido de linho, com um cinto de ouro puríssimo na cintura.
6 Seu corpo era como o berilo, o rosto como o relâmpago, os olhos como tochas acesas, os braços e pernas como o reflexo do bronze polido, e a sua voz era como o som de uma multidão.
7 Somente eu, Daniel, vi a visão; os que me acompanhavam nada viram, mas apoderou-se deles tanto pavor que eles fugiram e se esconderam.
8 Assim fiquei sozinho, olhando para aquela grande visão; fiquei sem forças, muito pálido, e quase desfaleci.
9 Então eu o ouvi falando, e, ao ouvi-lo, caí prostrado, rosto em terra, e perdi os sentidos.
10 Em seguida, a mão de alguém tocou em mim e me pôs sobre as minhas mãos e os meus joelhos vacilantes.
11 E ele disse: "Daniel, você é muito amado. Preste bem atenção ao que vou lhe falar; levante-se, pois eu fui enviado a você". Quando ele me disse isso, pus-me de pé, tremendo.
12 E ele prosseguiu: "Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas.
13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias. Então Miguel, um dos príncipes supremos, veio em minha ajuda, pois eu fui impedido de prosseguir ali com os reis da Pérsia.
14 Agora vim explicar-lhe o que acontecerá ao seu povo no futuro, pois a visão se refere a uma época futura".
15 Enquanto ele me dizia isso, prostrei-me, rosto em terra, sem conseguir falar.
16 Então um ser que parecia homem tocou nos meus lábios, e eu abri a minha boca e comecei a falar. Eu disse àquele que estava de pé diante de mim: Estou angustiado por causa da visão, meu senhor, e quase desfaleço.
17 Como posso eu, teu servo, conversar contigo, meu senhor? Minhas forças se foram, e mal posso respirar.
18 O ser que parecia homem tocou em mim outra vez e me deu forças.
19 Ele disse: "Não tenha medo, você, que é muito amado. Que a paz seja com você! Seja forte! Seja forte! " Ditas essas palavras, senti-me fortalecido e disse: "Fala, meu senhor, visto que me deste forças".
20 Então ele me disse: "Você sabe por que vim? Vou ter que voltar para lutar contra o príncipe da Pérsia, e, logo que eu for, chegará o príncipe da Grécia;
21 mas antes lhe revelarei o que está escrito no Livro da Verdade. E nessa luta ninguém me ajuda contra eles, senão Miguel, o príncipe de vocês,
DANIEL 10
INTRODUÇÃO
Daniel 10.1 “No ano terceiro de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada
uma palavra a Daniel, cujo nome se chama Beltessazar
, uma palavra verdadeira concernente a um grande
conflito; e ele entendeu esta palavra, e teve entendimento
da visão”.
Daniel recebe esta revelação no ano 536-535 a.C, quando
o povo já está de volta à terra prometida, e começou a restaurar
o templo em Jerusalém, o que indica que a oração do
capítulo 9 já tinha começado a ser respondida. D. Ford disse:
“assim começa nosso capítulo no momento do novo início
de Israel. Os 70 anos de punição se passaram e um novo começo
está ocorrendo em Jerusalém”. Então, vamos mostrar
que este capítulo está intimamente relacionado com o cumprimento
de Dan. 8.14, mostrando que o contexto histórico
serve de base ao cumprimento escatológico (futuro), mas
com a restauração espiritual de Israel. Mas a angústia de Daniel implica que os judeus que voltaram
para Jerusalém já estavam vivendo em tempos turbulentos
de oposição à restauração do templo (Dan. 9.25b).
A menção de Ciro faz alusão à promessa de restauração que
acompanha o seu nome (Isa. 44.28-45.1).
Isaías chamou-o de Messias ou Ungido, que é um tipo do
Messias, que irá restaurar e libertar o povo santo definitivamente.
Neste capítulo, Daniel terá o privilégio de ver o
próprio Messias, o libertador de seu povo em glória. A oração de Dan. 9.3-19 trouxe a explicação da primeira parte dos
2.300 dias (70 semanas, 9.24-27) referente a Ciro o libertador.
A oração do capítulo (10) traz a revelação da última parte
dos 2300 dias, cujo libertador é o Próprio Miguel (Dan.
11-12). A primeira frase é descrita com mais detalhes do que
a revelação (Dan. 9); mas este último é descrito com menos
detalhes do que a revelação (Dan.10).
I. DIANTE DO DESCONHECIDO: SILÊNCIO
E DEPENDÊNCIA DE DEUS
“Naqueles dias eu, Daniel, estava pranteando por três semanas
inteiras. Nenhuma coisa desejável comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com unguento,
até que se cumpriram as três semanas completas”.
Daniel estava “angustiado” ou de “luto” pela situação que
existia em Jerusalém, ele tinha influência com o rei persa,
e era o judeu que tinha a posição mais elevada no império,
no entanto Daniel chama diretamente Deus, o Rei dos reis,
ele sabe que precisa fazer alguma coisa para o seu povo e
que se não fizer a história pode ser diferente, de modo que
Daniel sabe que a oração pode mudar o curso da história
humana e do indivíduo. Daniel é o judeu mais próximo do rei, mas qualquer filho de Deus está mais perto de Deus do
que qualquer monarca terreno.
A penitência de Daniel durou três semanas inteiras, não
consentiu comer iguarias, carne, vinho, nem perfumar-se
“quatro coisas relacionadas com a alegria de dias festivos”,
esta linguagem refere-se ao Dia da Expiação, um dia de luto
e jejum, além de outros detalhes do capítulo.
Deve ter sido doce para Daniel, depois de procurar o entendimento
a respeito do Tempo de Dan. 8.14 e fazer parte
do movimento que viu o lançamento do remanescente da
Babilônia para restaurar o templo. Mas agora é muito amarga
a decepção de ver que o que eles pensavam realizar fácil
e rapidamente foi detido pelos inimigos de seu povo. Daniel
relaciona isso ao seu entendimento, acha que algo não foi
compreendido, o que motiva a sua oração e jejum no CAP.
10. A experiência de Daniel, como a de João que come o pequeno
livro doce que azedou depois em sua barriga (Apoc.
10.8-10), é uma antecipação do que vai experimentar o remanescente
escatológico que iria restaurar o verdadeiro
plano de salvação centrado em Cristo e sua obra no verdadeiro
santuário celestial.
II. UMA VISÃO INQUIETANTE (MIGUEL) (VERS. 4-8):
“No dia vinte e quatro do primeiro mês, estava eu à borda
do grande rio, o Tigre levantei os meus olhos, e olhei,
e eis um homem vestido de linho e os seus lombos cingidos
com ouro fino de Ufaz;. o seu corpo era como o
berilo, e o seu rosto como um relâmpago; os seus olhos
eram como tochas de fogo, e os seus braços e os seus
pés como o brilho de bronze polido; e a voz das suas palavras
como a voz duma multidão. Ora, só eu, Daniel, vi aquela visão; pois os homens que estavam comigo
não a viram: não obstante, caiu sobre eles um grande
temor, e fugiram para se esconder. Fiquei, pois, eu só a
contemplar a grande visão, e não ficou força em mim;
desfigurou-se a feição do meu rosto, e não retive força
alguma” (Daniel 10:4-8).
A menção do dia vinte quatro do primeiro mês (11 de
maio de 535 a.C.) Implica que a Páscoa do dia 14 e a semana
dos pães sem levedura do dia 15-21 foram parte do jejum
de Daniel. Alguns estudiosos acreditam que a menção do
dia 24, em resposta à sua oração e jejum implica que as três
semanas de jejum começou no quarto dia do mês e como
para os judeus, as semanas completas começavam a partir
do primeiro dia da semana e terminava no sábado, sugere
que Daniel recebeu a revelação do “grande conflito” em um
sábado, o que se pode confirmar com o calendário gregoriano
moderno já que 11 de maio de 535 foi um sábado.
As características deste ser celestial estão associadas com
a do ser visto por Ezequiel 1.14-28, cuja presença também é
descrito como um “relâmpago” (1.14), o “berilo” (1.16), o “bronze
polido” (1, 7, 27), o “fogo” (1.13, 27) e da voz “como uma multidão”
(1.24), que Ezequiel identifica como “visão [mar’eh]
da semelhança da glória do Senhor” (1.28), diante de quem
Ezequiel cai sobre seu rosto, se fortalece e recebe uma “audição” (Eze. 2.1-3). Esta manifestação divina antecipa a Daniel,
como fez com Ezequiel, que a explicação que vem (caps.11-12) dos 2.300 dias está relacionado com o dia em que a glória
de Deus foi vista sobre a Arca no Dia da Expiação. O linho
fino usado pelo homem celestial é o vestido comum dos sacerdotes
e o sumo sacerdote no Dia da Expiação (Lev. 16.4) ),
mas o cinto de ouro descarta aos sacerdotes, portanto, o Ser
visto por Daniel não é outro senão o grande Sumo Sacerdote
no Dia da Expiação antitípico da Expiação ou juízo final. Em Apocalipse, onde o mesmo ser divino que aparece
na última revelação a Daniel volta a aparecer na primeira
revelação a João. Todos os teólogos consultados concordam
que as características do ser de Dan. 10 são as mesmas do
ser de Apoc. 1.13-16, onde viu a um “semelhante ao Filho do
homem, vestido de uma roupa até aos pés, e cingido com um
cinto de ouro no peito. Sua cabeça e cabelos eram brancos
como lã branca, como a neve; seus olhos eram como chama
de fogo. Seus pés eram como bronze polido brilhante em
uma fornalha, e a sua voz como o som de muitas águas. Na
mão direita ele segurava sete estrelas; da sua boca saía uma
espada afiada de dois gumes, e seu rosto era como o sol que brilha
com toda sua força”. A frase traduzida como “roupa que
chegava aos pés” na versão JFA, é podéres em grego, que é
usado na versão grega do Antigo Testamento (LXX) para o
vestido do sumo sacerdote (Éxo. 25.6, 7, 28.4)
O ‘Varão’ da visão de Daniel, O guerreiro sobrenatural
de Josué e o Sumo Sacerdote celestial de Daniel 8 são a mesma
pessoa”, adicione a isso também o “Filho do Homem” de
Dan. 7 e Apoc. 1.
III. MIGUEL VENCE O GRANDE CONFLITO
Se a primeira parte da profecia dos 2300 anos, as 70 semanas, mostram o começo da história do conflito na última
parte da história da humanidade . Então o capítulo 10
nos fala do último período da profecia .
De acordo a Daniel 10:13, “Mas o príncipe do reino da
Pérsia me resistiu durante vinte e um dias. Então Miguel,
um dos príncipes supremos, veio em minha ajuda, pois eu
fui impedido de continuar ali com os reis da Pérsia.” O “príncipe do reino da Pérsia” e “os reis da Pérsia” do
vers. 13 não são os mesmos, são reis humanos que reinam
visivelmente sobre o império, mas o Príncipe da Pérsia é
o príncipe das trevas, um ser espiritual que enfrenta a Gabriel,
outro ser espiritual. Vinte e um dias esteve em frente
a Gabriel impedindo-o que chegasse a Daniel para responder
a sua oração. Daniel orou para que o rei persa, Ciro, não
detivesse a restauração do templo judaico, mas por trás dele
estava o príncipe que governava em seu trono invisível, por
isso a decisão do rei estava sendo influenciada por Satanás.
Como dissemos a tradução literal de Dan. 10.14 deveria
ser “Porque a visão ainda [será] por dias” ou “porque a visão
todavia durará por muitos dias”, o que sugere que os
2.300 dias, cuja a primeira parte já foi explicada a Daniel
nas 70 semanas ou 490 dias atingindo a primeira vinda do
Messias e seu sacrifício vicário, ainda deve continuar por
muitos dias.
IV. O PRÍNCIPE DO EXÉRCITO É MIGUEL:
Miguel só é mencionado pelo nome na última visão de
Daniel (10-12) em Apocalipse 12, Jud.9 e nos três livros ele é
descrito como: (a) um ser celestial (não humano), (b) comandando
os exércitos de anjos e seres humanos leais a Deus, (c)
lutando contra Satanás, (d), e sempre saindo vitorioso.
Em Daniel é chamado de “Príncipe” (em hebraico SAR),
além de “Príncipe” (em hebraico Naguid) de Dan. 9.25 e
11.22, a quem é descrito padecendo em contraste com Miguel
que sempre está triunfando. Lembre-se também que
este SAR celeste foi visto e adorado por Josué (Jos. 5.13-15).
O NT chama Miguel de “Arcanjo” (Jud.9), isso coincide com
Daniel, pois um Arcanjo significa chefe ou General ou Príncipe
dos anjos. Jesus comanda os anjos do céu.
CONCLUSÃO
A oração simples de um ancião mudou o curso da história, mobilizou o exército celestial, e produziu uma batalha
com repercussões cósmicas. Não é verdade o que alguns
dizem “não importa se oramos ou não, afinal Deus sabe de
tudo e sempre fará a sua vontade.” Deus permite que o mal
impere, a não ser que os filhos de Deus orem.
Miguel que significa: Quem é semelhante a Deus? já ganhou
a batalha contra satanás e contra o pecado. Muito em
breve sairá do santuário celestial para buscar seus filhos e filhas.
Aquele que o aceita e se compromete a viver uma vida ao
seu lado também é um vencedor. Todo aquele que aceita a
justiça de Cristo, se torna um soldado de Miguel e herdeiro
do Reino de Deus .
Você aceita?
Fonte: Estudos Sobre Daniel
DANIEL 10 - Comentário devocional:
Fonte: Estudos Sobre Daniel
DANIEL 10 - Comentário devocional:
Neste capítulo, é a vez de Daniel ter uma visão da glória de Deus, à semelhança de Ezequiel (Ez. 1). Na Bíblia, a glória de Deus sempre se manifesta quando o Senhor tem algo muito importante a revelar. Nos cap. 11 e 12, de fato, Deus revela a Seu servo fatos importantes que envolverão Seu povo.
A presença poderosa do Rei do universo é majestosa demais para que mortais suportem permanecer na sua presença. Mesmo sem ver o que acontecia, os companheiros de Daniel fugiram, amedrontados (v. 7), e Daniel, que teve um vislumbre da glória divina, caiu desfalecido. Somente a força concedida através do mensageiro celestial o pôde suster naquele momento (v. 8 e 9).
Após orar e jejuar durante três semanas inteiras (v. 2 e 12), Daniel recebe o mensageiro Gabriel que lhe diz que suas palavras, ditas em espírito de humildade, foram ouvidas no Céu desde que ele iniciara a sua oração. Que maravilha saber que nossas orações são ouvidas pelo Pai no mesmo momento que as iniciamos! Jamais saberemos neste mundo as forças espirituais que as nossas orações moveram em favor de quem intercedemos.
Gabriel revela que desde o momento do início da oração de Daniel, ele viera atuar sobre o rei da Pérsia, mas durante estes 21 dias, o ”príncipe da Pérsia” lhe havia resistido, com tanta intensidade que foi necessário que Miguel, o “Príncipe dos exércitos do Céu” (v. 13, Clear Word), ou seja, o próprio Cristo viesse ajudá-lo a conseguir a vitória.
A citação da expressão “príncipe da Pérsia” em oposição ao “Príncipe dos exércitos do Céu” revela a guerra espiritual que se trava nos bastidores dos poderes governantes terrenos. Alguma decisão muito importante que envolvia o povo de Deus estava nas mãos de Ciro, provavelmente a retenção do povo de Deus na Babilônia ou a proibição da reconstrução do templo e dos muros de Jerusalém.
“Durante três semanas Gabriel se empenhou em luta contra os poderes das trevas, procurando conter as influências em operação na mente de Ciro. […] Tudo que o Céu podia fazer em favor do povo de Deus foi feito. A vitória foi finalmente ganha; as forças do inimigo foram contidas todos os dias de Ciro e todos os dias de seu filho Cambises” (PR, 572).
Gabriel ainda diz que quando a influência divina fosse retirada de sobre os governantes persas, viria o príncipe da Grécia (v. 20). As forças do mal agiriam, trazendo a ruína aos persas, através de Alexandre, o líder dos exércitos grecomacedônicos.
Deus respeita a decisão dos homens em rejeitar a Sua influência. Mas quando Seu povo, como Daniel, intercede com espírito humilde, todo o Céu trabalha em seu favor.
Oração:
Senhor,
Nestes dias decisivos em que vivemos, em que impérios resistem ao Teu amor, vemos já Seu povo sendo perseguido por amor de Ti. Mantenha-nos obedientes firmes à Tua vontade manifesta em Tua Palavra e derrama em grande intensidade o Teu Espírito sobre este mundo carente do Teu amor, a começar por nós. Em humildade de coração pedimos. Amém.
Comentários pastor Heber sobre Daniel 10
Daniel é um livro de oração, porque quem o escreveu viveu em oração. Se as pessoas soubessem o efeito da oração, dedicariam a vida a essa ação. Há um grande conflito entre o bem e o mal, precisamos da oração para promover o bem.
Em seu extraordinário livro Arilton Oliveira chama-nos a atenção para tal conflito: “O texto bíblico deixa claro que por traz do rei da Pérsia estava o príncipe do mal, Satanás, que deseja interferir nos planos de Deus. Neste ‘grande conflito’ Daniel ‘viu’ uma luta muito intensa. De um lado estava um ‘anjo mau’ agindo para frustrar os desígnios divinos, e do outro, possivelmente o anjo Gabriel…”.
Consequentemente, “para ter vitória nesse conflito precisamos nos entregar à oração, ao jejum, ao pranto e ao quebrantamento. Precisamos discernimento para entender a luta que se trava no mundo visível”, comenta Hernandes Dias Lopes. Nosso capítulo de estudo, pode ser assim divido:
1. A importância do jejum para a vida espiritual (vs. 1-3);
2. Jesus Se revela àquele que jejua (vs. 4-6);
3. Quem ora recebe explicação, outros não (v. 7);
4. A presença de Jesus impressiona (vs. 8-9);
5. Quem ora recebe conforto do Céu (vs. 10-11);
6. O anjo Gabriel vem do Céu a Terra para auxiliar a quem ora (vs. 12-14);
7. Humildade caracteriza quem experimenta a presença do ser celestial (vs. 15-17);
8. Gabriel fortalece àquele que ora por discernimento espiritual (vs. 18-21).
Precisamos aprender pelo exemplo de Daniel a enfrentar com oração todos os nossos problemas. Reclamando, culpando, criticando ou com arrogância, estupidez e grosseria não é característica de verdadeiros filhos amados de Deus.
Precisamos entender que a oração é fundamental para que a atuação de Deus nos alcance; não que Deus dependa de nossas orações para agir, é por meio dela que demonstramos às hostes satânicas que pertencemos a Deus. Quando oramos e jejuamos damos total liberdade para Deus agir contra Satanás que nos assedia.
Deus entra nessa luta universal para valer. Ele nunca perde nenhuma batalha. Jesus veio ao mundo, lutou, sangrou, e, morreu; porém, ressuscitou, pois Ele é mais poderoso que Satanás e mais forte que a morte. Sua vitória é eficaz, e, nossa única segurança e esperança de vencer. [Fonte: Reavivados Pela Palavra]

Sermão - Daniel Capítulo 9

Daniel 9 - Leitura, Estudo e Reflexão
Daniel 9
1 Dario, filho de Xerxes, de origem meda, foi constituído governante do reino babilônio.
2 No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelas Escrituras, conforme a palavra do Senhor dada ao profeta Jeremias, que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos.
3 Por isso me voltei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza.
4 Orei ao Senhor, ao meu Deus, e confessei: "Ó Senhor, Deus grande e temível, que mantém a sua aliança de amor com todos aqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos,
5 nós temos pecado e somos culpados. Temos sido ímpios e rebeldes, e nos afastamos dos teus mandamentos e das tuas leis.
6 Não demos ouvido aos teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos líderes e aos nossos antepassados, e a todo o povo desta terra.
7 "Senhor, tu és justo, e hoje estamos envergonhados. Sim, nós, o povo de Judá, de Jerusalém e de todo o Israel, tanto os que estão perto como os que estão distantes, em todas as terras pelas quais nos espalhaste por causa de nossa infidelidade para contigo.
8 Ó Senhor, nós e nossos reis, nossos líderes e nossos antepassados estamos envergonhados por termos pecado contra ti.
9 O Senhor nosso Deus é misericordioso e perdoador, apesar de termos sido rebeldes;
10 não te demos ouvidos, Senhor, nosso Deus, nem obedecemos às leis que nos deste por meio dos teus servos, os profetas.
11 Todo o Israel tem transgredido a tua lei e se desviou, recusando-se a te ouvir. "Por isso as maldições e as pragas escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, têm sido derramadas sobre nós, porque temos pecado contra ti.
12 Tu tens cumprido as palavras faladas contra nós e contra os nossos governantes, trazendo-nos grande desgraça. Debaixo de todo o céu jamais se fez algo como o que foi feito a Jerusalém.
13 Assim como está escrito na Lei de Moisés, toda essa desgraça nos atingiu, e ainda assim não temos buscado o favor do Senhor, do nosso Deus, afastando-nos de nossas maldades e obedecendo à tua verdade.
14 O Senhor não hesitou em trazer desgraça sobre nós, pois o Senhor, o nosso Deus, é justo em tudo o que faz; ainda assim nós não o temos ouvido.
15 Ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo do Egito com mão poderosa e que fizeste para ti um nome que permanece até hoje, nós temos pecado e somos culpados.
16 Agora Senhor, conforme todos os teus feitos justos, afasta de Jerusalém, da tua cidade, do teu santo monte, a tua ira e a tua indignação. Os nossos pecados e as iniqüidades de nossos antepassados fizeram de Jerusalém e do teu povo motivo de zombaria para todos os que nos rodeiam.
17 Ouve, nosso Deus, as orações e as súplicas do teu servo. Por amor de ti, Senhor, olha com bondade para o teu santuário abandonado.
18 Inclina os teus ouvidos, ó Deus, e ouve; abre os teus olhos e vê a desolação da cidade que leva o teu nome. Não te fazemos pedidos por sermos justos, mas por causa da tua grande misericórdia.
19 Senhor, ouve! Senhor, perdoa! Senhor, vê e age! Por amor de ti, meu Deus, não te demores, pois a tua cidade e o teu povo levam o teu nome".
20 Enquanto eu estava falando e orando, confessando o meu pecado e o pecado de Israel, meu povo, e fazendo o meu pedido ao Senhor, ao meu Deus, em favor do seu santo monte;
21 enquanto eu ainda estava em oração, Gabriel, o homem que eu tinha visto na visão anterior, veio a mim, voando rapidamente para onde eu estava, à hora do sacrifício da tarde.
22 Ele me instruiu e me disse: "Daniel, agora vim para dar-lhe percepção e entendimento.
23 Assim que você começou a orar, houve uma resposta, que eu lhe trouxe porque você é muito amado. Por isso, preste atenção à mensagem para entender a visão:
24 "Setenta semanas estão decretadas para o seu povo e sua santa cidade para acabar com a transgressão, para dar fim ao pecado, para expiar as culpas, para trazer justiça eterna, para cumprir a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo.
25 "Saiba e entenda que a partir da promulgação do decreto que manda restaurar e reconstruir Jerusalém até que o Ungido, o líder, venha, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas. Ela será reconstruída com ruas e muros, mas em tempos difíceis.
26 Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele. A cidade e o lugar santo serão destruídos pelo povo do governante que virá. O fim virá como uma inundação: Guerras continuarão até o fim, e desolações foram decretadas.
27 Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana. No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado".
DANIEL 9
INTRODUÇÃO
Já passou por alguma dificuldade de saúde que o levou a
contrair uma doença? E depois de exames e um longo tratamento
parecia que suas forças não iriam suportar tamanho
sofrimento? Então você perguntou para Deus: Senhor até
quando?
Ou estava numa situação de isolamento, longe de casa,
dos amigos, sem dinheiro; passando provações e você se
perguntou: Senhor até quando? Ou depois de anos de juntar
um patrimônio você entra num negócio e com pouco
tempo percebe que foi vitima de um golpe, perdendo todos
seus bens e ficando num mar de dividas ... então você clama
e diz: Senhor até quando?
Parece que essa oração de clamor desesperado faz parte
do ultimo esforço do ser humano na sua capacidade de
resistir diante de alguma coisa ou situação que é maior do
que ele. Por outro lado, muitas vezes nos perguntamos também:
até quando? Diante de situações que estão sendo favoráveis
e pensamos porquanto tempo esta bonança vai permanecer.
Sabemos que no mundo que vivemos a paz e a tranquilidade
externa não duram muito tempo.
No capitulo 9 de Daniel encontramos uma das orações
mais lindas da Bíblia sagrada. Embora Daniel seja conhecido
como um homem de oração, que orava três vezes ao dia
(6.10), que recebeu respostas às suas orações que salvaram
vidas como no cap.2, inclusive estando disposto a enfrentar
os leões famintos antes de suspender sua vida de oração
(cap. 6).
De Daniel também somos informados de que abria sua
janela e orava em direção a Jerusalém. Mas de todas as orações feitas por Daniel só esta é registrada na íntegra.
I. UMA ORAÇÃO QUE RETRATA O GRANDE CONFLITO
A oração de Daniel nos esclarece o proceder Divino,
nosso conflito filosófico entre a vontade de um Deus todo-poderoso e as decisões, vontades e ações humanas. Ao Daniel
Orar sobre o destino de seu povo e sua cidade, sabendo
o que foi profetizado por Jeremias, e sabendo que é Deus
quem “põe e remove reis” significa que ele acredita que a
oração pode mudar a história do mundo. Acredita que a atitude
humana através da oração desempenha um papel vital
no desenvolvimento histórico, e a resposta imediata de
Gabriel mostra que a fé de Daniel não é em vão.
Um anjo é enviado para trazer as revelações de Dan. 9 e
de Dan.10 a 12 como resposta às orações de Daniel.
Além disso, a oração confessional de Daniel para os pecados de Seu povo mostra que ele entendeu que a contaminação
do santuário do cap. 8 não é causada pelo chifre
pequeno, mas pelos pecados dos “santos do Altíssimo”.
A purificação do santuário, que é a razão de sua oração
e um dos vínculos entre o cap. 8 e 9 refere-se à expiação de
seu povo e não a punição do chifre pequeno. De acordo com a
forma de pensar do efeito para a causa dos antigos orientais,
a expiação do cap.9 é a causa da purificação do santuário do cap.8.
A oração de Daniel no capitulo 9 tem como pano de fundo
a profecia de Jeremias capitulo 25. A profecia do cap. 25
foi revelada a Jeremias, no mesmo ano em que Daniel foi levado
cativo para Babilônia, quando ele era um adolescente.
Agora já haviam se passado quase 70 anos:
“Portanto assim diz o Senhor dos exércitos: Visto que
não escutastes as minhas palavras eis que eu enviarei, e
tomarei a todas as famílias do Norte, diz o Senhor, como
também a Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo,
e os trarei sobre esta terra, e sobre os seus moradores, e
sobre todas estas nações em redor. E os destruirei totalmente,
e farei que sejam objeto de espanto, e de assobio,
e de perpétuo opróbrio. E farei cessar dentre eles a voz
de gozo e a voz de alegria, a voz do noivo e a voz da
noiva, o som das mós e a luz do candeeiro. E toda esta
terra virá a ser uma desolação e um espanto; e estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos. Acontecerá,
porém, que quando se cumprirem os setenta anos,
castigarei o rei de Babilônia, e esta nação, diz o Senhor,
castigando a sua iniquidade, e a terra dos caldeus; farei
dela uma desolação perpetua” (Jer. 25.8-12).
Daniel, obediente à condição mencionada na profecia,
busca a Deus de todo coração, o Senhor havia dito há quase 60 anos antes em Jeremias 29:12 “Então me invocareis, e
vireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei”, e foi exatamente o
que ele fez.
Daniel faz uma “confissão” (vers. 4), mas não é uma confissão pessoal, não é só para a sua geração, é uma confissão
em nome de todas as pessoas – não só para Judá, mas para
Israel, e para todas as gerações anteriores: em representação
de todos “nossos reis, a nossos príncipes, e a nossos
pais e a todos os povos da terra” (vers. 6), e todos os tipos de
pecados. “Pecamos, e cometemos iniquidades, procedemos
impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus preceitos
e das tuas ordenanças”. (vers. 5). Os verbos utilizados
para o pecado são usados de forma crescente, desde o pecado
por ignorância, sem a intenção de virar as costas a Deus,
embora Daniel evita usar o termo hebraico pesh’á que é o
pecado de rebelião ou pecado “a mão levantada” e utiliza a
forma exclusiva para descrever o pecado do chifre pequeno
(Dan. 8.12, 13, 23), e todos os pecados humanos que levaria o
Messias (Dan. 9.24), mas nunca em sua oração intercessora
(Dan. 9.4-19).
II. DANIEL COMO SUMO SACERDOTE
(DANIEL 9:3 ; 9:18,19)
Neste capitulo Daniel se refere ao livro de Levítico, especialmente
ao Dia da Expiação. Daniel está humilhado,
vestido como um penitente e jejuando.
O único dia de jejum obrigatório no culto hebraico era
o Dia da Expiação, esse era o dia em que todas as pessoas buscavam
o perdão de Deus em penitência e humildade. Como
Daniel está pedindo perdão por todo o seu povo ao evocar o sumo sacerdote que em Dia da Expiação entrava na Presença de Deus, no lugar mais sagrado, despojado de suas vestes
reais, buscando o perdão não só por seus pecados, mas por
todas as pessoas e não só para os pecados do momento, mas
durante todo o ano.
O papel de Daniel como sumo sacerdote ou mediador de
Deus como um receptor humano é visto a partir do primeiro
capítulo de Daniel, porque ele não só tem a sabedoria como
seus três amigos, mas está acima deles conforme diz a escritura:
“deu entendimento em toda a visão e sonhos” (Dan. 1.17).
Nos capítulos seguintes confirma-se que as visões e sonhos
não foram compreendidos até pelos profissionais da
adivinhação, os guardiões “dos segredos dos deuses”, como
disse o teólogo Alan Lenzi. O segredo divino é mediado
apenas por um instrumento – Daniel – só ele poderia como
o sumo sacerdote no lugar santíssimo, entrar na intimidade
do segredo divino, outra referência indireta ao Dia da
Expiação.
A petição de Daniel não é pequena, mas a resposta que
traz Gabriel é maior do que Daniel pode imaginar ou entender, a resposta definitiva “para cessar a transgressão, para
pôr fi m ao pecado, para expiar a iniquidade, para trazer a
justiça eterna” (Dan. 9.24), não só dos judeus, mas de todas
as nações do planeta, e não apenas de Moisés a Daniel, mas
desde Adão e Eva até o último pecador que nascerá no futuro,
é nada menos que a primeira vinda do “Messias, o Príncipe”
para tirar o pecado da humanidade, porque o “Messias
será cortado, e nada lhe subsistirá” (Dan. 9.26). Daniel tenta tomar o lugar do sumo sacerdote, intercedendo
por todo o Seu povo, compartilhando vicariamente
pelos pecados de seus irmãos rebeldes, mas ele não é o verdadeiro
substituto. O verdadeiro substituto é o Messias.
III. A PROFECIA DA LIBERTAÇÃO DO MESSIAS
Daniel 9 fala sobre uma das profecias mais abrangentes
da Bíblia. Além disso, os caps. 8 e 9 são separados por oito
anos, mas Daniel os reúne intencionalmente, porque eles
são interdependentes. Se Daniel quisesse seguir uma ordem
cronológica, deveria ter colocado o capítulo 7 (primeiro
ano de Belsazar), logo o cap. 8 (terceiro ano de Belsazar),
então o capítulo 5 (o último ano de Belsazar), em seguida
o cap. 6 (organização do governo de Dario), e finalmente o
cap. 9 (o primeiro ano de Dario).
Mas Daniel não é desorganizado, ele data as suas narrações e suas revelações. Os capítulos 1 a 4 estão em ordem
cronológica e também os capítulos 9 a 12. A única mudança
que ele fez foi juntar os capítulos 8 e 9, que implica que o capítulo
8 seria totalmente compreendido com o cap. 9 e que
o cap. 9 é o complemento do cap. 8.
Se Daniel tivesse seguido uma ordem estritamente cronológica,
assim como o resto de seu livro, teria sido difícil
relacionar ambos capítulos.
Daniel espera trazer os 70 anos de libertação para os
oprimidos assim como o ano sabático fazia a cada sete anos.
Só que os 70 anos, são dez vezes mais do que sete, pois se
refere a uma opressão dez vezes maior e uma liberação na
mesma proporção superior; dessa maneira Gabriel anuncia
uma mensagem que não envolve 70 anos, mas setenta vezes
7. Sabemos que no pentateuco ao final de um ciclo de 49
anos havia libertação, assim os 490 anos mencionados neste
capitulo representam dez ciclos de 49 anos. No Pentateuco
temos o princípio que é enunciado “dia por ano”, não
só em Num. 14:34, mas na mesma lei de Jubileu em Lev.
25:8 diz: “Você deverá contar sete semanas de anos, sete vezes
de sete anos, de modo que os dias das sete semanas de
anos elevam-se a 49 anos”. Não é por acaso que, em Lev. 26
ao mencionar sobre as consequências da desobediência a
Deus por seu povo viriam julgamentos e desolação contra
Israel (v.14-17) e adicionado ao vers. 18: “Se mesmo com essas
coisas não me ouvir, vou castigar-vos sete vezes mais
pelos seus pecados” (ver também vers. 21, 24 e 28), considerando
que a punição para a apostasia de Israel (cativeiro)
durou 70 anos, sete vezes mais, em seguida, somariam
490 anos ou 70 semanas de anos, o que é revelado em Daniel
nos vers.34-35, “Então a terra folgará nos seus sábados,
todos os dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos
vossos inimigos; nesse tempo a terra descansará, e folgará
nos seus sábados. Por todos os dias da assolação descansará,
pelos dias que não descansou nos vossos sábados, quando
nela habitáveis...”.
De acordo com Daniel 8:13 e 14:
“Então ouvi dois anjos conversando, e um deles perguntou
ao outro: “Quanto tempo durarão os acontecimentos
anunciados por esta visão? Até quando será
suprimido o sacrifício diário e a rebelião devastadora
prevalecerá? Até quando o santuário e o exército ficarão
entregues ao poder do chifre e serão pisoteados?”
Ele me disse: “Isso tudo levará duas mil e trezentas tardes
e manhãs; então o santuário será purificado”. O santuário deveria ser purificado num período de tempo
que nós conhecemos como 2300 anos.
A primeira parte desta longa profecia é que o anjo começa a explicar a Daniel a partir do verso 24 a 27. Esta primeira
parte é que chamamos da profecia das 70 semanas.
Em profecia entendemos que um dia equivale a um ano
de acordo com Números 14:34 e Ezequiel 4:5-7.
Portanto 70 semanas equivalem a 70 vezes sete. Porque
uma semana tem 7 dias. O que em profecia se traduz a 490
anos. 69 semanas equivalem a 483 anos. 1 semana equivalem
a 7 anos e metade de 1 semana a 3 anos e meio.
Tendo isso em mente vemos que o período começaria
com o decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém, o
que aconteceu em 457 AC por Artaxerxes (Esdras 7:11-26),
autorizando legalmente a restauração de Jerusalém e a indicação
de seu corpo administrativo.
Gabriel revela que “desde a saída da ordem para restaurar
e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe,
haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas” (Dan.
9.25). Sete semanas (49 anos) e 62 semanas (434 anos) total
de sessenta e nove das setenta semanas (483 anos), a partir
de 457 A.C. chegam a 27 d.C. Esta data nos traz “até ao
Messias, o Príncipe”, a palavra grega para Messias é Cristo
e em português significa Ungido. Todos os sacerdotes e reis
judeus eram ungidos do Senhor, mas este é o Messias Príncipe.
Esta profecia não aponta para o nascimento do Messias,
mas para o início de seu ministério, quando apareceria
publicamente como o Messias. Se você fizer o calculo das 62 semanas a partir do ano
408 a.C, menos 434 a.C., dará o ano 26 e não 27 a.C. Então, por que dizemos que a profecia se cumpre no ano 27 d.C. e
não no ano 26 d.C.? Lembramos que o Decreto de Artaxerxes
(Dan 9:25) acontece no outono de 457a.C. Com isso em
mente, sem esquecer que não existe ano zero, quando calculamos
um período de tempo que se estende de uma data
antes de Cristo (a.C) para uma data depois de Cristo (d.C), devemos
portanto acrescentar um ano (o decreto de Artaxerxes
só completaria um ano no outono de 456 a.C.)
Do ano 27 d.C. em diante temos mais uma semana para
fechar a profecia. Daniel 9:26 diz que seria morto o Ungido.
Tenha em mente que há 7 semanas antes das 62 semanas,
totalizando 69 semanas. Cristo morreu pouco depois das 62
semanas, no ano 31 d.C, na metade da ultima semana profética
que encerra no ano 34 d.C, conforme diz Daniel 9:27 “
Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana.
No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta”.
O anjo Gabriel continua interpretando a Daniel e as 70
semanas depois de estabelecer a data de início do ministério de Cristo, diz: “O Messias será removido (seria assassinado),
mas sem culpa (em forma vicária)”. Embora os judeus
no tempo de Cristo esperassem um Messias guerreiro, para
matar os inimigos de Israel e reinar sobre o trono de Davi durante muitos anos, Gabriel diz que ele viria para morrer, e
outros profetas já haviam predito isso antes de Daniel (Sl 22;
Isa. 52.13-53.12). A morte do Messias não seria natural, mas
“o Messias seria cortado”, ou seja, ele seria morto.
Note que Jesus cumpriu a “aliança com muitos “por seu ministério, que durou do ano 27 d.C. até 31 d.C. Perceba que
esse período é de exatamente 3 anos e meio , marcando a metade da semana profética que se estenderia até o ano
34 d.C com o apedrejamento de Estevão.
Jesus faz cessar o sacrifício de animais com sua morte, o
véu do templo se rasga de cima a baixo. Mostra que o cordeiro
de Deus estava expiando o pecado de todos os homens
em todos os tempos.
Mas nos falta a segunda metade da septuagésima semana
que terminou no ano 34 segundo o vers. 24. As 70 semanas
são cortadas ou separadas ou identificadas para o povo
judeu e Jerusalém, ou seja, é o tempo da graça para Israel
como povo escolhido. O NT confirma que naquele ano os
líderes judeus rejeitaram definitivamente a boa notícia do
Messias - Jesus de Nazaré - matando a Estevão. Se na parábola da vinha e dos lavradores maus (Mat. 21.33-46) Jesus
deixou claro que a paciência do Senhor da vinha terminou
quando eles mataram seu Filho, então o Senhor viria expulsar
a estes lavradores maus e dará a vinha a outro povo:
“por isso vos digo, o reino de Deus vos será tirado e será
dado a uma nação que produza os seus frutos” (Mat. 21.43).
CONCLUSÃO
Daniel 9 é fundamental para entender a amplitude do
perdão e da graça de Deus por todas às pessoas. Ninguém
foi tão longe no pecado que Deus não possa trazer de volta, se a pessoa permitir. O perdão de Cristo, o ungido de Deus, é
tão absoluto que ele nos liberta das garras do mal e da divida
do pecado.
Cristo não venceu o pecado na Cruz. Ele venceu o pecado
durante sua vida pura e perfeita. Ele pagou o pecado na
Cruz. Removeu a acusação de morte que pesava sobre cada ser humano. Hoje podemos ser livres porque Ele nos amou,
morreu, ressuscitou e hoje intercede por todos aqueles que
o aceitam como Salvador.
Aceite-o hoje também como seu Salvador e Senhor e comece a viver
o reino de Deus aqui na terra.
O Senhor é quem está falando hoje: Até quando Filho, preciso esperar para você se entregar? Até quando?
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Sermão - Daniel Capítulo 8 - Parte II

Daniel 8 - Leitura, Estudo e Reflexão - Parte II
DEUS E SEU SANTUÁRIO
INTRODUÇÃO
O foco do capítulo 8 está mesmo no santuário e suas atividades.
Desde o princípio da visão, Deus está procurando
mostrar ao profeta e a nós a importante lição do Santuário.
É ali que Deus e seu Filho Jesus Cristo escolheram lidar com
o problema do pecado para solucioná-lo.
É neste importante capítulo bíblico que nós somos levados
a realidades eternas, que o véu entre o que acontece
nas cortes celestiais é retirado e temos a clara noção de
como tudo isto interfere em nossa vida aqui neste pequeno
planeta.
Vamos utilizar alguns momentos para desvendar
os segredos das realidades Celestiais e entender o
que isto significa para a nossa vida.
O SACRIFÍCIO DIÁRIO E A
ABOMINAÇÃO DESOLADORA
O texto bíblico afirma que o chifre pequeno interferiria
no “sacrifício diário” e que lançaria por terra o lugar do
seu Santuário. Precisamos identificar agora o que é o Sacrifício
Diário e o que é a Abominação Desoladora posta
em seu lugar.
Então ouvi dois anjos conversando, e um deles perguntou
ao outro: “Quanto tempo durarão os acontecimentos
anunciados por essa visão? Até quando será suprimido
o sacrifício diário e a abominação devastadora
prevalecerá? Até quando o santuário e o exército ficarão
entregues ao poder do chifre e serão pisoteados?
“Ele me disse: “Isso tudo levará duas mil e trezentas
tardes e manhã; então o santuário será reconsagrado”.
Daniel 8:13,14
No original hebraico a palavra sacrifício não aparece,
ela é posta em nossa tradução para buscar dar sentido ao
texto. Em hebraico temos apenas a palavra TAMID que
significa “contínuo” no sentido de “periódico”. Esta palavra
é usada muitas vezes no Antigo Testamento para falar
dos trabalhos executados no Santuário todos os dias.
(1) Os sacrifícios diários: Núm. 28.1-4.
(2) O candelabro: Lev. 24.1-4.
(3) O pão da mesa: Lev. 24. 5-9.
(4) O altar do incenso: Êxo. 30.1-8.
(5) A roupa de Arão: Êxo. 28.29-30. Enfim, todo o serviço executado no Lugar Santo era chamado
de TAMID, quer dizer contínuo ou diário. Por sua
vez, o trabalho executado no Lugar Santo estava ligado
ao perdão dos pecados. O Sacerdote sacrificava todos os
dias o holocausto e levava parte do sangue do sacrifício
para dentro do Santuário, simbolicamente transferindo
o pecado do pecador para o Santuário. Mas como o chifre pequeno poderia interferir no trabalho
do santuário? Como já vimos, o chifre pequeno é a
Igreja da Idade Média. Neste período não havia mais Santuário
na Terra, já que este havia sido destruído no ano 70
d.C juntamente com Jerusalém pelos exércitos romanos.
O Santuário então não poderia ser este. Mas qual então?
Encontraremos a resposta no livro de Hebreus.
“Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos
tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do
trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário
e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu,
não o homem” Hebreus 8:1, 2).
Duas verdades emergem deste versículo, há um Santuário
no Céu e quem o erigiu foi Deus, Jesus Cristo é o
Sumo-Sacerdote deste Santuário. Outros versículos bíblicos confirmam a realidade do Santuário celestial:
“E me fareis um santuário para que eu possa habitar
no meio deles. Segundo tudo o que eu te mostrar para
modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus
móveis, assim mesmo o fareis” (Êx 25:8, 9).
“Abriu-se, então, o santuário de Deus que se acha no
céu, e foi vista a Arca da Aliança no seu santuário, e
sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e
grande saraivada” (Apocalipse 11:19). O livro de Hebreus contrasta o Santuário Celestial com o
Santuário terrestre, e claramente mostra que o Santuário Celestial é superior aquele construído por Moisés ou
Salomão. Da mesma sorte, os rituais praticados no tabernáculo
terrestre eram também baseados em cerimonias
celestiais, sendo estas últimas também superiores.
“Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote
seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo
a lei, os quais ministram em fi gura e sombra das
coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído,
quando estava para construir o tabernáculo;
pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o
modelo que te foi mostrado no monte. Agora, com efeito,
obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é
ele também Mediador de superior aliança instituída com
base em superiores promessas.” (Hebreus 8:4-6).
“Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos
bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta
criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros,
mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza
de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os
santificam, quanto à purificação da carne, muito mais
o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo
se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa
consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus
vivo!” (Hebreus 9:11-14).
“Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos,
figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer,
agora, por nós, diante de Deus” (Hebreus 9:24). Quando Cristo subiu aos Céus após a ascensão, entrou
no Santuário e passou a ministrar nele como Sumo-Sacerdote,
intercedendo pelos homens no perdão de seus
pecados, na semelhança do que acontecia no santuário
terrestre. Cristo está continuamente (TAMID) perdoando
pecados que lhe são confessados.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo
para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a
injustiça” (1 João 1:9).
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para
com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1).
Houve, porém, uma interferência no trabalho de Cristo no seu Santuário, e esta foi feita pelo chifre pequeno conforme a profecia predizia. Como isto é possível? Há uma doutrina católica romana que limita o trabalho de Cristo, a chamada “Confissão Auricular”. Oficializada pela Igreja Católica Apostólica Romana no Concílio de Latrão em 1215, mas já usada vastamente anteriormente, a doutrina da confissão faz as pessoas confessarem seus pecados para outros seres humanos, e não a Cristo. Desta forma, a Igreja usurpa a autoridade de Cristo e somente dele, de perdoar pecados. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5). A ninguém Deus concedeu autoridade para perdoar pecados, nem a Igreja nem seus sacerdotes tem este direito. Durante a Idade Média, quando existia apenas uma forma de Cristianismo administrado por Roma, todas as pessoas eram ensinadas a pedir perdão aos sacerdotes, e isto influiu diretamente no trabalho de Cristo em seu Santuário. Agora que compreendemos isto, podemos entender o que significa “o sacrifício diário” sendo retirado e em seu lugar posta uma “abominação desoladora”. O diário – TAMID – (lembre-se que a palavra sacrifício não está no original) simboliza a verdadeira religião centralizada em Cristo e no perdão dos pecados confessados diretamente a Deus em nome de Jesus. Por outro lado, a “abominação desoladora” é a falsa religião que ensina o perdão dos pecados com a intercessão humana e a oração para outros seres humanos, conhecidos como santos.
Houve, porém, uma interferência no trabalho de Cristo no seu Santuário, e esta foi feita pelo chifre pequeno conforme a profecia predizia. Como isto é possível? Há uma doutrina católica romana que limita o trabalho de Cristo, a chamada “Confissão Auricular”. Oficializada pela Igreja Católica Apostólica Romana no Concílio de Latrão em 1215, mas já usada vastamente anteriormente, a doutrina da confissão faz as pessoas confessarem seus pecados para outros seres humanos, e não a Cristo. Desta forma, a Igreja usurpa a autoridade de Cristo e somente dele, de perdoar pecados. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5). A ninguém Deus concedeu autoridade para perdoar pecados, nem a Igreja nem seus sacerdotes tem este direito. Durante a Idade Média, quando existia apenas uma forma de Cristianismo administrado por Roma, todas as pessoas eram ensinadas a pedir perdão aos sacerdotes, e isto influiu diretamente no trabalho de Cristo em seu Santuário. Agora que compreendemos isto, podemos entender o que significa “o sacrifício diário” sendo retirado e em seu lugar posta uma “abominação desoladora”. O diário – TAMID – (lembre-se que a palavra sacrifício não está no original) simboliza a verdadeira religião centralizada em Cristo e no perdão dos pecados confessados diretamente a Deus em nome de Jesus. Por outro lado, a “abominação desoladora” é a falsa religião que ensina o perdão dos pecados com a intercessão humana e a oração para outros seres humanos, conhecidos como santos.
A RESPOSTA AO PROBLEMA
Um Anjo faz uma pergunta a outro Anjo:
“Até quando durará a visão do sacrifício diário e da
transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário
e o exército, a fim de serem pisados?” Dan. 8:13
B. A visão era terrível e assustadora. Notem que existem
três perguntas em uma: (1) até quando o “contínuo” será
suplantado pela “abominação desoladora”; (2) até quando
o santuário será pisado pelo chifre pequeno e (2) até
quando o povo de Deus seria pisado também pelo chifre
pequeno. Isto é, até quando a falsa religião se manteria
predominante, o trabalho de Cristo em seu Santuário seria
atrapalhado e o povo de Deus seria perseguido. A resposta dada pelo outro Anjo, no entanto, foi apenas
uma:
“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o Santuário
será purificado” Dan. 8:14
A pergunta envolve algumas questões que precisam
ser respondidas. Existe a profanação do santuário pelo chifre pequeno, também a ab-rogação, a introdução de
impureza no santuário e a queda do povo de Deus representado
pelos exércitos marchando insensivelmente
sobre ele e o santuário. O segredo da resposta está na palavra aqui traduzida
como “purificado”. No hebraico a palavra usada é NISDAQ,
uma forma verbal (niphal) do verbo SDQ, tsadiq.
Em sua raiz original, o verbo tem o sentido de “ser justo”,
“justificar”. Seu significado ampliado é “ser puro”, “limpo”,
“íntegro”, “reto”, “absolvido”, “restaurar”, “vindicar” e
mesmo “piedoso” e “virtuoso”. Precisamos nos lembrar
que o hebraico bíblico possui 3.000 palavras, enquanto
uma pessoa moderna na média fala em torno de 9.000
palavras diferentes, e as pessoas cultas 15.000. Portanto,
uma única palavra em hebraico pode conter dezenas de
significados. Este é o caso de tsadiq. A resposta do Anjo envolve várias condições que necessitariam
de conserto. O povo de Deus precisaria deixar
de ser pisado pelo chifre pequeno, e isto efetivamente
aconteceu em 1798 quando o general Berthier prendeu
o líder da igreja, o Papa pio VI, e o levou para a França em exílio. O “contínuo”
deveria tomar o lugar da abominação desoladora.
Em 1517 teve início a reforma que lutaria pela restauração da verdade e o fim da confissão auricular para os protestantes, mas foi em
1844 que um movimento de restauração levantado por
Deus se preocuparia com a própria doutrina do Santuário a tanto tempo relegada no verdadeiro Cristianismo. Finalmente, o Santuário precisaria ser limpo. Já entendemos
que o Santuário descrito em Daniel 8 é o Santuário do Céu. A pergunta que fazemos então é: pode algo
estar contaminado no Céu para que precise ser limpo ou purificado? A resposta mais uma vez encontramos no livro
de Hebreus:
E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas
que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias
coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
Hebreus 9:22,23
Notem como texto afirma que as coisas da terra, sombras
das celestiais, se purificavam com o sangue de animais,
mas as COISAS CELESTIAIS, com sacrifícios superiores,
isto é, o sacrifício de Cristo e Seu sangue. Assim,
entendemos que coisas celestiais necessitam também
de purificação pois estão de alguma forma corrompidas
ou sujas. Mas como isto é possível? Você com certeza já
passou por uma banca de jornal ou revistas e roborizou
diante do que está ali exposto. Pornografia, violência,
crimes degradantes estão ostentados todos os dias em
diários e outras publicações. Você também já parou de
ler um livro porque seu conteúdo se tornou impróprio
e proibiu mesmo seus filhos de lerem ou verem algumas
coisas, mesmo verídicas. Todas estas histórias e fatos estão
registradas nos livros celestiais.
Diz o salmista: “Tu contaste as minhas vagueações; põe
as minhas lágrimas no Teu odre; não estão elas no Teu
livro?” (Sal. 56:8).
“Eis que está escrito diante de Mim: [...] as vossas iniquidades,
e juntamente as iniquidades de vossos pais, diz o
Senhor.” (Isa. 65:6 e 7).
Diz o profeta Daniel: “Assentou-se o juízo, e abriram-se
os livros” (Dan. 7:10). O escritor do Apocalipse, descrevendo a mesma cena,
acrescenta: “Abriu-se outro livro, que é o da vida; e os
mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas
nos livros, segundo as suas obras” (Apoc. 20:12).
O DIA DA EXPIAÇÃO E O JUÍZO INVESTIGATIVO
Todos os horríveis pecados cometidos pela humanidade
estão registrados nos livros celestes, sujando e contaminando
o Santuário que lá se encontra. Na terra, quando
havia aqui o Santuário, a purificação do mesmo acontecia
no conhecido Yom Kippur, ou, dia da expiação ou
perdão. Neste dia o Sumo-Sacerdote entrava no Santuário e fazia expiação pelo povo e pelo santuário. Durante todo o ano os pecados do povo eram acumulados
simbolicamente no tabernáculo ao levar o Sacerdote
o sangue de sacrifícios que tinham sido feitos com a confissão de pecados na cabeça do animal sacrificado. estes
pecados ficavam assim “registrados” no Santuário e precisavam
ser limpos. Esta era a cerimônia que acontecia
apenas uma única vez ao ano, quando o Sumo Sacerdote
adentrava (unicamente neste dia) no Santo dos Santos,
na presença direta de Deus. Era o sangue do “bode para
o Senhor” que fazia a purificação dos pecados. "Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo povo,
e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu
sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá
sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório.
Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias
dos filhos de Israel e das suas transgressões, e de todos
os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação
que reside com eles no meio das suas imundícias".
Levítico 16:15,16. Entendemos então que em alguma data passados as
2.300 tardes e manhãs, ou anos em profecia, o dia do Yom Kippur teria início
no Santuário Celestial. Os pecados do povo de Deus seriam
apagados definitivamente dos registros, vindicando
ou dando vida ao povo de Deus através do sangue de
Cristo que limpa todo o pecado confessado. Jesus está,
portanto, salvando seu povo do castigo final que acometerá
o chifre pequeno e todos os inimigos de Deus. Este é o significado do que alguns chamam de Juízo Investigativo.
Diante de todo o Universo Deus está fazendo
justiça para seu povo, tantos que foram mortos ou perseguidos,
sofreram privações e maus tratos estão agora
sendo vindicados por Deus, e o Santuário está sendo
purificado. Quando este julgamento estiver terminado,
Jesus virá nas nuvens dos Céus para retribuir a cada um
segundo as suas obras (Apo. 22:13).
Também nós teremos nossos nomes passados ali no tribunal
de Deus. Mas não devemos temer “porque nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
Romanos 8:1. Devemos buscar andar no Espírito e entregar
nossa vida a Cristo todos os dias. “Temei a Deus, e dai-
-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai
aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das
águas” (Apo. 14:7) Este deve ser o motivo de nossa vida hoje.
CONCLUSÃO
Que maravilhosa mensagem de esperança. Cristo, meu
amado Salvador, está diante do Pai intercedendo por mim e
limpando os meus pecados (Mat. 10:32). Não precisamos temer,
nosso amigo e irmão está nos Céus intercedendo por nós (João
15:15). Nunca se esqueçam de suas promessas: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para
com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1).
Lá diante do Pai temos o maior de todos os Advogados.
Nosso Salvador Jesus Cristo que se compadece de nós.
Que este juízo logo possa terminar e possamos ver realizado
nosso maior desejo, a bendita esperança de sua volta.
“Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo
venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus” (Apocalipse
22:20).
MARANATA, VEM SENHOR JESUS!
Fonte: Estudos de Daniel
Fonte: Estudos de Daniel
Espírito de Profecia:

Sermão - Daniel Capítulo 8 - Parte I
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Daniel 8 - Leitura, Estudo e Reflexão - Parte I
DANIEL 8 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS
1 A princípio. Sem dúvida, uma referência à visão do cap. 7. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4, p. 924.
3 um carneiro, o qual tinha dois chifres. Representando o império medo-persa, com dois chifres desiguais que simbolizam a divisão de poder entre a Média e a Pérsia (v. 20; ver nota sobre 7:5). Daniel viu isto durante o reinado de Belsazar (8:1; comparar com o cap. 5), mas Babilônia não é representada na visão porque seu tempo já estava quase terminando. Neste capítulo, o escritor volta a usar a língua hebraica [provavelmente por dirigir sua mensagem em especial ao povo hebreu] (deixando o aramaico, empregado em 2:4-7:28). Bíblia de Estudo Andrews.
Mais alto do que o outro. Embora tenha se levantado depois da Média, a Pérsia se tornou o poder dominante quando Ciro derrotou Astíages, da Média, em 553 ou 550. Contudo, os medos não eram tratados como inferiores ou um povo subjugado, mas sim como confederados (ver com. de Dn 2:39). CBASD, vol. 4, p. 925.
4. Dava marradas para o ocidente. Ciro conquistou a Lídia, em 547 a . C , e Babilônia, em 539. Cambises estendeu as conquistas até o sul, ao Egito e à Núbia, em 525. Dario Histaspes foi para o norte contra os escitianos, em 513 (ver vol. 3, p. 39-44). CBASD, vol. 4, p. 925.
5 Vinha do ocidente. A Grécia ficava a oeste do império persa. CBASD, vol. 4, p. 925.
7 enfurecido. Os gregos queriam vingança por aquilo que o império medo-persa lhes havia feito, que incluiu a malsucedida invasão a seu território por Xerxes em 480-479 a.C. (comparar com 11:2). Bíblia de Estudo Andrews.
O poder do império persa foi quebrado por completo. O país foi assolado, seus exércitos foram feitos em pedaços e espalhados, e suas cidades, saqueadas. A cidade real de Persépolis, cujas ruínas ainda permanecem como monumento de seu antigo esplendor, foi destruída pelo fogo. CBASD, vol. 4, p. 925.
8 na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre. Alexandre morreu no auge de seu poder em 323 a.C. Bíblia de Estudo Andrews.
Aos 32 anos, ainda jovem, o grande líder morreu de uma febre agravada, sem dúvida, por sua própria intemperança (ver com. de Dn 7:6). CBASD, vol. 4, p. 925.
9 De um dos chifres. Cabe observar que alguns teólogos interpretam que o pequeno chifre nasce de entre os quatro chifres do bode, ou seja, seria um poder que se afirma a partir de um dos quatro reinos nos quais o império de Alexandre se divide. Assim, eles apontam para Antíoco Epifânio, que governou a Terra Santa, perseguiu os judeus e seu culto, chegando a fazer sacrifícios de animais imundos no templo de Jerusalém. Porém, uma análise mais acurada dos elementos da profecia e seus desdobramentos revela que esta interpretação carece de sustentação, pois a guerra contra Deus profetizada dura 1260 anos e não apenas poucos meses. Koot van Wyk em: https://reavivadosporsuapalavra.org/2014/08/22. [Ver mais sobre a hipótese de ser Antíoco Epifânio o chifre pequeno de Dn 8:9, no com. do v. 25, ao final] .
A palavra “deles” (como traduz a AA), hem, é masculina. Isso indica que, gramaticalmente, o antecedente é “ventos” (v. 8) e não “chifres”, visto que “ventos” pode ser tanto masculino como feminino, mas “chifres” apenas feminino. Por outro lado, a palavra para “um”, ‘achath, é feminino, sugerindo’ chifres” como o antecedente. … Comentaristas que interpretam o “chifre pequeno” do v. 9 como Roma não podem explicar satisfatoriamente como se poderia dizer que Roma surgiu de uma das divisões do império de Alexandre [se o chifre pequeno nasceu de um dos 4 chifres]. Mas, se “deles” se refere a “ventos” [se o chifre pequeno nasceu dos ventos], então toda dificuldade desaparece. … Visto que a visão de Daniel 8 é paralela aos esboços proféticos dos cap. 2 e 7, e visto que em ambos os esboços o poder que sucede a Grécia é Roma (ver com. de Dn 2:40; 7:7), a compreensão razoável, nesse caso, é que o poder do “chifre” descrito no v. 9 também se aplica a Roma. Essa interpretação se confirma pelo fato de que Roma precisamente cumpre as várias especificações da visão. CBASD, vol. 4, p. 925, 926.
Um chifre pequeno. Este “chifre pequeno” representa Roma em ambas as fases, pagã e papal. Daniel viu Roma, primeiramente, em sua fase pagã e imperial, guerreando contra o povo judeu e os cristãos primitivos e, depois, na fase papal, seguindo até o presente e o futuro, guerreando contra a igreja verdadeira (sobre essa dupla aplicação, ver com. dos v. 13, 23). CBASD, vol. 4, p. 926.
se tornou muito forte. O chifre não representava apenas outro poder ou governante grego (como Antíoco IV Epifânio), mas dominaria sobre todos os reinos gregos. … O chifre pequeno é o mesmo poder simbolizado no cap. 7. No cap. 8, porém, o chifre faz primeiramente uma expansão horizontal, do noroeste rumo ao sul, ao leste e à “terra gloriosa” (terra de Israel; comparar 8:9 com 11:16). Nessas direções, Roma se expandiu para construir seu império, conquistando um por um os reinos gregos. Em Dn 8:10-12 retrata-se o chifre crescendo no sentido vertical, contra o céu, em um ataque religioso a Deus, seu povo e sua verdade. Portanto, o chifre pequeno tem uma fase secular e outra religiosa. Bíblia de Estudo Andrews.
Para a terra gloriosa. Aqui, refere-se a Jerusalém ou a Palestina. CBASD, vol. 4, p. 926.
10. Exército dos céus. O “exército” e as “estrelas” obviamente representam “os poderosos e o povo santo” (v. 24). CBASD, vol. 4, p. 927.
E os pisou. Isto se refere à fúria com que Roma perseguiu o povo de Deus através dos séculos. No tempo dos tiranos pagãos Nero, Décio e Diocleciano e, depois, no período papal, Roma jamais hesitou em tratar com dureza aqueles a quem condenou. CBASD, vol. 4, p. 927.
11 príncipe do exército. A referência é a Cristo, que foi crucificado sob a autoridade de Roma (ver com. de Dn 9:25; 11:22). CBASD, vol. 4, p. 927.
O comandante do exército dos Céus é o mesmo que o Filho do Homem de 7:13. … Ao se exaltar como Deus, o chifre pequeno compartilhou as aspirações de Lúcifer, que queria erguer seu trono acima das estrelas de Deus e ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:12-14). Bíblia de Estudo Andrews.
dele tirou o sacrifício diário. Significa: “e dele (do Príncipe do exército), ele (o chifre pequeno) removeu a regularidade/o diário (comparar com 11:31; 12:11). A palavra “sacrifício” costuma ser acrescentada pelos tradutores, mas não se encontra na língua original… No contexto do santuário/templo terreno, o termo hebraico para “regularidade” (às vezes chamado de “contínuo” ou “diário”) era usado para vários ritos ou sistema de ritos regulares (lâmpadas, holocaustos, incenso, pães da proposição), realizados todos os dias (Êx 27:20; 29:38; 30:7, 8) ou toda semana (Lv 24:8). Designava o serviço do sacerdote no átrio e dentro do lugar santo do tabernáculo. É empregado para se referir à mediação do Príncipe do exército no santuário celestial (ver Hb 7:25). A fase horizontal do chifre pequeno, representado pelo império romano, estende-se além da destruição do templo de Jerusalém em 70 d.C. A fase religiosa [ou vertical] do chifre pequeno interferiu na ministração diária de Cristo no templo celestial (ver Ap 13:6). Bíblia de Estudo Andrews.
o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. Deitou por terra a verdade. O papado encheu a verdade de tradição e a obscureceu com a superstição. CBASD, vol. 4, p. 929.
Comparar com Ap 11:2, passagem em que o átrio do templo de Deus, onde seu povo terreno se reúne para adorá-lo, é pisado pelas nações/gentios por 42 meses (=1260 dias = 3 1/2 anos ou “tempos”). Este é o período de dominação e perseguição do chifre pequeno de Dn 7:25. Durante essa época, a mediação de Cristo no santuário celestial foi obscurecida por meio de um sistema de mediação (ver também Ap 13:6). Bíblia de Estudo Andrews.
14 Tardes e manhãs. Do heb. ‘ereb boqer, literalmente, “tarde manhã”, expressão que se compara à descrição dos dias da criação: “Houve tarde e manhã, o primeiro dia” (Gn 1:5), etc. Na LXX, a palavra “dias” vem depois da expressão “tardes e manhãs”. Na tentativa de fazer coincidir, ainda que aproximadamente, este período com os três anos da devastação do templo por parte de Antíoco IV, alguns sutilmente contaram as “2.300 tardes e manhãs” como 1.150 dias literais. A respeito disso, C. F. Keil advertiu que o período profético das 2.300 tardes e manhãs não pode ser entendido como “2.300 meio-días nem como 1.150 dias inteiros, porque tarde e manhã na criação constituem não a metade, mas o dia inteiro”. Depois de citar essa declaração, Edward Young diz: “Por isso, devemos entender que a frase significa 2.300 dias” (The Prophecy of Daniel, p. 174). Comentaristas têm tentado, mas sem êxito, encontrar algum acontecimento na história que se ajuste ao período de 2.300 dias literais. … O professor Driver tem razão ao declarar: ‘Parece impossível encontrar dois eventos separados por 2.300 dias (= 6 anos e 4 meses) que corresponda à descrição'” (Charles H. H. Wright, Daniel and His Prophecies, 1906, p. 186, 187). A única forma de se dar consistência a esses “dias” é computá-los no sentido profético mediante a aplicação do princípio dia-ano. CBASD, vol. 4, p. 929.
Até duas mil e trezentas tardes e manhãs. Tradução literal da expressão em hebraico. … Ao interpretar as 2.300 tardes e manhãs, o v. 26 acrescenta o artigo definido “da tarde e da manhã”, como se a expressão completa fosse: “as 2.300 tardes e as 2.300 manhãs”(comparar com Dt 9:25 – “quarenta dias e quarenta noites”). Isso quer dizer 2.300 dias. … Portanto, usando os princípios historicistas de interpretação profética, os 2.300 “dias” simbolizam 2.300 anos (comparar com as notas sobre 7:25; 9:24). Dn 8 indica que o período começa durante o império medo-persa, ao passo que Dn 9:24, 25 esclarece que seu primeiro segmento, de “setenta semanas” de anos (=490 anos) tem início com a ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém após o exílio babilônico. descobrimos (em 9:25) que esta ordem do rei persa Artaxerxes I entrou em vigor em 457 a.C. Considerando 457 a.C. como o início dos 2.300 anos e lembrando que não existiu o ano “0” entre as eras a.C. e d.C., o fim deste período fica estabelecido em 1844 d.C. Bíblia de Estudo Andrews.
Santuário. Visto que os 2.300 anos conduzem a uma data tardia da era cristã, este santuário não pode ser o templo em Jerusalém, destruído em 70 d.C. O santuário da nova aliança é claramente o celestial, “que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2; GC, 411-417). Cristo é o sumo sacerdote desse santuário (Hb 8:1). CBASD, vol. 4, p. 929.
o santuário será purificado. A purificação do santuário celestial compreende toda a obra do juízo final, que começa com a fase investigativa e termina com a fase executiva, que resulta na erradicação permanente do pecado de todo o universo. Um aspecto importante do juízo final é a vindicação do caráter de Deus perante todos os seres do universo. As acusações falsas que Satanás apresentou contra o governo de Deus serão demonstradas sem fundamento. No final, se verá que Deus foi completamente justo na escolha de determinados indivíduos para comporem Seu futuro reino, e ao impedir outros de entrarem ali. Os atos finais de Deus despertarão nas pessoas a confissão: “justos e verdadeiros são os Teus caminhos” (Ap 15:3), “Tu és justo” (Ap 16:5), e, “verdadeiros e justos são os Teus juízos” (Ap 16:7). O próprio Satanás será levado a reconhecer a justiça de Deus (ver GC, 670,671). CBASD, vol. 4, p. 930.
O verbo exprime a ideia de restauração da ordem designada por Deus por meio de uma obra de restauração e juízo. Nos versículos anteriores, são relatadas as atividades do chifre pequeno contra Deus, seu santuário e a obra sacerdotal diária de Cristo. Agora, o serviço anual, o Dia da Expiação (ver Lv 16) é introduzido na visão. O Dia da Expiação era um dia de juízo no templo israelita. A purificação do santuário mencionada neste versículo corresponde à cena de julgamento em Dn 7. A purificação inclui uma obra de julgamento no tempo do fim. É importante lembrar que o objetivo de Daniel é encorajar o povo de Deus, ao prever com clareza o livramento dos justos e a derrota de seus inimigos. Bíblia de Estudo Andrews.
16. Gabriel. No AT, o nome Gabriel ocorre apenas aqui e em Daniel 9:21. O NT relata a aparição deste ser celestial para anunciar o nascimento de João Batista (Lc 1:11-20) e, mais uma vez, para anunciar a Maria o nascimento do Messias (Lc 1:26-33). O visitante angélico declarou de si mesma “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus” (Lc 1:19). Gabriel ocupa a posição da qual Satanás caiu (ver DTN, 693; cf. DTN, 99). Gabriel também foi o portador das mensagens proféticas a João (Ap 1:1; cf. DTN, 99; ver com. de Lc 1:19). CBASD, vol. 4, p. 930.
17 tempo do fim. … num futuro distante a partir da perspectiva de Daniel (comparar com 8:26). Bíblia de Estudo Andrews.
22. Quatro reinos. Comparar com o v. 8 e com Dn 11:4; sobre os reinos helenísticos que surgiram do império de Alexandre, ver com. de Dn 7:6.0 cumprimento exato destes detalhes da visão garante que o que se segue certamente acontecerá conforme predito. CBASD, vol. 4, p. 931.
23 No fim do seu reinado. Isto é, depois que as divisões do império de Alexandre tivessem existido por algum tempo. O império romano surgiu de forma gradual e conquistou a supremacia só depois que as divisões do império macedônico se enfraqueceram. A profecia se aplica a Roma em suas formas pagã e papal. … “A igreja romana, dessa forma, secretamente se colocou no lugar do império mundial romano, do qual é a continuação real; o império não pereceu, apenas passou por uma transformação. […] isso não é mera observação sagaz’, mas o reconhecimento histórico do verdadeiro estado de coisas, e a maneira mais apropriada e frutífera de descrever o caráter dessa Igreja. Ela ainda governa as nações. […] É uma criação política, é tão imponente como um império mundial, por ser a continuidade do império romano. O papa, que se autodenomina ‘Rei’ e ‘Pontífice Máximo’ é o sucessor de César” (Adolf Harnack, What Is Cristhianity?[Nova York; G. P. Putnams Sons, 1903], p. 269, 270). CBASD, vol. 4, p. 931.
Feroz catadura. Provável alusão à Deuteronômio 28:49 a 55. CBASD, vol. 4, p. 931.
Intrigas. Do heb. chidhoth, “enigmas” (Nm 12:8; Jz 14:12; Ez 17:2) ou “perguntas difíceis” (lRs 10:1). Alguns crêem que o significado nesta passagem seja “linguagem ambígua” ou “duplicidade”. CBASD, vol. 4, p. 931.
Acabarem. Pode ser uma referência a várias nações, ou talvez em específico aos judeus, que encheram a taça de sua iniquidade (ver Gn 15:16; Ed, 173-177). CBASD, vol. 4, p. 931.
24. Não por sua própria força. Comparar com “o exército lhe foi entregue” (v. 12). Alguns vêem aqui referência ao fato de o papado reduzir o poder civil à subserviência e fazer com que a espada do estado se levantasse em favor de seus objetivos religiosos. CBASD, vol. 4, p. 931.
25. Astúcia. Ou, “engano”. Os métodos deste poder são a sutileza e o engano. CBASD, vol. 4, p. 931.
Que vivem despreocupadamente. Isto é, enquanto muitos sentem que estão vivendo em segurança, serão destruídos inadvertidamente. CBASD, vol. 4, p. 931.
Príncipe dos príncipes. Príncipe dos príncipes. É evidente que se refere ao mesmo ser designado como “príncipe do exército”, no v. 11 , ninguém além de Cristo.Foi um governador romano que sentenciou Cristo à morte, mãos romanas O pregaram na cruz, e uma lança romana perfurou Seu lado. CBASD, vol. 4, p. 931, 932.
Sem esforço de mãos humanas. Isto implica que o próprio Senhor, ao final, destruirá esse poder (ver Dn 2:34). O sistema eclesiástico representado por esse poder continuará até que seja destruído sem esforço de mãos humanas, na segunda vinda de Cristo (ver 2Ts 2:8). Alguns comentaristas defendem o ponto de vista de que o poder do “chifre pequeno” (em Dn 8) simboliza Antíoco Epifânio (ver com. de Dn 11:14). No entanto, um exame cuidadoso da profecia torna evidente que esse rei selêucida perseguidor não cumpre as especificações reveladas. Os quatro chifres do bode (Dn 8:8) eram reinos (v. 22), e é natural esperar que o “chifre pequeno” seja também um reino. Mas Antíoco foi apenas um rei do império selêucida, portanto, parte de um chifre. Sendo assim, ele não poderia ser outro chifre. Além disso, esse chifre [na profecia] se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa da Palestina (v. 9). A entrada de Antíoco no Egito terminou em humilhação diante dos romanos. Seus êxitos na Palestina foram breves e seu avanço ao oriente foi interrompido por sua morte. Sua política de impor o helenismo fracassou por completo, e a sagacidade não lhe rendeu prosperidade notável (v. 12). Além disso, Antíoco não viveu no final (v. 23) dos reinos helenísticos divididos, mas em cerca da metade do período; seu poder dificilmente poderia ser atribuído a qualquer coisa além de sua própria força (v. 22); sua astúcia e estratégia mais fracassaram que prosperaram (v. 25); ele não se levantou contra nenhum “Príncipe dos príncipes” judeu (v. 25); ele deitou a verdade por terra (v. 12) de forma temporária e não teve êxito, pois isso levou os judeus a defenderem sua fé contra o helenismo. Muito embora tenha dito palavras arrogantes, oprimido o povo de Deus e profanado o templo, durante um breve período, e se possam alegar alguns outros pontos parcialmente verdadeiros quanto às suas atividades, é óbvio que não se encontra em Antíoco um cumprimento adequado de muitas especificações da profecia (ver mais no com. do v. 14; Dn 9:25; 11:31). CBASD, vol. 4, p. 932.
27 espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse. Daniel percebeu quer o período era extenso, durante o qual aconteceriam coisas ruins para a causa de Deus no mundo e para seu povo. Por não saber quando o período começaria, não era possível descobrir quando iria terminar. ele precisou de explicações adicionais. Bíblia de Estudo Andrews.
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