DEUS E SEU SANTUÁRIO
INTRODUÇÃO
O foco do capítulo 8 está mesmo no santuário e suas atividades.
Desde o princípio da visão, Deus está procurando
mostrar ao profeta e a nós a importante lição do Santuário.
É ali que Deus e seu Filho Jesus Cristo escolheram lidar com
o problema do pecado para solucioná-lo.
É neste importante capítulo bíblico que nós somos levados
a realidades eternas, que o véu entre o que acontece
nas cortes celestiais é retirado e temos a clara noção de
como tudo isto interfere em nossa vida aqui neste pequeno
planeta.
Vamos utilizar alguns momentos para desvendar
os segredos das realidades Celestiais e entender o
que isto significa para a nossa vida.
O SACRIFÍCIO DIÁRIO E A
ABOMINAÇÃO DESOLADORA
O texto bíblico afirma que o chifre pequeno interferiria
no “sacrifício diário” e que lançaria por terra o lugar do
seu Santuário. Precisamos identificar agora o que é o Sacrifício
Diário e o que é a Abominação Desoladora posta
em seu lugar.
Então ouvi dois anjos conversando, e um deles perguntou
ao outro: “Quanto tempo durarão os acontecimentos
anunciados por essa visão? Até quando será suprimido
o sacrifício diário e a abominação devastadora
prevalecerá? Até quando o santuário e o exército ficarão
entregues ao poder do chifre e serão pisoteados?
“Ele me disse: “Isso tudo levará duas mil e trezentas
tardes e manhã; então o santuário será reconsagrado”.
Daniel 8:13,14
No original hebraico a palavra sacrifício não aparece,
ela é posta em nossa tradução para buscar dar sentido ao
texto. Em hebraico temos apenas a palavra TAMID que
significa “contínuo” no sentido de “periódico”. Esta palavra
é usada muitas vezes no Antigo Testamento para falar
dos trabalhos executados no Santuário todos os dias.
(1) Os sacrifícios diários: Núm. 28.1-4.
(2) O candelabro: Lev. 24.1-4.
(3) O pão da mesa: Lev. 24. 5-9.
(4) O altar do incenso: Êxo. 30.1-8.
(5) A roupa de Arão: Êxo. 28.29-30. Enfim, todo o serviço executado no Lugar Santo era chamado
de TAMID, quer dizer contínuo ou diário. Por sua
vez, o trabalho executado no Lugar Santo estava ligado
ao perdão dos pecados. O Sacerdote sacrificava todos os
dias o holocausto e levava parte do sangue do sacrifício
para dentro do Santuário, simbolicamente transferindo
o pecado do pecador para o Santuário. Mas como o chifre pequeno poderia interferir no trabalho
do santuário? Como já vimos, o chifre pequeno é a
Igreja da Idade Média. Neste período não havia mais Santuário
na Terra, já que este havia sido destruído no ano 70
d.C juntamente com Jerusalém pelos exércitos romanos.
O Santuário então não poderia ser este. Mas qual então?
Encontraremos a resposta no livro de Hebreus.
“Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos
tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do
trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário
e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu,
não o homem” Hebreus 8:1, 2).
Duas verdades emergem deste versículo, há um Santuário
no Céu e quem o erigiu foi Deus, Jesus Cristo é o
Sumo-Sacerdote deste Santuário. Outros versículos bíblicos confirmam a realidade do Santuário celestial:
“E me fareis um santuário para que eu possa habitar
no meio deles. Segundo tudo o que eu te mostrar para
modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus
móveis, assim mesmo o fareis” (Êx 25:8, 9).
“Abriu-se, então, o santuário de Deus que se acha no
céu, e foi vista a Arca da Aliança no seu santuário, e
sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e
grande saraivada” (Apocalipse 11:19). O livro de Hebreus contrasta o Santuário Celestial com o
Santuário terrestre, e claramente mostra que o Santuário Celestial é superior aquele construído por Moisés ou
Salomão. Da mesma sorte, os rituais praticados no tabernáculo
terrestre eram também baseados em cerimonias
celestiais, sendo estas últimas também superiores.
“Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote
seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo
a lei, os quais ministram em fi gura e sombra das
coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído,
quando estava para construir o tabernáculo;
pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o
modelo que te foi mostrado no monte. Agora, com efeito,
obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é
ele também Mediador de superior aliança instituída com
base em superiores promessas.” (Hebreus 8:4-6).
“Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos
bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta
criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros,
mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza
de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os
santificam, quanto à purificação da carne, muito mais
o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo
se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa
consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus
vivo!” (Hebreus 9:11-14).
“Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos,
figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer,
agora, por nós, diante de Deus” (Hebreus 9:24). Quando Cristo subiu aos Céus após a ascensão, entrou
no Santuário e passou a ministrar nele como Sumo-Sacerdote,
intercedendo pelos homens no perdão de seus
pecados, na semelhança do que acontecia no santuário
terrestre. Cristo está continuamente (TAMID) perdoando
pecados que lhe são confessados.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo
para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a
injustiça” (1 João 1:9).
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para
com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1).
Houve, porém, uma interferência no trabalho de Cristo no seu Santuário, e esta foi feita pelo chifre pequeno conforme a profecia predizia. Como isto é possível? Há uma doutrina católica romana que limita o trabalho de Cristo, a chamada “Confissão Auricular”. Oficializada pela Igreja Católica Apostólica Romana no Concílio de Latrão em 1215, mas já usada vastamente anteriormente, a doutrina da confissão faz as pessoas confessarem seus pecados para outros seres humanos, e não a Cristo. Desta forma, a Igreja usurpa a autoridade de Cristo e somente dele, de perdoar pecados. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5). A ninguém Deus concedeu autoridade para perdoar pecados, nem a Igreja nem seus sacerdotes tem este direito. Durante a Idade Média, quando existia apenas uma forma de Cristianismo administrado por Roma, todas as pessoas eram ensinadas a pedir perdão aos sacerdotes, e isto influiu diretamente no trabalho de Cristo em seu Santuário. Agora que compreendemos isto, podemos entender o que significa “o sacrifício diário” sendo retirado e em seu lugar posta uma “abominação desoladora”. O diário – TAMID – (lembre-se que a palavra sacrifício não está no original) simboliza a verdadeira religião centralizada em Cristo e no perdão dos pecados confessados diretamente a Deus em nome de Jesus. Por outro lado, a “abominação desoladora” é a falsa religião que ensina o perdão dos pecados com a intercessão humana e a oração para outros seres humanos, conhecidos como santos.
Houve, porém, uma interferência no trabalho de Cristo no seu Santuário, e esta foi feita pelo chifre pequeno conforme a profecia predizia. Como isto é possível? Há uma doutrina católica romana que limita o trabalho de Cristo, a chamada “Confissão Auricular”. Oficializada pela Igreja Católica Apostólica Romana no Concílio de Latrão em 1215, mas já usada vastamente anteriormente, a doutrina da confissão faz as pessoas confessarem seus pecados para outros seres humanos, e não a Cristo. Desta forma, a Igreja usurpa a autoridade de Cristo e somente dele, de perdoar pecados. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2:5). A ninguém Deus concedeu autoridade para perdoar pecados, nem a Igreja nem seus sacerdotes tem este direito. Durante a Idade Média, quando existia apenas uma forma de Cristianismo administrado por Roma, todas as pessoas eram ensinadas a pedir perdão aos sacerdotes, e isto influiu diretamente no trabalho de Cristo em seu Santuário. Agora que compreendemos isto, podemos entender o que significa “o sacrifício diário” sendo retirado e em seu lugar posta uma “abominação desoladora”. O diário – TAMID – (lembre-se que a palavra sacrifício não está no original) simboliza a verdadeira religião centralizada em Cristo e no perdão dos pecados confessados diretamente a Deus em nome de Jesus. Por outro lado, a “abominação desoladora” é a falsa religião que ensina o perdão dos pecados com a intercessão humana e a oração para outros seres humanos, conhecidos como santos.
A RESPOSTA AO PROBLEMA
Um Anjo faz uma pergunta a outro Anjo:
“Até quando durará a visão do sacrifício diário e da
transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário
e o exército, a fim de serem pisados?” Dan. 8:13
B. A visão era terrível e assustadora. Notem que existem
três perguntas em uma: (1) até quando o “contínuo” será
suplantado pela “abominação desoladora”; (2) até quando
o santuário será pisado pelo chifre pequeno e (2) até
quando o povo de Deus seria pisado também pelo chifre
pequeno. Isto é, até quando a falsa religião se manteria
predominante, o trabalho de Cristo em seu Santuário seria
atrapalhado e o povo de Deus seria perseguido. A resposta dada pelo outro Anjo, no entanto, foi apenas
uma:
“Até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o Santuário
será purificado” Dan. 8:14
A pergunta envolve algumas questões que precisam
ser respondidas. Existe a profanação do santuário pelo chifre pequeno, também a ab-rogação, a introdução de
impureza no santuário e a queda do povo de Deus representado
pelos exércitos marchando insensivelmente
sobre ele e o santuário. O segredo da resposta está na palavra aqui traduzida
como “purificado”. No hebraico a palavra usada é NISDAQ,
uma forma verbal (niphal) do verbo SDQ, tsadiq.
Em sua raiz original, o verbo tem o sentido de “ser justo”,
“justificar”. Seu significado ampliado é “ser puro”, “limpo”,
“íntegro”, “reto”, “absolvido”, “restaurar”, “vindicar” e
mesmo “piedoso” e “virtuoso”. Precisamos nos lembrar
que o hebraico bíblico possui 3.000 palavras, enquanto
uma pessoa moderna na média fala em torno de 9.000
palavras diferentes, e as pessoas cultas 15.000. Portanto,
uma única palavra em hebraico pode conter dezenas de
significados. Este é o caso de tsadiq. A resposta do Anjo envolve várias condições que necessitariam
de conserto. O povo de Deus precisaria deixar
de ser pisado pelo chifre pequeno, e isto efetivamente
aconteceu em 1798 quando o general Berthier prendeu
o líder da igreja, o Papa pio VI, e o levou para a França em exílio. O “contínuo”
deveria tomar o lugar da abominação desoladora.
Em 1517 teve início a reforma que lutaria pela restauração da verdade e o fim da confissão auricular para os protestantes, mas foi em
1844 que um movimento de restauração levantado por
Deus se preocuparia com a própria doutrina do Santuário a tanto tempo relegada no verdadeiro Cristianismo. Finalmente, o Santuário precisaria ser limpo. Já entendemos
que o Santuário descrito em Daniel 8 é o Santuário do Céu. A pergunta que fazemos então é: pode algo
estar contaminado no Céu para que precise ser limpo ou purificado? A resposta mais uma vez encontramos no livro
de Hebreus:
E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com
sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.
De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas
que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias
coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
Hebreus 9:22,23
Notem como texto afirma que as coisas da terra, sombras
das celestiais, se purificavam com o sangue de animais,
mas as COISAS CELESTIAIS, com sacrifícios superiores,
isto é, o sacrifício de Cristo e Seu sangue. Assim,
entendemos que coisas celestiais necessitam também
de purificação pois estão de alguma forma corrompidas
ou sujas. Mas como isto é possível? Você com certeza já
passou por uma banca de jornal ou revistas e roborizou
diante do que está ali exposto. Pornografia, violência,
crimes degradantes estão ostentados todos os dias em
diários e outras publicações. Você também já parou de
ler um livro porque seu conteúdo se tornou impróprio
e proibiu mesmo seus filhos de lerem ou verem algumas
coisas, mesmo verídicas. Todas estas histórias e fatos estão
registradas nos livros celestiais.
Diz o salmista: “Tu contaste as minhas vagueações; põe
as minhas lágrimas no Teu odre; não estão elas no Teu
livro?” (Sal. 56:8).
“Eis que está escrito diante de Mim: [...] as vossas iniquidades,
e juntamente as iniquidades de vossos pais, diz o
Senhor.” (Isa. 65:6 e 7).
Diz o profeta Daniel: “Assentou-se o juízo, e abriram-se
os livros” (Dan. 7:10). O escritor do Apocalipse, descrevendo a mesma cena,
acrescenta: “Abriu-se outro livro, que é o da vida; e os
mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas
nos livros, segundo as suas obras” (Apoc. 20:12).
O DIA DA EXPIAÇÃO E O JUÍZO INVESTIGATIVO
Todos os horríveis pecados cometidos pela humanidade
estão registrados nos livros celestes, sujando e contaminando
o Santuário que lá se encontra. Na terra, quando
havia aqui o Santuário, a purificação do mesmo acontecia
no conhecido Yom Kippur, ou, dia da expiação ou
perdão. Neste dia o Sumo-Sacerdote entrava no Santuário e fazia expiação pelo povo e pelo santuário. Durante todo o ano os pecados do povo eram acumulados
simbolicamente no tabernáculo ao levar o Sacerdote
o sangue de sacrifícios que tinham sido feitos com a confissão de pecados na cabeça do animal sacrificado. estes
pecados ficavam assim “registrados” no Santuário e precisavam
ser limpos. Esta era a cerimônia que acontecia
apenas uma única vez ao ano, quando o Sumo Sacerdote
adentrava (unicamente neste dia) no Santo dos Santos,
na presença direta de Deus. Era o sangue do “bode para
o Senhor” que fazia a purificação dos pecados. "Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo povo,
e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu
sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá
sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório.
Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias
dos filhos de Israel e das suas transgressões, e de todos
os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação
que reside com eles no meio das suas imundícias".
Levítico 16:15,16. Entendemos então que em alguma data passados as
2.300 tardes e manhãs, ou anos em profecia, o dia do Yom Kippur teria início
no Santuário Celestial. Os pecados do povo de Deus seriam
apagados definitivamente dos registros, vindicando
ou dando vida ao povo de Deus através do sangue de
Cristo que limpa todo o pecado confessado. Jesus está,
portanto, salvando seu povo do castigo final que acometerá
o chifre pequeno e todos os inimigos de Deus. Este é o significado do que alguns chamam de Juízo Investigativo.
Diante de todo o Universo Deus está fazendo
justiça para seu povo, tantos que foram mortos ou perseguidos,
sofreram privações e maus tratos estão agora
sendo vindicados por Deus, e o Santuário está sendo
purificado. Quando este julgamento estiver terminado,
Jesus virá nas nuvens dos Céus para retribuir a cada um
segundo as suas obras (Apo. 22:13).
Também nós teremos nossos nomes passados ali no tribunal
de Deus. Mas não devemos temer “porque nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
Romanos 8:1. Devemos buscar andar no Espírito e entregar
nossa vida a Cristo todos os dias. “Temei a Deus, e dai-
-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai
aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das
águas” (Apo. 14:7) Este deve ser o motivo de nossa vida hoje.
CONCLUSÃO
Que maravilhosa mensagem de esperança. Cristo, meu
amado Salvador, está diante do Pai intercedendo por mim e
limpando os meus pecados (Mat. 10:32). Não precisamos temer,
nosso amigo e irmão está nos Céus intercedendo por nós (João
15:15). Nunca se esqueçam de suas promessas: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para
com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1).
Lá diante do Pai temos o maior de todos os Advogados.
Nosso Salvador Jesus Cristo que se compadece de nós.
Que este juízo logo possa terminar e possamos ver realizado
nosso maior desejo, a bendita esperança de sua volta.
“Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo
venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus” (Apocalipse
22:20).
MARANATA, VEM SENHOR JESUS!
Fonte: Estudos de Daniel
Fonte: Estudos de Daniel
Espírito de Profecia:
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