
Antes de recitar a Regina Coeli no Castel Gandolfo, o papa Ratzinger enviou um recado diante dos escândalos de pedofilia a envolver alguns clérigos católicos que se desviaram das suas missões.
Na pequena cidade de Castengolfo, ele recordou que os padres são “mensageiros de Cristo” e da “sua vitória sobre o mal”. São convocados, frisou Ratzinger, “para ser anjos”.
O termo anjo, além de significar criaturas espirituais dotadas de inteligência e vontade, servidores e mensageiros de Deus, é também, explicitou o papa Ratzinger, um dos títulos mais antigos atribuídos a Jesus: “Cristo foi chamado o anjo do conselho, isto é, o anunciador. Um termo que identifica um ofício, tarefa, e não a sua natureza. Pois ele devia anunciar ao mundo o grande projeto do Pai para a restauração do homem”.
Pano Rápido. O papa Ratzinger, nesta segunda-feira, parece ter, finalmente, mudado de rota. Posicionar-se como vítima de campanha difamatória para desviar o foco da gravidade dos casos de pedofilia e do atraso em afastar os que se desencaminharam, colocou Ratzinger em descrédito.
A defesa dos frágeis, oprimidos, debilitados, foi, por Ratzinger, colocada em segundo plano. E as suas palavras na missa de Páscoa mostram o quanto se distancia do concreto e permanece no nefelibático, apesar do incêndio aos pés do trono de São Pedro. [Wálter Fanganiello Maierovitch - Terra Magazine]
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