Há uma grande diferença entre praticar uma religião e experimentar um relacionamento com Deus. Há uma grande diferença entre religião e salvação. Há muitas religiões, mas um só Deus e um só Evangelho. Religião vem dos homens; "O Evangelho é o poder de Deus para a salvação por meio de Jesus Cristo". Religião é o ópio do povo; Salvação é presente de Deus ao homem perdido. Religião é história do homem pecador que precisa fazer alguma coisa para o seu deus imaginado. O Evangelho nos diz o que o Deus Santo fez pelo homem pecador. Religião procura um deus; O Evangelho é a Boa Nova de que Jesus Cristo procura o homem que se encontra no caminho errado. "Porque o Filho do Homem veio salvar o que se havia perdido" (Mateus 18:11). O Evangelho muda o ser humano por dentro por meio da presença do Espírito Santo de Deus em seu coração. Nenhuma religião tem um salvador ressuscitado, que perdoa os pecados e dá vida eterna, pois só Jesus Cristo venceu a morte. Por isso, dirija-se só a Jesus Cristo. Ele é o único que pode perdoar os seus pecados e lhe dar vida nova nesta vida e vida eterna no reino de Deus. "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo" (Atos 16:31). "E o sangue de Jesus , Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (I João 1:7). Receba a Jesus AGORA em seu coração como seu Salvador e como único Senhor de sua vida. "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações"; "Hoje é o dia da Salvação". E depois de aceitar a Cristo Ele diz: "Se me amais, guardai os meus mandamentos" (João 14:15). "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (João 15:10). "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" (João 14:21).

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Está Surgindo Uma Nova Ordem Mundial? Parte II

O relatório da ONU contra o Cristianismo


Parte 2: A dissolução da moralidade


Esse texto dá prosseguimento ao que foi exposto aqui:

O relatório da ONU contra o Cristianismo. Parte 1: “Nova Ordem Mundial”

No texto anterior (cujo link está acima) teci comentários sobre como a ‘Organização das Nações Unidas’ (ONU) é um títere manipulado pela elite global cujo propósito é a instituição de uma ‘nova ordem mundial’.

Dessa forma, a instituição de tal ordem tem sido um processo que pode ser remontado pelo menos ao final do século XIX, muito embora possamos especular sobre sua origem em tempos ainda anteriores.

Com efeito, no texto anterior vimos que a instituição de uma ‘nova ordem mundial’ enfrenta alguns obstáculos. Sobre esses obstáculos, eu colocaria especialmente os seguintes:

1. A ideia de individualidade, pois eles pretendem nos massificar, anulando aquilo que nos torna únicos (seu objetivo é suprimir nossa alma mesma); por essa razão (dentre outras) os sectários da nova ordem mundial simpatizam com o socialismo (fomentando-o), o qual não nos aceita como indivíduos, mas como parte de um grupo;

2. A lealdade à família, às tradições e à pátria; 3. Nossa religiosidade e os princípios religiosos, sobretudo os cristãos, uma vez que eles reforçam os demais obstáculos e constituem a maior barreira aos avanços da nova ordem mundial e do luciferianismo (‘nova ordem religiosa mundial’ perfilhada pela elite global).

Isso fica claro no relatório da ONU que mencionei no texto que precedeu essa minha abordagem, a saber, no relatório “Freedom of Religion or Belief” (‘Liberdade de Religião ou Crença’). Uma das ideias centrais desse relatório contra o Cristianismo reside em sua tese segundo a qual os princípios cristãos concernentes à sexualidade são “perigosos e discriminatórios”.

Atentem para o foco na “sexualidade”.

Que a moralidade cristã, especialmente no que concerne à sexualidade, sempre foi uma ameaça aos avanços do luciferianismo (“nova ordem religiosa mundial”, poder-se-ia dizer), o qual é inerente à nova ordem mundial, isso é evidente pelo menos desde meados do século XX.

Cito aqui apenas um fato.

O maior expoente do luciferianismo no século XX, Aleister Crowley, era não apenas um beligerante anticristão, mas também um antissemita (algo que ele tinha em comum com o socialismo). Nesse sentido, ele teve uma forte influência sobre Anton LaVey (fundador da Igreja de Satã, nos USA).

Sua influência também foi decisiva no desenvolvimento do ‘Movimento Nova Era’ (New Age) – especialmente nos anos 70 e 80 do século XX –, da religião neopagã ‘Wicca’, do ‘Movimento Novo Pensamento’, da ‘Yoga’ (sobre a qual Crowley escreveu alguns textos influentes), bem como de movimentos culturais que moldaram a cultura desde a metade do século XX, como a cultura Beatnik, especialmente mediante sua influência sobre William Burroughs (um dos expoentes da cultura Beatnik – promotora do “amor livre”, da promiscuidade, do uso de drogas, do antimaterialismo contra a cultura capitalista, etc). Na verdade, a ideia hoje em voga, segundo a qual ‘tudo é amor’, remete a Crowley e ao seu “Livro da Lei” (1904):

“Amor é a lei, amor sob a vontade”.

Não apenas isso, no mesmo livro encontramos a seguinte máxima:

“Faze o que tu queres pois é tudo da Lei”.

Se compararmos essas ideias com o que lemos em sua biografia, perceberemos que Crowley viveu rigorosamente de acordo com seus princípios hediondos: praticou rituais satânicos, bestialidades, viveu promiscuamente, relata-se que praticou pedofilia, usou drogas exacerbadamente … sendo que ele mesmo se intitulava a “besta 666”.

Por seus feitos e ideias foi considerado o homem mais perverso do mundo. E sua influência se espraiou, inclusive no meio acadêmico, como podemos ver na obra de William Ramsey, “Children of the Beast” (2016), na qual Ramsey expõe uma lista de “seguidores” ilustres de Crowley.

Por exemplo, ele influenciou fortemente Alfred Kinsey, o qual tinha propósitos muito similares aos de Crowley, como, por exemplo, promover práticas homossexuais entre heterossexuais e estimular a sexualidade em crianças (o que incluía encorajar a pedofilia). Autor do ‘Relatório Kimsey’, ele teve uma influência decisiva sobre a “revolução sexual” desde a metade do século XX (há um filme sobre ele, inclusive). Segundo Kimsey, “tudo é amor”, ou seja, todos os comportamentos sexuais são “normais” (mesmo pedofilia e zoofilia, por exemplo).

Na verdade, segundo ele o comportamento sexual “anormal” seria o heterossexual, o qual resultaria, segundo ele, de repressões culturais. A raiz dessa repressão estaria, não poderia ser diferente, na cultura judaico-cristã. Seu propósito era, então, destruir a moral oriunda da tradição judaico cristã.

E, vejam a “coincidência”: ele realizou suas “pesquisas” com subsídios da Fundação Rockefeller. Obviamente, não se trata de “coincidência”. As fundações que citei até aqui (especialmente no texto anterior) fomentam intensamente movimentos que estimulem a “liberação” sexual e a destruição dos demais pilares morais do ocidente. E, com isso, eles logram atingir seu propósito mais sinistro e profundo: a destruição dos valores judaico-cristãos.

Nesse sentido, esse relatório da ONU não surpreende, uma vez que está em acordo com um projeto cuidadosamente articulado e subsidiado por décadas mediante uma elite global cujos objetivos envolvem especialmente a dissolução da religião cristã para a instauração de uma nova religião global (luciferiana).

Mas o que quero aqui questionar é o seguinte: é o Cristianismo anticientifico ou são seus inimigos que agem motivados não por ciência, mas por uma ideologia malfazeja e, mesmo, diabólica?

Tanto no texto anterior quanto em outros esclareci em que medida o aborto é uma prática homicida: mata uma pessoa viva (indivíduo) em formação. Vejam, por exemplo, esse texto:

Não apenas demonstrei o que sabemos à luz da embriologia sobre o que é morto em um aborto, mas também esclareci que o aborto, atualmente referido pela ONU como parte de uma política de “planejamento familiar”, ou, ainda, de “saúde sexual e reprodutiva”, está intimamente ligado aos problemas da eugenia e do darwinismo social (“elitismo”). Isso porque essa “elite” vê aqueles que não fazem parte de sua casta (“linhagem”) como mero “gado”, ou, como disse Margaret Sanger (fundadora da maior clínica de aborto do mundo, a “Planned Parenthood”), “ervas daninhas”.

No texto anterior esclareci como Margaret Sanger, idolatrada pelo feminismo e esquerda atuais, pretendia fomentar o aborto nas comunidades negra e hispânica dos USA.

De qualquer forma, mesmo ateus, quando sensíveis aos direitos humanos e cientes do que ocorre em um aborto, o repudiam: eles sabem, pela ciência, que nele uma pessoa é morta covardemente. Basta ver o que diz um dos mais consagrados ateus combatentes, Christopher Hitchens (“enquanto um materialista, penso que foi demonstrado que um embrião é um corpo, uma entidade separada, e não meramente, como alguns realmente costumavam argumentar, uma excrescência sobre ou dentro do corpo feminino”).

Vejam: ele diz isso em um livro (“God is not Great”) cujo objetivo é refutar a fé em Deus. Portanto, não é preciso sequer crer em Deus para rejeitar o aborto: basta estar cientificamente informado e respeitar a ‘dignidade da pessoa humana’ (às vezes ateus são, paradoxalmente, mais cristãos que cristãos declarados).

Assim, aqueles realmente preocupados com “direitos humanos”, humanistas por assim dizer, crentes ou não, rejeitam a prática do aborto, pois sabem que se trata do assassinato de uma pessoa humana. Um embrião/feto não é mero “material”, como dizem abortistas em sua tentativa de desumaniza-lo. É uma pessoa.

Agora, pergunto: quem se baseia na ciência, afinal?

Obviamente os ideólogos da ONU não apenas abortam a ciência (conhecimento), mas mesmo os direitos humanos. Isso porque esse é um dos aspectos centrais da ideologia anticientífica promovida pela ONU e pela elite global promotora da nova ordem mundial: ela ignora os fatos, as razões, a ciência, etc, para dar sustentação a teses desprezíveis, hediondas e, muitas vezes, insanas, tal como aquela que promove o aborto.

Mas a questão da sexualidade não se restringe ao problema do aborto, visto pela ONU como questão de “saúde sexual”. Segundo podemos depreender do relatório aqui em análise, ainda há o problema da chamada ideologia de gênero.

Para podermos tecer comentários sobre esse ponto, voltemo-nos novamente à ciência para vermos quem, afinal, está embasado cientificamente. Assim, é imperioso observar que a sexualidade envolve, também e sobretudo, aspectos biológicos (hormonais, por exemplo) que independem absolutamente de como nos sentimos com relação a isso. Além do dimorfismo sexual (das diferenças físicas entre homens e mulheres, as quais podem ser disfarçadas de forma impressionante, como o fazem muitos travestis, os quais muitas vezes se assemelham a mulheres, sendo delas uma espécie de simulacro), há um aspecto mais profundo referente às diferenças entre homens e mulheres: o dimorfismo cerebral, o qual é muito mais complexo e envolve questões ainda estudadas de forma incipiente por endocrinologistas.

Mas o ponto é: existem diferenças significativas entre homens e mulheres. Ainda que existam casos de disforia de gênero, disso não se depreende que as pessoas “escolham” ser ou homens ou mulheres. A regra é: homens e mulheres possuem cérebros “projetados” distintamente.

Por exemplo, Simon Baron-Cohen (e muitos outros) tem demonstrado que o cérebro masculino é “projetado” (hard-wired) para compreender e construir sistemas, enquanto o cérebro feminino é “projetado” (hard-wired) para a empatia. Isso tem sido demonstrado pela “empathising-systemising (E-S) theory”, da qual Simon Baron-Cohen é um precursor. Isso é ciência, não ideologia.

Portanto, existem, sim, diferenças convincentes (de um ponto de vista científico – hormonal) entre homens e mulheres. Mas observem: a questão é distinguir homens e mulheres. Do fato de sermos diferentes não se depreende que a discriminação seja justificada. Trata-se de distinguir, não de discriminar. Não é o caso de abolirmos a diferença, mas o preconceito e a discriminação.

No entanto, o relator do estulto relatório da ONU questiona a separação (científica) entre homens e mulheres, uma vez que isso causa, segundo ele, “violência de gênero”. Vejam: segundo a ONU a melhor forma de acabarmos com a violência contra a mulher é dizermos que homens e mulheres são iguais, que não há diferenças. Mas, perguntemos: negar a realidade a anula?

Ora, certamente podemos encontrar maneiras inteligentes (e científicas) de resolver o problema da “violência de gênero”, mesmo porque a humanidade prosperou respeitando essas diferenças.

Casos de discriminação (como as promovidas pelo islamismo e que violam a dignidade da pessoa humana) devem ser combatidos severamente, mas sem negar a ciência, sem negar as diferenças fundamentais entre homens e mulheres, os quais, aliás, se complementam inclusive na criação de suas crianças (hoje se sabe que o pai biológico libera feromônios que adiam a iniciação sexual das filhas, evitando que elas engravidem na adolescência, por exemplo).

E com isso chego a outro ponto do relatório, sobre a família. Como não poderia faltar, a questão da família é trazida a tona no relatório para seu relator questionar a estrutura familiar dita “tradicional”, a saber, aquela formada por homem, mulher (em uma relação de continuidade – “até que a morte os separe” – e exclusividade – “fidelidade”) e filhos oriundos dessa relação. Novamente, deixemos de lado a ideologia e foquemos nos fatos.

E quais são os fatos referentes à importância da família? Ora, hoje há uma vasta pesquisa que demonstra, de forma indisputável, os danos oriundos de famílias disfuncionais e dissolvidas. Mas essa evidência não surgiu recentemente. Por exemplo, um estudo seminal (“Family and Civilization”), publicado em 1947 por um sociólogo de Harvard, Carl Zimmermann, demonstrou aquilo que o senso comum iletrado sempre soube, ou seja, a relação entre família e ‘bem comum’. Nesse estudo seminal ele analisou a evolução da família desde os gregos, passando pelo período romano, pelo medievo até a civilização ocidental e aos USA do século XX.

Ao longo da obra o autor demonstrou como a ascensão e declínio das civilizações caminha lado a lado com a ascensão e declínio da família. Em verdade, ele demonstrou que o declínio das civilizações reflete o declínio da instituição do matrimônio. Ou, que o declínio das civilizações é precedido pelo declínio da família.

Sim!!! Eis uma verdade inconveniente: muitos dos flagelos que hoje enfrentamos são causados sobretudo pela dissolução da família dita “tradicional”. Estudos recentes reiteram essa verdade: “Why Marriage Matters. Thirty Conclusions from the Social Sciences”, de Bradford Wilcox; “Marriage and the Public Good: Ten Principles”, editado pelo Instituto Witherspoon; “Família e Políticas Públicas”, de João Carlos Espada; “Life Without Father”, de David Popenoe, “The New Family Structures Study”, conduzido por Mark Regnerus, e muitos outros.

Já está, portanto, sobejamente demonstrado que a dissolução da família dita “tradicional” causa diversas calamidades: aumento de criminalidade, fracasso educacional, fracasso na formação de novas famílias (aumento de famílias disfuncionais), rendas baixas, aumento da violência (inclusive de gênero), aumento da dependência de programas assistenciais do governo, gravidez na adolescência, etc.

Assim, de um ponto de vista científico, fundado em fatos e na realidade, o fortalecimento de uma cultura que reconheça a importância da família tradicional é uma eficiente política pública para a garantia de indivíduos saudáveis e de uma sociedade mais próspera humanamente.

Portanto, a moralidade cristã, contrária ao aborto, à eugenia, bem como defensora da dignidade da pessoa humana e da família “tradicional”, não é anticientífica: ela está fortemente embasada em evidências seculares.

Mas, cabe por fim perguntar: diante desse novo (e mais direto) ataque da ONU, qual é a reação da Igreja? Está ela alinhada com os princípios fundamentais da moralidade cristã ou com a ideia de uma nova ordem mundial?

Farei comentários sobre esse ponto em um próximo texto.

Carlos Adriano Ferraz – (Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). Atualmente é professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, no qual orienta dissertações e teses com foco em ética, filosofia política e filosofia do direito. Também é membro do movimento Docentes pela Liberdade (DPL), sendo atualmente Diretor do DPL/RS.

Fonte: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/21426/o-relatorio-da-onu-contra-o-cristianismo-parte-2-a-dissolucao-da-moralidade

Está Surgindo Uma Nova Ordem Mundial? Parte I

O Relatório da ONU Contra o Cristianismo

Parte 1: “Nova Ordem Mundial”

 
“Em uma época de engano, dizer a verdade é um ato revolucionário”

Nos últimos anos a ‘Organização das Nações Unidas’ (ONU) tem repetido que o “mundo precisa de uma liderança global intensificada”. Mais recentemente ela tem usado convenientemente a pandemia do COVID-19 para reforçar esse argumento, insistindo que deste caos (criado, em parte, pela ONU mesma – visando à “ordo ab chao”, ‘ordem mediante o caos’) deve despontar um líder para o mundo.

Portanto, poder-se-ia dizer que o ‘deep state’ está emergindo das sombras. Cada vez mais fica evidente que a ONU é parte de uma tentativa para engendrar um “governo global”, ou seja, a muitas vezes chamada, zombeteiramente, “nova ordem mundial”.

Assim, embora a ideia mesma de uma “nova ordem mundial” seja anterior à criação da ‘Liga das Nações’ (1919, após a 1ª. grande guerra mundial) e da ONU (1945, após a 2.a grande guerra mundial e substituindo, por assim dizer, a ‘Liga das Nações’), não há dúvidas, hoje, de que a ONU possui um papel de destaque nesse longo processo que pretende criar, a partir de um caos manufaturado, uma nova espécie de ordem, regida pela elite mundial global que atualmente manipula ocultamente seus títeres (dos quais se destaca a ONU).

Mas cabe questionar: quem são os titereiros?

Ora, dentre os conhecidos marionetistas que manipulam seus títeres visíveis estão algumas famílias e fundações, as quais têm influenciado o mundo às escuras.

Temos, por exemplo, a hoje notória família Rothschild, a qual é atuante pelos menos desde o século XVIII (e cuja fortuna é simplesmente incalculável – embora ela sequer apareça na lista da Forbes, mesmo provavelmente superando os integrantes dessa lista), época em que financiou Adam Weishaupt na criação de uma ordem secreta denominada ordem dos Illuminati (a qual teve impactos em eventos de magnitude histórica, como sobre a revolução francesa, por exemplo, bem como assentou o projeto de uma nova ordem mundial).

Em seguida temos sua aliada, a família Rockefeller, a qual é atuante desde o final do século XIX. Posteriormente surgiram outras famílias e suas instituições, como, por exemplo: ‘Fundação Bill & Melinda Gates’; ‘Fundação Ford’; ‘Carnegie’; ‘Open Society’; ‘Project Syndicate’; ‘Avaaz’; ‘World Vision International’; ‘Oxfam International’, apenas para nomear as mais visíveis nos dias que correm.

Aliás, cabe citar aqui uma emblemática afirmação do finado David Rockefeller, parte de uma fala sua para embaixadores da ONU em 1994, em que ele disse:

“A presente janela de oportunidade, durante a qual uma ordem mundial verdadeiramente pacífica e interdependente pode ser construída, não ficará aberta por muito tempo – Estamos à beira de uma transformação global. Tudo o que precisamos é da grande crise certa e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial”.

Nessa fala David Rockefeller não apenas remete à “ordo ab chao”, mas ele está reverberando um discurso anterior do também finado George H.W. Bush, pronunciado igualmente na ONU em 1991 e no qual ele afirmou:

“o que está em jogo é mais do que um país pequeno, é uma grande idéia, uma Nova Ordem Mundial, onde diversas nações são atraídas por uma causa comum”.

A família Rockefeller, aliás, é uma força determinante sobre a ONU, sendo que ela inclusive doou, em 1946, o terreno milionário em Manhattan no qual foi construída sua sede (antes os Rockefellers já haviam apoiado financeiramente a ‘Liga das Nações’).

Mas, que se sabe dessa “Novus Ordo Seclorum”?

Sabemos, atualmente, muitas coisas. Por exemplo, sabemos que para que seu propósito possa ser alcançado é imperioso extirpar da mente das pessoas sua individualidade, sua lealdade à família, às tradições, à pátria e aos seus princípios religiosos (especialmente cristãos).

Não apenas isso, sabemos que ela é essencialmente anticristã e, inclusive, luciferiana (ela não é materialista: ela apenas se associa ao ‘inimigo’ das escrituras bíblicas).

Para compreendermos esse ponto basta termos em mente as palavras do autodeclarado “místico” David Spangler, o qual foi diretor da ‘Iniciativas Planetárias para o Mundo que Escolhemos’ (“Planetary Initiatives for the World We Choose”, fundada em 1981), a qual está ligada à ‘Union of International Associations’ (UIA) e constitui um dos braços da ONU.

Em seu livro “Reflections on the Christ” (1978), ele afirma: “Lúcifer vem para nos dar a dádiva final de totalidade. Se a aceitarmos, então ele será livre e nós seremos livres. Essa é a iniciação luciferiana. Ela é uma iniciação que muitas pessoas estão agora tomando, e muitas o foram nos dias por vir, pois ela é a iniciação na Nova Era”. Ou seja, “ninguém entrará na Nova Ordem Mundial, a menos que ele ou ela se comprometa a adorar Lúcifer. Ninguém entrará na Nova Era a menos que tome uma iniciação luciferiana”.

Noutros termos, já não há como negar: o projeto de uma nova ordem mundial é anticristão em sua essência. E a ONU é vassala desse projeto.

Não obstante, o que quero aqui enfatizar é um dos aspectos centrais dessa ‘nova ordem mundial’, o qual está na sua origem mesma, qual seja, seu propósito incansável para fazer colapsar as soberanias nacionais, bem como o espírito nacionalista.

Assim, um dos objetivos da ONU é justamente acabar com as soberanias locais, uma vez que elas são um obstáculo ao projeto de uma autoridade supranacional. Atualmente vemos isso claramente, especialmente quando a ONU e seus braços (Organização Mundial da Saúde, por exemplo) se sobrepõem à soberania dos seus 193 países membros, determinando decisões altamente questionáveis, como o ‘isolamento social’, por exemplo. Mas as “orientações” da ONU para seus países membros vão muito além, pois vão desde a recusa do uso da hidroxicloroquina no tratamento contra o COVID-19 até o fomento e ampliação da prática do aborto.

O único dique diante desse avanço da ONU ainda é nosso espírito nacionalista (nosso “conservadorismo”, nosso vínculo com aqueles valores que passaram pelo teste do tempo e se cristalizaram como “coisas permanentes” em nossa cultura).

E quando falo em espírito nacionalista, refiro-me não apenas ao nosso vínculo com nossa pátria, mas também com os valores que constituem nosso tecido social moral. Dessa maneira, não apenas nossa pátria está sob ataque (quando a ONU intenta usurpar as decisões de nosso Presidente, por exemplo), mas os valores morais que asseguraram nossa prosperidade, isto é, que assoalharam o caminho para nossa civilização, também estão em risco.

Sendo esses valores oriundos de nossa tradição judaico cristã, não surpreende, então, que a ONU venha tentando, diligente e malignamente, fazê-los colapsar.

Um golpe recente contra nossos pilares morais veio com a divulgação de um relatório intitulado “Freedom of Religion or Belief” (‘Liberdade de Religião ou Crença’). Em seu sumário lemos que, “nesse relatório, o relator especial foca na violência e discriminação baseadas em gênero em nome da religião ou crença”.

Ele prossegue afirmando que “em vários estados do mundo os preceitos religiosos fundamentam leis e práticas sancionadas pelo Estado que constituem violações do direito a não discriminação de mulheres, meninas e lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros” (…).

Ao longo das 19 páginas do relatório que li, encontramos uma ardilosa sugestão de que a religião em geral, sobretudo a cristã, é inimiga dos direitos humanos. Isso porque, conforme seu relator (Ahmed Shaheed), os princípios cristãos concernentes à sexualidade são “perigosos e discriminatórios”.

No relatório lemos sobre problemas que devem ser, sim, combatidos robustamente, como a prática da mutilação genital em meninas, o casamento forçado, a poligamia, a criminalização da homossexualidade, etc.

Mas vejam: esses problemas não são comuns em culturas judaico cristãs. Em contrapartida, são problemas comuns em culturas islâmicas.

Assim, é falacioso citar problemas inerentes à cultura islâmica, os quais estão ligados, por exemplo, às leis baseadas na Sharia, a qual autoriza que pessoas sejam vergastadas, apedrejadas e tenham membros amputados, práticas relatadas de forma perturbadora pela exilada somali Ayaan Hirsi Ali (em livros como “Infiel” e “Herege”), e usar esses problemas para criar a ideia de que o Cristianismo seja, de alguma forma, responsável também pela violação de direitos humanos.

Na verdade, o Cristianismo é uma força de resistência contra essa barbárie, pois ele consolidou a ideia de ‘dignidade da pessoa humana’, fundamento dos direitos humanos.

Assim, o Cristianismo é, em sua essência, contrário a práticas como escravidão, aborto, prostituição, pena de morte, promiscuidade, mutilação, dentre tantas outras que reificam pessoas, tornando-as coisas.

Não apenas isso, diferentemente do islamismo, o Cristianismo engendrou a laicidade, especialmente ao separar o poder terreno do poder sobrenatural, e isso no texto bíblico mesmo:

“Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, “Meu reino não é desse mundo”, por exemplo, são passagens que esclarecem a separação entre um reino terreno e um reino sobrenatural.

Dessa maneira, não me parece que a ONU esteja preocupada com as pessoas. Se estivesse, jamais recomendaria, por exemplo, o aborto, prática em que uma pessoa humana (um indivíduo vivo em seus primeiros momentos de existência corporal – algo evidenciado pela embriologia) é morta intencionalmente.

Tampouco seria simpática à eugenia, a qual não apenas é base para a prática do aborto (a ‘Planned Parenthood’, maior clínica de aborto do mundo, foi precedida, nos USA, pela ‘The American Eugenics Sociey’), mas está presente nas ações da ONU especialmente nos países pobres, aparentemente para assegurar a esterilidade das mulheres desfavorecidas.

Para dissipar qualquer dúvida sobre a relação hedionda entre aborto e eugenia menciono, aqui, o seguinte fato: Margaret Sanger (fundadora da ‘Planned Parenthood’) costumava palestrar para a Klu Klux Khan (KKK), desenvolvendo, com a KKK, o “Negro Project”.

Cito um texto dela publicado no ‘New York Times’ de 8 de abril de 1923:

“O controle de natalidade significa a liberação e o cultivo dos melhores elementos raciais em nossa sociedade, bem como a supressão gradual, a eliminação e a eventual extirpação de estoques defeituosos – daquelas ervas daninhas humanas que ameaçam o desabrochar das melhores flores da civilização americana”.

Detalhe: até hoje em torno de 80% das clínicas da Planned Parenthood se localizam a uma distância equivalente a uma mera caminhada de bairros negros e hispânicos. Ou seja, para estimular e facilitar a ida de mulheres negras e hispânicas a suas clínicas para a realização do aborto, elas se situam nos arrabaldes dessas comunidades.

Diante disso, alguém realmente ainda tem dúvidas sobre a relação macabra entre aborto e eugenia, especialmente para a eliminação daqueles considerados “ervas daninhas” pela elite global?

Mesmo assim, o relatório da ONU expressa uma “profunda preocupação” com as campanhas de grupos religiosos (cristãos) que insistem em resistir à imposição da ideologia de gênero, sobretudo para crianças (às quais se tem tentado, mediante essa ideologia, infligir um desenvolvimento sexual prematuro – estimulando a abominável pedofilia).

Segundo seu relator, os cristãos recorreriam a “dogmas religiosos e a uma pseudociência” para criticar a ideologia de gênero. Ele inclusive insiste na ideia de que o Cristianismo cria um equívoco ao separar, por exemplo, papéis femininos e masculinos.

Ou seja, ele (o relator do relatório) assume um típico mantra da ideologia de gênero, segundo o qual a sexualidade é “construída”, “fluída”, como se não houvesse fatos objetivos acerca da natureza biológica humana.

Nesse ponto, ele está em acordo com uma das mais perniciosas ideias do anedotário filosófico, nesse caso com a que encontramos em Simone de Beauvoir, segundo a qual “ninguém nasce mulher: torna-se mulher.

Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade”. Observem: ela simplesmente descarta a biologia (a ciência) para poder separar ‘sexo’ de ‘gênero’, uma separação que serve de base para os ideólogos da nefasta “ideologia de gênero”.

Tal passagem, com efeito, não possui qualquer fundamento que não seja uma ideia … um desvario que simplesmente (e sabe-se lá em que contexto) surgiu na cabeça de sua autora.

Mas, mesmo diante disso, o relator do obtuso relatório aqui citado ainda ousa evocar a ciência, como se ela estivesse ao seu lado nessas questões referentes à sexualidade e, mesmo, à família.

No entanto, cabe notar que esse relatório não está comprometido com a ciência, mas com uma ideologia sem qualquer amparo na ciência, o qual visa tão somente dissolver os obstáculos morais que ainda servem de resistência à instituição da nova ordem mundial.

Abordarei essa questão moral especialmente na continuação desse texto.

Carlos Adriano Ferraz. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). Atualmente é professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia, no qual orienta dissertações e teses com foco em ética, filosofia política e filosofia do direito. Também é membro do movimento Docentes pela Liberdade (DPL), sendo atualmente Diretor do DPL/RS.

Fonte: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/21414/o-relatorio-da-onu-contra-o-cristianismo-parte-1-nova-ordem-mundial