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Há uma grande diferença entre praticar uma religião e experimentar um relacionamento com Deus. Há uma grande diferença entre religião e salvação. Há muitas religiões, mas um só Deus e um só Evangelho. Religião vem dos homens; "O Evangelho é o poder de Deus para a salvação por meio de Jesus Cristo". Religião é o ópio do povo; Salvação é presente de Deus ao homem perdido. Religião é história do homem pecador que precisa fazer alguma coisa para o seu deus imaginado. O Evangelho nos diz o que o Deus Santo fez pelo homem pecador. Religião procura um deus; O Evangelho é a Boa Nova de que Jesus Cristo procura o homem que se encontra no caminho errado. "Porque o Filho do Homem veio salvar o que se havia perdido" (Mateus 18:11). O Evangelho muda o ser humano por dentro por meio da presença do Espírito Santo de Deus em seu coração. Nenhuma religião tem um salvador ressuscitado, que perdoa os pecados e dá vida eterna, pois só Jesus Cristo venceu a morte. Por isso, dirija-se só a Jesus Cristo. Ele é o único que pode perdoar os seus pecados e lhe dar vida nova nesta vida e vida eterna no reino de Deus. "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo" (Atos 16:31). "E o sangue de Jesus , Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (I João 1:7). Receba a Jesus AGORA em seu coração como seu Salvador e como único Senhor de sua vida. "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações"; "Hoje é o dia da Salvação". E depois de aceitar a Cristo Ele diz: "Se me amais, guardai os meus mandamentos" (João 14:15). "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (João 15:10). "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" (João 14:21).

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Creia nas Promessas do Salmo 91

 

OPINIÃO: Como o Satanismo está Entranhado Irreversivelmente em Nossa Cultura. O Avanço do Flagelo dos Sacrifícios Humanos

 “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade” (Efésios 6:12).


Assim como algumas culturas são “melhores” do que outras, algumas concepções ditas “religiosas” também o são. Que quero dizer aqui com “melhores”? Ora, simplesmente que algumas culturas, valores, instituições, etc, vêm em benefício da humanidade em geral, ou, ainda, do “bem comum”, assegurando nossa prosperidade material e, mesmo, “espiritual”. E isso não apenas para aqueles que creem e reconhecem tal fato: mesmo seus descontentes colhem as benesses desses valores, dessas instituições, etc.

Abordei isso, por exemplo, aqui:

https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/12626/a-verdade-da-igreja-catolica-e-do-cristianismo

https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/12485/a-miseria-do-multiculturalismo-e-a-agonia-do-mundo-civilizado

Portanto, como mesmo alguns ateus reconhecem, a cultura cristã pavimentou o caminho para nossa prosperidade civilizacional, seja do ponto de vista teórico (na medida em que cultura cristã promoveu, por exemplo, a revolução científica) seja do ponto de vista moral, cultural, etc.

Assim sendo, de uma perspectiva moral mandamentos como “não roubar”, “não mentir”, “não matar”, “não causar dano”, “guardar a castidade”, etc, são justificáveis mesmo para sujeitos ateus ou agnósticos. Façam uma espécie de “experimento de pensamento” e imaginem um mundo sem tais freios morais. Ora, se tais freios não tivessem sido consolidados institucionalmente, muito provavelmente ou teríamos sido extintos ou estaríamos vivendo em mundos distópicos, como aqueles descritos em ficções, como a dos filmes da franquia “Mad Max”.

Isso porque existiriam, inclusive, supostas razões evolutivas para a consolidação das virtudes (‘justiça’, ‘fortaleza’, ‘temperança’, ‘sabedoria prática’, ‘fé’, ‘esperança’, ‘caridade’, etc) e de instituições como família “natural”, como teria se apercebido C.S. Lewis em “A Abolição do Homem” (1943), algo supostamente corroborado, também, em estudos recentes na área da antropologia evolutiva, como em “Shared Virtue: The Convergence of Valued Human Strengths Across Culture and History” (“Review of General Psychology”).

Desse modo, consideremos, agora, o seguinte: se o cristianismo assoalhou o caminho para nossa riqueza civilizacional, então o que aconteceria se tal pilar fosse destruído?

A resposta parece óbvia, não? Ou seja, teríamos a ruína civilizacional.

Com efeito, como tenho escrito reiteradamente em diversos outros textos aqui no Jornal da Cidade Online e na revista ‘A Verdade’, há em curso uma guerra contra a civilização, especialmente se considerarmos que o que se deseja eliminar são justamente os pilares civilizacionais, como família “natural” (homem, mulher, em uma relação de continuidade e exclusividade, com os filhos oriundos dessa relação), religião (especialmente o Cristianismo), propriedade privada, livre iniciativa, distinção entre os sexos, etc.

Observem que o foco do ataque dos bárbaros tem sido, insistentemente, esses, digamos, “alvos”. E isso vem ocorrendo por décadas, com crescente brutalidade, sobretudo contra a família “natural” e o Cristianismo.

Mas, nos perguntemos: por que essa ojeriza contra tais instituições?

Ora, em grande parte isso ocorre porque a família “natural” e o Cristianismo são, muito provavelmente, as últimas barreiras que impedem o avanço de uma agenda inumana (pois viola a ‘dignidade da pessoa humana’, estabelecendo uma espécie de hierarquia segundo a qual alguns indivíduos são indignos de viver) e totalmente hostil ao Cristianismo e àquilo que ele representa, a qual é, muitas vezes, subsumida à ideia de uma “nova ordem mundial”, mas que pode ser chamada, também, de satanismo, luciferianismo, etc.

Ou seja, se trata de uma clara oposição a tudo aquilo que o Cristianismo representa, isto é, uma reprodução da famosa frase de Lúcifer em sua manifestação de desobediência (e consequente queda): “Non serviam”. “Não servirei”.

De qualquer forma, o que eu gostaria de conjecturar aqui é o possível elemento, digamos, “metafísico”, por detrás desses ataques. Ou: estamos lutando contra ‘potestades’ e ‘principados’?

Nesse sentido, não deixa de ser interessante lembrar, aqui, do caso ocorrido com o Papa Leão XIII, possivelmente entre 1884 e 1886 (segundo Kevin Symonds, no livro “Pope Leo XIII and the Prayer to Saint Michael”, de 2015). De acordo com testemunhos e documentos, nessa ocasião o Papa Leão XIII teve uma visão terrível, a partir da qual ele elaborou, em 1886, a famosa oração a São Miguel Arcanjo, a qual ele demandou que fosse feita sempre após a Santa Missa desde então, algo que se deixou de lado posteriormente.

Em sua visão ele teria testemunhado diversos espíritos demoníacos reunidos em Roma, os quais estariam conversando com Jesus. Nesse diálogo satanás estaria dizendo que poderia destruir a Igreja de Cristo, mas que para tanto precisaria de um tempo, bem como teria que oferecer mais poder aos seus vassalos na terra. Jesus, aceitando o desafio, teria dito, então: “você tem o tempo, você terá o poder. Faça com eles o que você quiser”.

Curiosamente, ao longo do século XX acompanhamos um crescente enfraquecimento planejado de diversos fundamentos morais de nossa civilização. Sobretudo desde os anos 1960 temos visto uma degeneração de valores como ‘verdade’ (em prol do relativismo epistêmico – notem que nesse momento até a matemática está sendo relativizada, afirmando-se que a busca por respostas exatas em matemática é uma expressão de supremacia branca), ‘beleza’ (em proveito da feiura, do bizarro e hediondo), ‘moralmente correto’ (em favor do relativismo hedonista), ‘justiça’ (em nome do interesse de alguns), ‘família “natural”’ (se considerando que qualquer ajuntamento é uma família), ‘amor’ (em defesa de um sentimentalismo torpe e vulgar), etc.

E, claro, o Cristianismo é, nesse ínterim, um obstáculo, pois defende justamente os valores (morais absolutos) referidos acima, dentre outros.

Na verdade, o Cristianismo é o elo de ligação que não apenas nos oferece um sentido, mas que também assegura a coesão comunitária (fraternidade), bem como nossa plena realização humana (eudaimonia), ainda que não nos apercebamos disso, como ocorre com ateus e agnósticos, os quais, embora não creiam no aspecto metafísico do Cristianismo, usufruem de seus frutos concretos.

Assim, o que acompanhamos, ao longo de mais de um século desde a visão de Leão XIII, é o avanço de uma perspectiva satanista, luciferiana, a qual se entranhou em nossa cultura em todos os seu âmbitos e está corrompendo, e fazendo colapsar, nossas instituições, nossos valores fundamentais, talvez de forma irreversível.

E, para tanto, aqueles que, conscientemente ou não, servem como vassalos de satanás nesse mundo do qual ele é senhor, estão usando de uma estratégia que se enquadra na chamada “janela de Overton”. Ou seja, estão gradualmente inserindo na cultura elementos que, aos poucos, vão sendo aceitos e, mesmo, considerados “normais”.

No âmbito moral foi assim com o sexo pré-marital e com avanço da promiscuidade exacerbada, com a dissolução do matrimônio, com o abandono dos filhos, com a banalização do sexo não reprodutivo, com a glamourização da drogadição, da criminalidade, da vulgaridade, da estupidez, da feiura, etc.

Quanto à religião em particular, a partir de meados do século XX religiões de jaez diabólico (luciferiano) e anticristão ascenderam rapidamente, desde a ‘Thelema’, de Aleister Crowley, passando pela ‘Igreja de Satã’, de Anton LaVey, até o mais recente ‘Templo Satânico’ (fundado em 2012, nos USA), as quais têm deixado sua influência talvez irreversível em nossa cultura e, consequentemente, em nossas vidas.

O ‘Templo Satânico’, por exemplo, tem crescido e avançado por diversas cidades ao longo dos últimos anos, agregando, nesse momento, mais de 50 mil membros. Aliás, ele não se limita a uma religião, mas é, também e, talvez, sobretudo, um grupo de ativismo político, pois atua fortemente na política e no plano judiciário para impor, por esses meios, a ideologia satânica à cultura e aos costumes.

Em verdade, o ‘Templo Satânico’ usa de argumentos religiosos (liberdade religiosa) para impor suas práticas abomináveis, como, por exemplo, o sacrifício humano mediante o aborto. Segundo a ‘Organização Mundial da Saúde’ ocorrem, no mundo, em torno de 50 milhões de abortos por ano (sendo, pois, a maior causa de morte no mundo). E aqui podemos nos perguntar: não são tais homicídios sacrifícios similares àqueles que no passado eram oferecidos, por exemplo, a Moloque?

Eis que aqui entra uma informação relevante sobre isso. Nos últimos anos ganhou destaque as manifestações públicas de Zachary King, um ex adepto e “mago” do satanismo que se converteu, em 2008, ao Catolicismo, revelando, após sua conversão, quais eram as práticas nas quais ele esteve, por décadas, envolvido. Uma dessas práticas era justamente o sacrifício de crianças mediante o aborto.

Segundo seus relatos, ele participou de quase duzentos abortos, muitos deles ocorridos em clínicas, em que a criança morta (imolada) era “oferecida” a satanás. Em alguns casos o feto era devorado assim que trucidado e arrancado do ventre materno, em atos hediondos de canibalismo (cometidos inclusive pelas mães). De acordo com Zachary King, cujos relatos são aterradores, essa é uma prática comum em grupos satanistas.

E eis que agora começa a ser demandado, mediante intervenções judiciais e políticas, o “direito” de se sacrificar crianças, em abortos, em virtude da “liberdade religiosa”. Sim, o ‘Templo Satânico’ está insistentemente levando a efeito essa exigência nos USA.

Eles pretendem, mediante a ideia de “liberdade religiosa”, “normalizar” o sacrifício de crianças não nascidas a satanás como parte da “liberdade religiosa”. Ou seja, aquela barbárie que já ocorria em segredo, como revelado por Zachary King, agora se pretende tornar “normal”, isto é, uma prática “religiosa” equiparável à comunhão em uma Santa Missa.

Portanto, já não há como negar: o satanismo está entranhado em nossa cultura e, em grande medida, absorvido pela mentalidade de parte considerável das pessoas, que julgam “normal” e aceitável” práticas outrora repugnantes moralmente. Já não surpreende assistirmos “intelectuais” sugerindo a “normalização” da pedofilia, do canibalismo, do incesto, da poligamia, etc. Tudo isso está dentro de uma longa rede causal, a qual ganhou força com a “revolução sexual” e suas colateralidades, como a banalização do divórcio e a consequente dissolução familiar, a defesa do sexo não reprodutivo em suas várias formas, etc. Hoje há pessoas inclusive desejando “casar” com animais.

Aliás, atualmente há, inclusive, pessoas que se julgam animais e exigem serem tratadas desse modo (embora eu duvide que elas busquem assistência de um veterinário quando adoecem). Casos que no passado as pessoas entendiam como patológicos e carentes de internação e tratamento hoje são considerados “normais” por muitos.

Em suma, não chegamos ao atual estado abjeto “da noite para o dia”. São décadas de decadência.

Assim, ao longo dessas últimas décadas a degenerescência que temos acompanhado, na cultura, na educação, nos costumes, na mídia, na política, no judiciário, etc, revelam uma rede causal iniciada há muito tempo, de tal forma que, se hoje não há reações robustas contra as exigências do ‘Templo Satânico’, isso só é possível em virtude de termos sido dessensibilizados ao longo das gerações que nos precederam.

Aquilo que causaria, inclusive, revolta há, digamos, uma década, hoje já não surpreende. Fomos dessensibilizados para essa barbárie, assim como já não julgamos abominável a promiscuidade, a drogadição, etc, explícitas ao nosso redor.

Ou seja, o satanismo está enraizado em nossa cultura e em nós mesmos. Quando nos aperceberemos disso e reagiremos? Quando buscaremos pela nossa salvação em um mundo já perdido para o inimigo?

Carlos Adriano Ferraz não é adventista, mas concordamos com boa parte de suas opiniões e, por isso, reproduzimos mais esse texto de sua autoria aqui. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), com estágio doutoral na State University of New York (SUNY). Foi Professor Visitante na Universidade Harvard (2010). É professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

Fonte: 

https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/29085/como-o-satanismo-esta-entranhado-irreversivelmente-em-nossa-cultura-o-avanco-do-flagelo-dos-sacrificios-humanos.amp

Publicado em: 

http://www.adventistas.com/2021/04/28/opiniao-como-o-satanismo-esta-entranhado-irreversivelmente-em-nossa-cultura-o-avanco-do-flagelo-dos-sacrificios-humanos/

Hinos 01 a 10 do Hinário Adventista do Sétimo Dia - HASD - Legendado

 

10 Hinos do Hinário Adventista do Sétimo Dia - HASD

 

Em rara descoberta, arqueólogos de Israel encontram pergaminhos com texto manuscrito da Bíblia

 

Funcionária da Autoridade de Antiguidades de Israel exibe fragmentos de pergaminho bíblico de 2.000 anos


Israel revelou nesta terça-feira (16/03/2021) fragmentos de um pergaminho bíblico de 2.000 anos de antiguidade, descoberto no deserto da Judeia, no sul do país, e considerou se tratar de uma descoberta "histórica" e uma das mais importantes desde os Manuscritos do Mar Morto.

"Pela primeira vez em quase 60 anos, as escavações arqueológicas revelaram fragmentos de um pergaminho bíblico", afirma a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) em um comunicado.

Escritos em grego, os fragmentos tornaram possível, segundo pesquisadores israelenses, reconstruir passagens dos livros de Zacarias e Naum, que fazem parte do livro dos 12 profetas menores da Bíblia.

O material foi encontrado durante escavações em uma caverna em um penhasco na reserva natural Nahal Hever, no âmbito de uma campanha para combater o saque de patrimônio.

Para realizar a operação, que se estendeu pela parte do deserto da Judeia localizada na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, a AAI forneceu aos arqueólogos drones e equipamentos de montanha, incluindo cordas para descida de rapel.

Fragmentos anteriores foram descobertos por beduínos nas décadas de 1950 e 1960 nesta "caverna dos horrores", assim chamada por causa dos muitos esqueletos encontrados lá, disse Oren Ableman, da AAI.

Nestes novos fragmentos, "encontramos uma mudança textual completamente inesperada, que ainda não explicamos totalmente", disse Ableman à AFP.

Em uma passagem "em vez da palavra 'portais' encontrada nas outras versões, o termo 'ruas' aparece".

Os arqueólogos estão tentando descobrir o significado desta variação, acrescentou.

Além dos fragmentos de pergaminho, os cientistas desenterraram objetos que remontam à revolta judaica de Bar Kokhba contra os romanos (132-136 DC), assim como um esqueleto de criança mumificado de 6.000 anos de antiguidade envolto em tecido e uma cesta de 10.500 anos, provavelmente a mais antiga do mundo, acredita a AAI.

Desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, há mais de 70 anos, nas cavernas de Qumran, as cavernas rochosas do Deserto da Judeia se tornaram alvo de saqueadores de antiguidades.

Esses 900 manuscritos são considerados uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos, porque incluem textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como a versão mais antiga conhecida do Antigo Testamento.

De acordo com Israel Hasson, diretor da AAI, que expõe as peças em seu laboratório do Museu de Israel, em Jerusalém, a iniciativa lançada em 2017 tem como objetivo "salvar estas raras e importantes peças patrimoniais das garras dos ladrões".

Os arqueólogos israelenses acreditam que as cavernas serviram como refúgio para os judeus na época da destruição do Segundo Templo em Jerusalém pelos romanos em 70 d.C e durante a revolta de Bar Kokhba cerca de 65 anos depois.

De acordo com Avi Cohen, diretor do ministério de Jerusalém e Patrimônio, que financiou a escavação, o pergaminho testemunha a história judaica da região e o "elo inseparável entre as atividades culturais judaicas e nosso lugar nesta terra".

As descobertas arqueológicas são o assunto de disputas entre palestinos e israelenses, que às vezes são acusados de querer justificar reivindicações territoriais na Cisjordânia. Fonte: Yahoo.

Os Diferentes Tipos de Criacionismos Bíblicos

Ora, criacionismo é atitude de fé, que se opõe ao “cientificismo”. O criacionismo de Michelson Borges e Eduardo Lutz está muito mais próximo da Ciência e da Evolução do que da Bíblia e da Criação, como demonstra esse gráfico usado por Eugenie C. Scott, em seu livro Evolution vs. Creationism: An Introduction, pág. 64:


Para a pesquisadora Eugenie C. Scott, os terraplanistas são os literalistas bíblicos mais rigorosos. Poucos outros literalistas bíblicos mantêm interpretações tão rigorosas da Bíblia. Para eles, muitas passagens da Bíblia implicam que Deus criou uma Terra com a forma de uma moeda, não de uma bola: plana e redonda nas bordas. A forma de disco (não esférica) da Terra reflete passagens bíblicas referentes ao “círculo” da Terra (Isaías 40:22).

Como a teologia terraplanista exige que a Bíblia seja lida como literalmente verdadeira, os terraplanistas acreditam que a Terra deve ser plana (Schadewald 1991). O inglês responsável pelo renascimento do terraplanismo do século XIX, Samuel Birley Rowbotham, “citou 76 escrituras no último capítulo de sua segunda edição monumental de Earth Not a Globe ” (Schadewald 1987: 27). Muitos deles se referem a “confins da Terra” (Deuteronômio 28:64, 33:17; Salmos 98: 3, 135: 7; Jeremias 25:31) ou “quadrantes” (Apocalipse 20: 8). Para os terraplanistas — e outros literalistas — a Bíblia assume primazia sobre as informações fornecidas pela ciência; assim, porque a geologia moderna, a física, a biologia e a astronomia contradizem uma estrita interpretação bíblica, essas ciências são consideradas errôneas.

Geocentrismo

Os geocentristas aceitam que a Terra é uma esfera, mas negam que o Sol seja o centro do sistema solar. Como os terraplanistas, eles rejeitam praticamente toda a física e astronomia modernas, bem como a biologia. O geocentrismo é um componente um pouco maior, embora ainda insignificante, do antievolucionismo moderno.

Na conferência criacionista da Bible-Science Association, em 1985, o debate na sessão plenária foi entre dois geocentristas e dois heliocentristas (Bible-Science Association 1985). Da mesma forma, em 1985, o secretário da ainda influente Creation Research Society era um geocentrista publicado (Kaufmann, 1985).

Os terraplanistas e os geocentristas refletem em maior ou menor grau a percepção da Terra mantida pelos antigos hebreus, que era a de que era uma estrutura em forma de disco (Figura 2). Eles acreditavam que os céus eram sustentados por uma cúpula ( raqiya ou firmamento) que se arqueava sobre a terra e que a água circundava a terra.


O firmamento foi percebido como uma estrutura sólida, metálica, que pode ser martelada e modelada (como em Jó 37:18: “Você pode, como ele, espalhar os céus, duro como um espelho derretido?” [Todas as citações bíblicas são da Bíblia Revisada, Zondervan, 1981]). 

A superfície do firmamento é sólida o suficiente para que Deus possa andar sobre ela (como em Jó 22:14: “Nuvens espessas o envolvem, para que ele não veja, ele caminha no cofre do céu”). O Sol, a Lua e as estrelas estavam ligados ao firmamento, o que significa que esses corpos celestes circulavam a Terra sob o firmamento e, portanto, faziam parte de um universo geocêntrico. Suporte adicional à idéia de um céu sólido e um sistema solar geocêntrico é encontrado em Apocalipse 6: 13-16: “e as estrelas do céu caíram na Terra quando a figueira derrama seus frutos de inverno quando sacudida por um vendaval”.

A Bíblia também fala das águas acima do firmamento. Os hebreus antigos conceberam o firmamento apoiando um reservatório de água que veio à Terra como chuva através das “janelas do céu” e foi a fonte dos quarenta dias e noites de chuva que começaram o dilúvio de Noé.

A geocentricidade antiga e moderna reflete a idéia de que a Terra e suas criaturas — especialmente os humanos — são centrais para Deus. Para simbolizar essa importância, Deus teria feito da Terra o centro do universo. Tirar a Terra dessa posição central reduz sua importância, o que reduz (de acordo com a interpretação deles) o lugar do homem como o elemento mais importante na criação. Embora não esteja apoiando ativamentegeocentrismo, o astrônomo criacionista da jovem Terra, D. Russell Humphreys, promoveu a idéia da centralidade da Terra e dos seres humanos ao afirmar que a Terra está no centro do universo (Humphreys, 2002). 


Sua concepção de cosmologia tem a Terra central cercada por galáxias e, finalmente, uma esfera de água com anos-luz de diâmetro (as “águas que estavam acima do firmamento” de Gênesis 1: 7) (Humphreys, 2007; veja a Figura 3 acima).

O próximo grupo de criacionistas é menos biblicamente literalista que os dois anteriores, mas todos os três endossam a doutrina teológica do criacionismo especial, que enfatiza a visão de que Deus criou o universo, a Terra, as plantas e os animais e os seres humanos essencialmente em seu presente formato. A forma mais comum de criacionismo especial sustenta que o evento da criação ocorreu relativamente recentemente e é chamado de criacionismo da Terra jovem.

Criacionismo da Terra Jovem

Poucos defensores do criacionismo da Terra jovem interpretam a Terra plana e as passagens geocêntricas da Bíblia literalmente. Eles aceitam o heliocentrismo, mas rejeitam as conclusões da física moderna, astronomia, química e geologia a respeito da idade da Terra, e negam a descendência biológica com modificações. A Terra, na visão deles, tem entre 6.000 e 10.000 anos. Eles rejeitam a teoria do Big Bang e postulam mecanismos catastróficos como a causa da maioria das características geológicas do mundo. O Dilúvio de Noé, por exemplo, é supostamente responsável por esculpir o Grand Canyon e outras características geológicas.

Os criacionistas da Terra Jovem (CTJs) rejeitam a inferência de que formas de vida anteriores são ancestrais às formas posteriores. Em vez disso, eles abraçam a criação especial de “tipos” separados de plantas e animais, conforme declarado em Gênesis. A definição de tipos é inconsistente entre os CTJs, mas geralmente se refere a um nível taxonômico mais alto do que as espécies. A maioria dos CTJs aceita que Deus criou criaturas possuindo pelo menos a mesma variação genética que ocorre dentro de uma família biológica (por exemplo, a família felinae, a família bovina Bovidae) e, em seguida, ocorreu uma evolução considerável.

O tipo de gato criado teria possuído variabilidade genética suficiente para se diferenciar em leões, tigres, leopardos, pumas, linces e gatos domésticos, através dos processos microevolucionários normais de mutação e recombinação, seleção natural, deriva genética, e especiação. A maioria das ECEs vê os planos corporais básicos dos principais filos que aparecem na explosão cambriana como evidência de criação especial.

O termo criacionista da Terra jovem é freqüentemente associado aos seguidores de Henry Morris, fundador do Institute for Creation Research (ICR) e, sem dúvida, o criacionista mais influente da segunda metade do século XX. Ele e John C. Whitcomb publicaram The Genesis Flood, um trabalho seminal que alegava fornecer uma justificativa científica para o criacionismo da Terra jovem (Whitcomb e Morris 1961). Como o título sugere, os autores lêem Gênesis literalmente, incluindo não apenas a criação especial e separada de seres humanos e todos os outros tipos de plantas e animais, mas também a historicidade do dilúvio de Noé. 

Whitcomb e Morris propuseram que há evidências científicas para demonstrar a verdade do criacionismo especial: a Terra é jovem, o universo apareceu essencialmente em sua forma atual há cerca de 10.000 anos atrás, e plantas e animais apareceram em suas formas atuais como tipos criados, em vez de terem evoluído milhões de anos através de ancestrais comuns. Embora tenham sido feitos esforços durante os séculos XVIII e XIX para afirmar que uma interpretação literal da Bíblia é compatível com a ciência, O dilúvio de Gênesis foi o primeiro esforço do século XX para atrair um grande número de seguidores. 

Os anti-evolucionistas religiosos foram muito encorajados pelo pensamento de que poderia haver evidências de que a evolução não era apenas objetivamente religiosa, mas também cientificamente defeituosa. A ciência da criação foi aumentada por centenas de livros e panfletos escritos por Morris e aqueles inspirados por ele (McIver 1988).

Fonte: Clique Aqui

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Capítulo 2 — A criação

Este capítulo é baseado em Gênesis 1; 2.

Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da Sua boca”. Salmos 33:6, 9. “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.” “Lançou os fundamentos da Terra, para que não vacile em tempo algum”. Salmos 104:5. PP 17.1

Quando a Terra saiu das mãos de seu Criador, era extraordinariamente bela. Variada era a sua superfície, contendo montanhas, colinas e planícies, entrecortadas por majestosos rios e formosos lagos; as colinas e montanhas, entretanto, não eram abruptas e escabrosas, tendo em grande quantidade tremendos despenhadeiros e medonhos abismos como hoje elas são; as arestas agudas e ásperas do pétreo arcabouço da terra estavam sepultadas por sob o solo fértil, que por toda parte produzia um pujante crescimento de vegetação. Não havia asquerosos pântanos nem áridos desertos. Graciosos arbustos e delicadas flores saudavam a vista aonde quer que esta se volvesse. As elevações estavam coroadas de árvores mais majestosas do que qualquer que hoje exista. O ar, incontaminado por miasmas perniciosos, era puro e saudável. A paisagem toda sobrepujava em beleza os terrenos ornamentados do mais soberbo palácio. A hoste angélica olhava este cenário com deleite, e regozijava-se com as obras maravilhosas de Deus. PP 17.2

Depois que a Terra com sua abundante vida animal e vegetal fora suscitada à existência, o homem, a obra coroadora do Criador, e aquele para quem a linda Terra fora preparada, foi trazido em cena. A ele foi dado domínio sobre tudo que seus olhos poderiam contemplar; pois “disse Deus: Façamos o homem à Nossa imagem, conforme à Nossa semelhança; e domine [...] sobre toda a Terra”. “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem; [...] homem e mulher os criou”. Gênesis 1:26, 27. Aqui está claramente estabelecida a origem da raça humana; e o relato divino refere tão compreensivelmente que não há lugar para conclusões errôneas. Deus criou o homem à Sua própria imagem. Não há aqui mistério. Não há lugar para a suposição de que o homem evoluiu, por meio de morosos graus de desenvolvimento, das formas inferiores da vida animal ou vegetal. Tal ensino rebaixa a grande obra do Criador ao nível das concepções estreitas e terrenas do homem. Os homens são tão persistentes em excluir a Deus da soberania do Universo, que degradam ao homem, e o despojam da dignidade de sua origem. Aquele que estabeleceu os mundos estelares nos altos céus, e com delicada perícia coloriu as flores do campo, Aquele que encheu a Terra e os céus com as maravilhas de Seu poder, vindo a coroar Sua obra gloriosa a fim de pôr em seu meio alguém para ser o governador da linda Terra, não deixou de criar um ser digno das mãos que lhe deram vida. A genealogia de nossa raça, conforme é dada pela inspiração, remonta sua origem não a uma linhagem de micróbios, moluscos e quadrúpedes a se desenvolverem, mas ao grande Criador. Posto que formado do pó, Adão era filho “de Deus”. Lucas 3:38. PP 17.3

Ele foi posto, como representante de Deus, sobre as ordens inferiores de seres. Estes não podem compreender ou reconhecer a soberania de Deus, todavia foram feitos com capacidade de amar e servir ao homem. Diz o salmista: “Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das Tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: [...] os animais do campo, as aves dos céus, [...] e tudo o que passa pelas veredas dos mares”. Salmos 8:6-8. PP 18.1

O homem deveria ter a imagem de Deus, tanto na aparência exterior como no caráter. Cristo somente é a “expressa imagem” do Pai (Hebreus 1:3); mas o homem foi formado à semelhança de Deus. Sua natureza estava em harmonia com a vontade de Deus. A mente era capaz de compreender as coisas divinas. As afeições eram puras; os apetites e paixões estavam sob o domínio da razão. Ele era santo e feliz, tendo a imagem de Deus, e estando em perfeita obediência à Sua vontade. PP 18.2

Ao sair o homem das mãos do Criador era de elevada estatura e perfeita simetria. O rosto trazia a rubra coloração da saúde, e resplendia com a luz da vida e com alegria. A altura de Adão era muito maior do que a dos homens que hoje habitam a Terra. Eva era um pouco menor em estatura; contudo suas formas eram nobres e cheias de beleza. Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais; estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los. PP 18.3

Depois da criação de Adão, toda criatura vivente foi trazida diante dele para receber seu nome; ele viu que a cada um fora dada uma companheira, mas que entre eles “não se achava adjutora que estivesse como diante dele”. Gênesis 2:20. Entre todas as criaturas que Deus fez sobre a Terra, não havia uma igual ao homem. E disse “Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele”. Gênesis 2:18. O homem não foi feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser amado. PP 18.4

O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma “adjutora” — ajudadora esta que lhe correspondesse — a qual estava em condições de ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deve existir nesta relação. “Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta”. Efésios 5:29. “Portanto deixará o varão a seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. Gênesis 2:24. PP 18.5

Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. “Venerado [...] seja o matrimônio” (Hebreus 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral. PP 19.1

“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente; e pôs ali o homem que tinha formado”. Gênesis 2:8. Tudo o que Deus havia feito era a perfeição da beleza, e nada parecia faltar do que pudesse contribuir para a felicidade do santo par; deu-lhes, contudo, o Criador ainda outra demonstração de Seu amor, preparando um jardim especialmente para ser o seu lar. Neste jardim havia árvores de toda variedade, muitas das quais carregadas de deliciosos frutos. Havia lindas trepadeiras, que cresciam eretas, apresentando todavia um graciosíssimo aspecto, com seus ramos pendendo sob a carga de tentadores frutos, dos mais belos e variados matizes. Era o trabalho de Adão e Eva amoldar os ramos da trepadeira de maneira a formar caramanchéis, fazendo assim, para si, com as árvores vivas, moradas cobertas com folhagem e frutos. Havia fragrantes flores de toda cor, em grande profusão. No meio do jardim estava a árvore da vida, sobrepujando em glória a todas as outras árvores. Seu fruto assemelhava-se a maçãs de ouro e prata, e tinha a propriedade de perpetuar a vida. PP 19.2

A criação estava agora completa. “Os céus, e a Terra e todo o seu exército foram acabados”. Gênesis 2:1. “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom”. Gênesis 1:31. O Éden florescia sobre a Terra. Adão e Eva tinham franco acesso à árvore da vida. Nenhuma mancha de pecado ou sombra de morte deslustrava a formosa criação. “As estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”. Jó 38:7. PP 19.3

O grande Jeová lançara os fundamentos da Terra; ornamentara o mundo inteiro nas galas da beleza, e enchera-o de coisas úteis ao homem; criara todas as maravilhas da Terra e do mar. Em seis dias a grande obra da Criação se cumprira. E Deus “descansou no sétimo dia de toda Sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra, que Deus criara e fizera”. Gênesis 2:2, 3. Deus olhou com satisfação para a obra de Suas mãos. Tudo era perfeito, digno de seu Autor divino; e Ele descansou, não como alguém que estivesse cansado, mas satisfeito com os frutos de Sua sabedoria e bondade, e com as manifestações de Sua glória. PP 19.4

Depois de repousar no sétimo dia, Deus o santificou, ou pô-lo à parte, como dia de repouso para o homem. Seguindo o exemplo do Criador, deveria o homem repousar neste santo dia, a fim de que, ao olhar para o céu e para a Terra, pudesse refletir na grande obra da criação de Deus; e para que, contemplando as provas da sabedoria e bondade de Deus, pudesse seu coração encher-se de amor e reverência para com o Criador. PP 20.1

No Éden, Deus estabeleceu o memorial de Sua obra da criação, depondo a Sua bênção sobre o sétimo dia. O sábado foi confiado a Adão, pai e representante de toda a família humana. Sua observância deveria ser um ato de grato reconhecimento, por parte de todos os que morassem sobre a Terra, de que Deus era seu Criador e legítimo Soberano; de que eles eram a obra de Suas mãos, e súditos de Sua autoridade. Assim, a instituição era inteiramente comemorativa, e foi dada a toda a humanidade. Nada havia nela prefigurativo, ou de aplicação restrita a qualquer povo. PP 20.2

Deus viu que um repouso era essencial para o homem, mesmo no Paraíso. Ele necessitava pôr de lado seus próprios interesses e ocupações durante um dia dos sete, para que pudesse de maneira mais ampla contemplar as obras de Deus, e meditar em Seu poder e bondade. Necessitava de um sábado para, de maneira mais vívida, o fazer lembrar de Deus, e para despertar-lhe gratidão, visto que tudo quanto desfrutava e possuía viera das benignas mãos do Criador. PP 20.3

Era o desígnio de Deus que o sábado encaminhasse a mente dos homens à contemplação de Suas obras criadas. A natureza fala aos sentidos, declarando que há um Deus vivo, Criador e supremo Governador de tudo. “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite”. Salmos 19:1, 2. A beleza que reveste a Terra é um sinal do amor de Deus. Podemos vê-Lo nas colinas eternas, nas árvores altaneiras, no botão que se entreabre, e nas delicadas flores. Tudo nos fala de Deus. O sábado, apontando sempre para Aquele que tudo fez, ordena aos homens abrirem o grande livro da natureza, e rastrear ali a sabedoria, o poder e o amor do Criador. PP 20.4

Nossos primeiros pais, se bem que criados inocentes e santos, não foram colocados fora da possibilidade de praticar o mal. Deus os fez como entidades morais livres, capazes de apreciar a sabedoria e benignidade de Seu caráter, e a justiça de Suas ordens, e com ampla liberdade de prestar obediência ou recusá-la. Deviam desfrutar comunhão com Deus e com os santos anjos; antes, porém, que pudessem tornar-se eternamente livres de perigo, devia ser provada sua fidelidade. No início mesmo da existência do homem, um empecilho fora posto ao desejo de satisfação própria, paixão fatal que está na base da queda de Satanás. A árvore da ciência, que se achava próxima da árvore da vida, no meio do jardim, devia ser uma prova da obediência, fé e amor de nossos primeiros pais. Ao mesmo tempo em que se lhes permitia comer livremente de todas as outras árvores, era-lhes proibido provar desta, sob pena de morte. Deviam também estar expostos às tentações de Satanás; mas, se resistissem à prova, seriam finalmente colocados fora de seu poder, para desfrutarem o favor perpétuo de Deus. PP 20.5

Deus pôs o homem sob a lei, como condição indispensável de sua própria existência. Ele era um súdito do governo divino, e não pode haver governo sem lei. Deus poderia ter criado o homem sem a faculdade de transgredir a Sua lei; poderia ter privado a mão de Adão de tocar no fruto proibido; neste caso, porém, o homem teria sido, não uma entidade moral, livre, mas um simples autômato. Sem liberdade de opção, sua obediência não teria sido voluntária, mas forçada. Não poderia haver desenvolvimento de caráter. Tal maneira de agir seria contrária ao plano de Deus ao tratar Ele com os habitantes de outros mundos. Seria indigna do homem como um ser inteligente, e teria apoiado a acusação, feita por Satanás, de governo arbitrário por parte de Deus. PP 21.1

Deus fez o homem reto; deu-lhe nobres traços de caráter, sem nenhum pendor para o mal. Dotou-o de altas capacidades intelectuais, e apresentou-lhe os mais fortes incentivos possíveis para que fosse fiel a seu dever. A obediência, perfeita e perpétua, era a condição para a felicidade eterna. Sob esta condição teria ele acesso à árvore da vida. PP 21.2

O lar de nossos primeiros pais deveria ser um modelo para outros lares, ao saírem seus filhos para ocuparem a Terra. Aquele lar, embelezado pela mão do próprio Deus, não era um suntuoso palácio. Os homens, em seu orgulho, deleitam-se com edifícios magnificentes e custosos, e gloriam-se com as obras de suas mãos; mas Deus colocou Adão em um jardim. Esta era a sua morada. O céu azul era a sua cúpula; a terra, com suas delicadas flores e tapete de relva viva, era o seu pavimento; e os ramos folhudos das formosas árvores eram o seu teto. De suas paredes pendiam os mais magnificentes adornos — obra do grande e magistral Artífice. No ambiente em que vivia o santo par havia uma lição para todos os tempos, a lição de que a verdadeira felicidade é encontrada, não na satisfação do orgulho e luxo, mas na comunhão com Deus mediante Suas obras criadas. Se os homens dessem menos atenção às coisas artificiais, e cultivassem maior simplicidade, estariam em muito melhores condições de corresponderem com o propósito de Deus em Sua criação. O orgulho e a ambição nunca se satisfazem; aqueles, porém, que são verdadeiramente sábios encontrarão um prazer real e enobrecedor nas fontes de alegria que Deus colocou ao alcance de todos. PP 21.3

Aos moradores do Éden foi confiado o cuidado do jardim, “para o lavrar e o guardar”. Sua ocupação não era cansativa, antes agradável e revigoradora. Deus indicou o trabalho como uma bênção para o homem, a fim de ocupar-lhe o espírito, fortalecer o corpo e desenvolver as faculdades. Na atividade mental e física Adão encontrava um dos mais elevados prazeres de sua santa existência. E quando, como resultado de sua desobediência, foi ele expulso de seu belo lar, e obrigado a lutar com o obstinado solo para ganhar o pão cotidiano, aquele mesmo trabalho, se bem que grandemente diverso de sua deleitável ocupação no jardim, foi uma salvaguarda contra a tentação, e fonte de felicidade. Aqueles que consideram o trabalho como maldição, acompanhado embora de cansaço e dor, estão acalentando um erro. Os ricos freqüentemente olham com desdém para as classes trabalhadoras; mas isto está inteiramente em desacordo com o propósito de Deus ao criar o homem. O que são as posses do mais rico mesmo, em comparação com a herança proporcionada ao nobre Adão? Contudo, Adão não devia estar ocioso. Nosso Criador, que compreende o que é necessário para a felicidade do homem, designou a Adão o seu trabalho. A verdadeira alegria da vida é encontrada apenas pelos homens e mulheres do trabalho. Os anjos são diligentes obreiros; são ministros de Deus para os filhos dos homens. O Criador não preparou lugar algum para a prática estagnante da indolência. PP 22.1

Enquanto permanecessem fiéis a Deus, Adão e sua companheira deveriam exercer governo sobre a Terra. Deu-se-lhes domínio ilimitado sobre toda a coisa vivente. O leão e o cordeiro brincavam pacificamente em redor deles, ou deitavam-se-lhes os pés. Os ditosos pássaros esvoaçavam ao seu redor, sem temor; e, ao ascenderem seus alegres cantos em louvor ao Criador, Adão e Eva uniam-se a eles em ações de graças ao Pai e ao Filho. PP 22.2

O santo par não era apenas filhos sob o cuidado paternal de Deus, mas estudantes a receberem instrução do Criador todo-sabedoria. Eram visitados pelos anjos, e concedia-se-lhes comunhão com seu Criador, sem nenhum véu protetor de separação. Estavam cheios do vigor comunicado pela árvore da vida, e sua capacidade intelectual era apenas pouco menor do que a dos anjos. Os mistérios do Universo visível — “maravilhas dAquele que é perfeito nos conhecimentos” (Jó 37:16) — conferiam-lhes uma fonte inesgotável de instrução e deleite. As leis e operações da natureza, que têm incitado o estudo dos homens durante seis mil anos, estavam-lhes abertas à mente pelo infinito Construtor e Mantenedor de tudo. Entretinham conversa com a folha, com a flor e a árvore, aprendendo de cada uma os segredos de sua vida. Com cada criatura vivente, desde o poderoso leviatã que folga entre as águas, até o minúsculo inseto que flutua no raio solar, era Adão familiar. Havia dado a cada um o seu nome, e conhecia a natureza e hábitos de todos. A glória de Deus nos Céus, os mundos inumeráveis em suas ordenadas revoluções, “o equilíbrio das grossas nuvens” (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite, tudo estava patente ao estudo de nossos primeiros pais. Em cada folha na floresta, ou pedra nas montanhas, em cada estrela brilhante, na terra, no ar, e no céu, estava escrito o nome de Deus. A ordem e harmonia da criação falavam-lhes de sabedoria e poder infinitos. Estavam sempre a descobrir alguma atração que lhes enchia o coração de mais profundo amor, e provocava novas expressões de gratidão. PP 22.3

Enquanto permanecessem fiéis à lei divina, sua capacidade para saber, vivenciar e amar, cresceria continuamente. Estariam constantemente a adquirir novos tesouros de saber, a descobrir novas fontes de felicidade, e a obter concepções cada vez mais claras do incomensurável, infalível amor de Deus. PP 23.1