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Há uma grande diferença entre praticar uma religião e experimentar um relacionamento com Deus. Há uma grande diferença entre religião e salvação. Há muitas religiões, mas um só Deus e um só Evangelho. Religião vem dos homens; "O Evangelho é o poder de Deus para a salvação por meio de Jesus Cristo". Religião é o ópio do povo; Salvação é presente de Deus ao homem perdido. Religião é história do homem pecador que precisa fazer alguma coisa para o seu deus imaginado. O Evangelho nos diz o que o Deus Santo fez pelo homem pecador. Religião procura um deus; O Evangelho é a Boa Nova de que Jesus Cristo procura o homem que se encontra no caminho errado. "Porque o Filho do Homem veio salvar o que se havia perdido" (Mateus 18:11). O Evangelho muda o ser humano por dentro por meio da presença do Espírito Santo de Deus em seu coração. Nenhuma religião tem um salvador ressuscitado, que perdoa os pecados e dá vida eterna, pois só Jesus Cristo venceu a morte. Por isso, dirija-se só a Jesus Cristo. Ele é o único que pode perdoar os seus pecados e lhe dar vida nova nesta vida e vida eterna no reino de Deus. "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo" (Atos 16:31). "E o sangue de Jesus , Seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (I João 1:7). Receba a Jesus AGORA em seu coração como seu Salvador e como único Senhor de sua vida. "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações"; "Hoje é o dia da Salvação". E depois de aceitar a Cristo Ele diz: "Se me amais, guardai os meus mandamentos" (João 14:15). "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (João 15:10). "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" (João 14:21).

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O CRISTÃO E A PORNOGRAFIA



LIDANDO COM A PORNOGRAFIA

Por: Jaime Kemp

1. Pornografia obscurece a forma como vemos nosso próximo
Aquele (a) que se utiliza da pornografia é induzido (a) a enxergar as outras pessoas como objeto de seu prazer. Nosso próximo deve ser visto com respeito. O apóstolo Paulo diz que devemos evitar o pecado da imoralidade (1 Ts 4.3). O que pode ser dito de algo que reduz o corpo humano a um simples objeto? Esses objetos de luxuria são pessoas reais, reduzidas a ferramentas de performance sexual, desumanizadas e "coisifícadas".

2. Pornografia é um convite para a imoralidade sexual
Neste mundo manipulado digitalmente, todo pôster de revistas pornográficas apresenta modelos com corpos perfeitos, esculpidos com os mais modernos softwares e em poses que induzem à fantasia. Sexo antes do casamento, adultério, sexo em grupo, homossexualismo, bi- sexualismo, como também outros desdobramentos mais sórdidos podem ser encontrados e são promovidos segundo o "paladar" dos solicitantes.

3. Pornografia com violência estimula o comportamento agressivo
Os consumidores de pornografia violenta tornam-se mais agressivos com as mulheres do que propriamente desejosos delas. Muitos deles motivados pela incidência acabam gradualmente aceitando que a parte passiva merece o que está recebendo. A sensibilidade, o cavalheirismo, o autocontrole e a paciência desses usuários acaba diminuindo sensivelmente.

4. Pornografia pode abalar a fidelidade e a intimidade do casamento
A exposição ao matéria! de sexo explícito resulta em maior expectativa pela atividade sexual, maior tolerância por formas de aberração sexual, promove sentimentos de baixa-estima nas mulheres e menor satisfação de sentimento para o homem. Jovens envolvidos em pornografia podem falsamente aferir que "estão tendo experiências sexuais", quando estão na verdade, construindo padrões que poderão prejudicar significativamente o relacionamento de seu futuro casamento, pois estabelecem ilusões quanto ao relacionamento físico do casa!.

5. Pornografia provoca um impacto devastador em crianças
Nos dias de hoje, um grande número de crianças mais cedo ou mais tarde acaba tendo contato com a pornografia. Muitas delas não somente têm acesso mas tornam-se usuárias até mesmo antes dos doze anos de idade. Acabam pegando revistas, assistindo vídeos, sintonizando estações a cabo, ou navegando em sites pornográficos na Internet. Inevitavelmente ocorre algum tipo de experiência sexual distorcida, com resultados nocivos à própria sexualidade. Além do mais, esse tipo de mergulho compromete sensivelmente as emoções de uma criança. Ela não possui capacidade para decidir sobre as situações mais simples de sua vida, quanto mais sobre algo tão complexo quanto a sexualidade humana!

6. Pornografia vicia
Quando dirigimos nosso apetite sexual para vídeos de sexo explícito, filmes, revistas e internei, nos colocamos em uma posição de querer sempre mais. Da mesma forma que o álcool e drogas, a pornografia também agarra suas vítimas, tornando-as dependentes. Ela paralisa a vida. Perverte a perspectiva de futuro, distorce relacionamentos e inviabiliza que Deus use nossas vidas.


PORNOGRAFIA NA INTERNET


O PROBLEMA: Muitos cristãos, especialmente homens, visitam regularmente sites pornográficos na Internet. De muitas fontes, obtivemos relatórios afirmando que, de quinze a vinte por cento de todos os sites acossados da web, tanto de locais de trabalho como em campus universitários, são pornográficos. Na noite anterior à preparação deste material, foi registrada uma afluência de 50% de assinantes de um determinado provedor, à sites pornográficos.
As conseqüências são certíssimas e vão desde uma mancha na reputação, até culpa espiritual, expulsão da escola, perda de emprego, ou até mesmo divórcio. Não é de se admirar que o número de negócios obtidos na área pornográfica tem crescido de forma assustadora.
O aumento numérico de cristãos não implica, também, que os mesmos possuam uma vida saudável espiritualmente falando. A decorrência acaba sendo de sentimento de culpa por parte de muitos fiéis que passam a vestir a máscara de hipocrisia, devido à grande incidência de pensamentos impuros, sensuais não confessados, não tratados devidamente, por desconhecimento.
O aumento dos usuários de pornografia aumentou consideravelmente devido à cinco elementos relativos à tecnologia utilizada pela Internet:

1. Acesso: Qualquer usuário da Internet consegue acessar sites pornográficos, com suas inúmeras possibilidades, sendo a maioria deles gratuita. Como se não bastasse, alguns desses sites são simulados, tendo nomes e acessos tão normais, que muitas vezes chega-se até eles por mero acaso.

2. Anonimato: Não é mais necessário correr o risco de ser reconhecido na fila de cinemas com filmes pornográficos, nem de encontrar alguém na locadora ao retirar da prateleira um filme comprometedor. A Internet é muito conveniente pois protege a identidade do usuário.

3. Privacidade: Pelo fato de geralmente utilizarmos os computadores em locais fechados, é possível navegar por mares pornográficos sem medo de ser pego pela família. Em caso de alguma interferência é necessário somente apertar um botão e lá se vai a imagem comprometedora embora.

4. Velocidade: Pode-se fazer "download" de uma imagem, aproximando ou afastando-a, conforme a conveniência. A velocidade tornou mais fácil o acesso, que antes demorava mais tempo. Nem esperar mais é preciso!

5. Independência: A Internet não pode ser efetivamente controlada por nenhum órgão de censura. Nem mesmo os mais sofisticados softwares bloqueadores, conseguem impedir que sejam acossados o crescente número de sites com as mais diferentes nomeações.


UM CAMINHO PARA A LIBERDADE

1. As pessoas viciadas em pornografia precisam admitir sua dependência e procurar ajuda.
2. Esposas ao serem pressionadas por seus maridos para assistir material pornográfico devem negar-se a fazê-lo.
3. Se você é um usuário iniciante de pornografia, pare agora! Não continue! Leia 1 Coríntios 10.12: "Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!" Cada vez que você assiste algum programa pornográfico (seja qual for o meio utilizado, revista, filme, vídeo, TV, etc.) as imagens recebidas influenciam seu conceito da dignidade feminina, a qual é determinada em nosso inconsciente.
4. Se você é um usuário constante, fale com algum amigo de confiança sobre seu problema e procure ajuda profissional.
5. Procure freqüentar algum tipo de grupo para o qual você tenha que prestar contas, cujas pessoas também tenham esse tipo de problema ou algum outro semelhante (do tipo alcoólicos anônimos).
6. O maior antídoto contra pornografia é preencher a mente com pensamentos que sejam limpos e puros: "Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for amável, tudo o que for puro, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas" (Filipenses 4.8).
7. Tome a decisão de não comprar nenhum vídeo pornográfico, revista e nem de navegar em sites pomo.
8. Não chegue nem perto de lojas que vendam qualquer tipo de material pornográfico.
9. Fique de olhos abertos para ver os livros e revistas que seus filhos estão lendo, os programas que assistem na TV (especialmente se for a cabo), os filmes de cinema que possam estar indo, e finalmente os locais acossados pela Internet. Procure estar sempre por dentro de onde seus filhos estão e o que estão fazendo. Conheça seus amigos, convidando-os a virem à sua casa. Procure perceber alguma hesitação ao solicitar que os convide.
10. Fale de forma positiva e aberta sobre sexo na frente de seus filhos. Não conte, nem ouça piadas vulgares ou sensuais e não permita que seus filhos usem linguagem de baixo calão.


O QUE A PALAVRA DE DEUS TEM A NOS DIZER SOBRE ESSE ASSUNTO?

1. A nudez entre o marido e sua esposa não é condenada na Bíblia. Gn 2.24-25
2. O prazer sexual entre o marido e sua esposa não são condenados na Bíblia - Cântico dos Cânticos de Salomão.
3. A Bíblia condena a relação sexual fora dos laços conjugais (Hb 13.4).
4. A Bíblia condena o abuso de crianças (Mt 18.6-10).
5. A Bíblia nos adverte sobre a luxúria e os apetites carnais (1 Co 1.2; Mt 5.27-28; 1 Co 6.15-16).
6. A Bíblia nos aconselha a evitar piadas sujas, linguagem xula, que possa encorajar e descrever qualquer imoralidade sexual (Ef 5.3,4).
7. A Bíblia indica que pornografia pode causar perturbação emocional (2 Pd 2.7-8).
8. A Bíblia nos adverte a evitar qualquer aparência do mal (1 Ts 5.22).

ARTIGOS DA REVISTA DIÁLOGO


Artigos:

Aagaard, Earl. (1999). As implicações morais do darwinismo. Diálogo, 11(2), 5-7.
Aagaard, Earl. (2003) Como o crente aborda as ciências. Diálogo, 15 (2), 5-7.
Agard, E. Theodore. (2000). Quão grande é seu Deus? Diálogo, 12(2), 5-6, 13.
Andreasen, Niels-Erik. (2004). Eu sei em quem tenho crido. Dialogue, 16(2), 15-17.
Aranda Fraga, Fernando. (1997). Pósmodernismo e Nova Era: as conexões sutis. Diálogo, 9(3), 10-12.
Bacchiochi, Samuele. (1995). Que Devo Vestir? Diálogo, 7(2), 16-18, 27.
Bacchiocchi, Samuele. (1996). Uma perspectiva cristã do sexo. Diálogo, 8(1), 9-11.
Bacchiocchi, Samuele. (1998). Inferno: Tormento eterno ou aniquilamento? Diálogo, 10(3), 9-12.
Badenas, Roberto. (1999). Em nome da lei! Diálogo, 11(1), 17-19, 28.
Baldwin, John T. (1996). Deus, o pardal e a jibóia esmeraldina. Diálogo, 8(3), 5-8.
Baldwin, John T. (2002). Guardas do jardim: os cristãos e o meio ambiente. Diálogo, 14(1), 8-11.
Beach, Bert B. (1997). O cristão e a política. Diálogo, 9(1), 5-6.
Beeson, Larry. (1999). A vantagem adventista. Diálogo, 11(2), 8-11.
Berecz, John M. (2000). Perdão: Uma fórmula para novos começos. Diálogo, 12(1), 5-8.
Brand, Leonard R. (1994). Pegadas nas Areias do Tempo. Diálogo, 6(2), 9-12, 33.
Brand, Leonard. (2002). Fé e ciência podem coexistir? Diálogo, 14(3), 12-14, 33.
Carbonell, Nancy J. (2000). Conversa interior: Como fazê-la funcionar. Diálogo, 12(3), 5-6, 33.
Carr, Mark F. e Winslow, Gerald R. (2002). Dieta sem carne: além da aceitação intelectual? Diálogo, 14(2), 8-11, 27.
Carstens, Jon A. (1996). Rembrandt: A jornada espiritual de um artista. Diálogo, 8(1), 16-18.
Case, Steve. (1994). Podemos Dançar? Diálogo, 6(2), 16-17, 29.
Caviness, Linda. (2004). A ligação mente-corpo: algumas descobertas recentes. Dialogue, 16(2), 11-14, 35.
Chartier, Gary. (2005). O cristão nos negócios: além da honestidade. Dialogue, 17(1), 5-8.
Clausen, Benjamin L. (1995). Pode Um Cientista Também Ser Cristão? Diálogo, 7(3), 8-10.
Coffen, Richard W. (1995). Quando Deus Derrama Lágrimas. Diálogo, 7(1), 9-11.
Coffin, Harold G. (1994). O Carvão: Como Se Originou? Diálogo, 6(1), 16-19.
Cooper, Lowell C. (2003) Perfil de uma igreja em mudança. Diálogo, 15 (1), 5-8.
Cushman, Judy. (1997). Suicídio: o que você deveria saber. Diálogo, 9(1), 7-9.
Davidson, Richard M. (1994). No Princípio: Como Interpretar Gênesis 1. Diálogo, 6(3), 9-12.
de Camargo Vieira, Ruy Carlos. (1997). Isaac Newton: cientista e teólogo. Diálogo, 9(3), 7-9.
de Groot, Mart. (1998). O Modelo do Big Bang: Uma avaliação. Diálogo, 10(1), 9-12.
de Groot, Mart. (1999). Ciência e religião: Em busca de um alvo comum? Diálogo, 11(3), 9-12.
de Groot, Mart. (2005). Gênesis e o cosmos: um quadro unificado? Dialogue, 17(1), 15-17.
Douglas, Walter. (2001). Ele tinha compaixão deles: A atitude de Cristo para com os pobres. Diálogo, 13(2), 15-17.
Douglass, Herbert E. (1998). Ellen White e a Teologia Adventista. Diálogo, 10(1), 13-15, 19.
Doukhan, Jacques B. (1996). A sinagoga e a igreja. Diálogo, 8(2), 15-17.
Doukhan, Lilianne. (2003) Como adoraremos? Diálogo, 15 (3), 17-19.
Dudley, Roger e Peggy . (2002). Como conversar com quem você ama. Diálogo, 14(3), 5-8.
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Dybdahl, Jon. (1995). Há Esperança para os Não- Evangelizados? Diálogo, 7(1), 16-17, 29.
Dyjack, David e Angela Bennett Dyjack. (2000). Meio ambiente e os riscos à saúde. Diálogo, 12(3), 14-17.
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Esperante, Raúl. (2004). Tempo, fé e fósseis de baleias. Dialogue, 16(2), 5-7.
Ford, Dwain L. (1996). “Você nunca completará seus estudos de pósgraduação”. Diálogo, 8(3), 16-18.
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Garcia-Marenko, Emílio e Ada. (1994). Preparandose para um Casamento Feliz. Diálogo, 6(2), 5-8.
Gashugi, Leonard K. (2000). Nem tudo está à venda: Uma perspectiva bíblica sobre economia. Diálogo, 12(1), 16-19.
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Núñez, Miguel Angel. (2006). Não há desculpas para a violência doméstica. Dialogue, 18(1), 15-17.
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Pereyra, Mario. (1999). De homo sapiens a homo videns. Diálogo, 11(3), 13-15, 19.
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Van Pelt, Nancy L. (2000). Depois das núpcias vem o casamento. Diálogo, 12(2), 7-9, 17.
Van Pelt, Nancy L. (2001). Conversa franca sobre pureza sexual. Diálogo, 13(2), 12-14, 25.
Van Pelt, Nancy L. (2003) Esperando pelo sexo. Diálogo, 15 (1), 13-15.
Van Pelt, Nancy. (2006). O que é essa coisa chamada amor? Dialogue, 18(1), 9-11.
Viera, Juan Carlos. (1995). Avanço Adventista na América Latina. Diálogo, 7(2), 13-15.
Vyhmeister, Nancy. (2004). Jesus Cristo: Mito ou história? Dialogue, 16(1), 11-13.
Walters, James W. (1979). É Koko uma pessoa? Diálogo, 9(2), 15-17, 34.
Ward, Ewan e Hancock, Marty. (2003) Planejamento inteligente: Desafio da bioquímica à evolução darwinista? Diálogo, 15 (2), 11-14, 17.
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Whidden, Woodrow W. (2004). A Trindade: por que é importante? Dialogue, 16(3), 11-13.
Williams, DeWitt S. (2003) O fator amizade. Diálogo, 15 (2), 15-17.
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REFLEXÃO PARA A PÁSCOA



O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA

Por: Jorge Schemes

É tempo de páscoa, é tempo de reflexão. Nada melhor do que uma história para ilustrar o verdadeiro espírito e significado desta data. Certa vez, numa pequena cidade do interior havia uma pequena, mas muito bem cuidada escola pública de Ensino Fundamental. Nela, estudavam crianças e adolescentes de várias classes sociais. Havia nesta escola uma turma muito especial, era a 4ª série “c” da professora Lylla. Era uma turma especial porque nela estudava o pequeno e franzino Jeremias, uma criança muito inteligente, porém muito doente e com muitas limitações físicas. Lylla era uma professora comprometida e muito bem preparada. Amava o que fazia e amava mais ainda os seus alunos, os quais conhecia muito bem e chamava pelo nome. O carinho da turma pela professora era evidente. Todos os dias as crianças competiam entre si nas demonstrações de afeto à jovem professora. As aulas eram dinâmicas e muito bem planejadas, de tal maneira que os alunos sentiam prazer em participar do processo de ensino e aprendizagem. Era a semana que antecedia a semana da páscoa. Mais precisamente uma sexta-feira. No outro final de semana seria a data tão esperada. Todos na escola só falavam do que queriam ganhar, e é claro que os ovos de chocolate estavam no topo da lista dos presentes favoritos da criançada. E os alunos da professora Lylla não eram exceção. Estavam eufóricos com o clima festivo da data, afinal, ganhar presentes e chocolates nunca é demais quando se é criança. Diante do entusiasmo e motivação da turma, Lylla propôs um desafio aos seus alunos. Solicitou que todos participassem de coração. A professora pediu para que cada aluno e aluna da 4ª série “c” fizesse o seu melhor na confecção de um ovo de madeira. Todavia, este ovo de madeira deveria ser partido ao meio e oco por dentro. A turminha vibrou com a idéia, mas não demorou muito para que começassem a fazer perguntas. _ Professora, argumentou Priscila, não será fácil fazer este ovo sozinha, posso pedir a ajuda do meu avô? Lylla respondeu prontamente que sim, que todos poderiam pedir ajuda e aproveitou para explicar para toda a classe que o tamanho do ovo não importava, desde que ele fosse oco por dentro. Gustavo, que adorava pintar seus desenhos, logo perguntou: _ Podemos pintar e colorir o ovo de madeira professora? _ Claro que sim, respondeu Lylla, será ótimo que vocês usem toda criatividade possível. Enquanto a turma estava agitada e conversando uns com os outros sobre a confecção do ovo de madeira, Jeremias estava calado “no seu cantinho” e parecia um pouco preocupado. Foi então que uma de suas colegas de sala percebeu isso e falou em voz alta: _ Mas professora, e o Jeremias? Como ele vai poder fazer este trabalho? A preocupação de Victoria tinha fundamento. É que Jeremias não tinha uma boa coordenação motora devido a problemas neurológicos, os quais o impediam de andar e movimentar braços e mãos normalmente, de modo que sua locomoção era lenta e os movimentos mais simples eram difíceis de realizar. A turma ainda não estava acostumada com Jeremias, pois ele estava com eles fazia apenas uns dois meses, desde que começaram as aulas naquele ano. Depois da fala de Victoria o burburinho foi cedendo lugar ao silêncio e os olhos de todos se voltaram para os fundos da sala de aula, atingindo diretamente o olhar assustado de Jeremias. A professora percebeu sua timidez e constrangimento e procurou ser muito sensível ao perguntar para Jeremias se ele gostaria de participar da atividade proposta. Jeremias tinha dificuldades até mesmo para se expressar verbalmente, embora sua inteligência fosse aguçada e sua capacidade cognitiva fosse uma das melhores da classe. Mesmo diante da situação e de suas limitações, Jeremias afirmou que gostaria de fazer o seu ovo de madeira, e disse mais, disse que a páscoa era sua data preferida. Lylla o elogiou e disse que acreditava no seu potencial e capacidade. A turma começou a conversar baixinho e dentre as conversas que foram surgindo logo apareceram aquelas preconceituosas. _ Será que Jeremias entendeu o que a professora pediu? _ Será que ele conseguirá fazer o seu ovo de madeira? _ Aposto que ele vai desistir na primeira tentativa! Argumentaram alguns alunos. Eles chegaram até a fazer apostas para ver se Jeremias iria fazer ou não o ovo de madeira. A aula estava quase acabando quando a professora interrompeu a conversa entusiasmada dos alunos e deu mais algumas orientações sobre a confecção do ovo de madeira. _ Meus queridos, ela disse; prestem atenção e anotem as seguintes orientações para o trabalho: vocês farão o ovo de madeira em duas metades e oco, mas deverão colocar algo dentro que simbolize a vida, porque a páscoa é a comemoração da vida. Coloquem o que quiserem. Vocês deverão trazer o ovo com algo dentro que seja um símbolo da vida até 5ª feira, para juntos, fazermos uma reflexão sobre o verdadeiro sentido da páscoa. _ Todos entenderam? Vocês têm alguma dúvida? Perguntou a professora. A classe toda demonstrou ter entendido a tarefa e logo começaram a falar sobre como seria feito o ovo de madeira. O sinal para o término de mais uma manhã de aula ecoou pelos corredores da escola. Os alunos foram para casa cheios de vontade para realizar a tarefa o quanto antes. Muitos disseram que já na segunda-feira estariam com o seu ovo de madeira pronto. Jeremias, como de costume, era o último a sair da sala devido a seus problemas de saúde, e como sempre se despedia da professora Lylla com um beijo, agradecendo-a por mais uma manhã de aprendizado. Na verdade, ele era um menino muito educado, e possuía uma personalidade agradável. Aquele final de semana passou voando. Na segunda-feira de manhã Lylla e seus alunos estavam de volta à escola. O comentário não poderia ser outro a não ser a confecção do ovo de madeira. Poucos notaram, mas Jeremias não foi para a aula naquela manhã. Os dias se passaram rapidamente, 3ª feira, 4ª feira e finalmente chegou o dia da apresentação do trabalho. Naquela 5ª feira pela manhã, todos os alunos, sem exceção, inclusive Jeremias que havia faltado três dias consecutivos, estavam presentes. Alguns tinham confeccionado seu ovo de madeira com muito capricho. Pedro era um deles e levou orgulhoso um ovo feito na marcenaria do seu tio. Era um ovo perfeito. Lindo. Todo colorido e brilhante. Os alunos foram entrando na sala e procurando seus lugares, um a um foram tirando seu ovo de madeira de dentro das mochilas escolares e colocando em cima da carteira. Jeremias foi o último aluno a sentar, mas não colocou nenhum ovo sobre a sua carteira. A expectativa era grande, todos queriam mostrar o que tinham colocado dentro do seu ovo de madeira. A professora os recebeu com alegria, e após as boas vindas os convidou a mostrar para a classe o que tinham feito. Tinha ovo de todo tamanho e cor. Os alunos tinham caprichado. A grande maioria havia solicitado ajuda de seus pais e parentes. Lylla perguntou: _ Quem gostaria de iniciar a apresentação? Pedro, que tinha o maior ovo de madeira da sala levantou-se e foi na frente da turma orgulhosamente. Antes de abri-lo, a professora perguntou se ele tinha colocado algo dentro que simbolizasse a vida, Pedro respondeu que sim, e ao abrir o ovo lá estava um grão de feijão brotando em cima de um pedaço de algodão embebido com água. O garoto disse entusiasmado: _ este é o meu símbolo da vida! Houve um murmurinho quase que geral, porque muitos outros tinham feito a mesma coisa, pois tinham aprendido esta experiência no final da 3ª série. Porém, Julia, uma menina alegre e inteligente, pediu para mostrar o seu ovo. Ao abri-lo, todos notaram que um líquido escorreu, era água. Julia afirmou emocionada: _ A água é símbolo da vida, pois sem ela não podemos existir! Nada sobrevive sem água! Assim, um a um os alunos foram apresentando seus trabalhos, sempre com a aprovação e os elogios da jovem professora Lylla. Quando parecia que todos já tinham mostrado e falado sobre seu ovo de madeira e o que tinham colocado dentro, a turma e a professora ouviram uma voz gritando: _ Professora, falta o Jeremias! Todos se voltaram para os fundos da sala onde Jeremias estava sentado. Neste momento, alguns alunos preconceituosos começaram a rir e dizer que Jeremias não tinha feito o trabalho. _ Ele não entendeu o que era para fazer professora! Disse Paulo. _ Eu sabia que ele não iria conseguir! Disse Ana. Lylla interrompeu imediatamente estes comentários e exigiu respeito ao colega. A classe ficou em silêncio. E antes que a professora pudesse perguntar se Jeremias tinha feito ou não o trabalho, todos ouviram uma voz rouca e tímida vinda do fundo da sala que dizia: _ Professora...Eu...Também...Fiz...Posso...? Era Jeremias. Ele tinha deixado seu ovo de madeira dentro da sua mochila, pois teve vergonha de mostrá-lo. Todos se surpreenderam quando Jeremias começou a tirar “algo” de dentro de sua mochila. Lentamente ele foi tirando e colocando sobre a sua carteira. E para surpresa de todos, lá estava “algo parecido” com um ovo de madeira. Parecido, porque tinha um formato diferente, era disforme e cheio de falhas. A classe começou a cochichar e a rir baixinho. A professora demonstrou que não estava gostando, e mais uma vez exigiu respeito ao colega. O ovo de madeira de Jeremias tinha sido feito por ele mesmo, com muita dificuldade e dedicação e sem a ajuda de ninguém. Não estava pintado e era o mais feio da classe. Perto dos outros trabalhos parecia um “lixo”. Mas a beleza não estava no exterior. Jeremias pediu para ir até na frente da classe. A professora e mais dois coleguinhas o ajudaram a se locomover enquanto ele segurava o seu ovo de madeira preso ao peito. Após chegar lá, Jeremias começou a falar com muita dificuldade. Lylla solicitou aos alunos que prestassem atenção. Jeremias disse emocionado: _ Isto aqui (mostrando seu ovo de madeira), não representa um ovo. Em seguida, ao separar as duas metades, todos na sala puderam perceber que “aquilo” estava oco por dentro, mas que não tinha nada dentro que simbolizasse a vida. Os alunos começaram a cochichar, mas bastou um olhar de repreensão da professora para que se calassem. Jeremias continuou com dificuldades: _ Isto...Representa a sepultura...De Jesus Cristo, e está vazio...Porque Ele ressuscitou dos mortos...Esse é o símbolo da páscoa...Jesus está vivo...A sepultura está vazia! Naquele momento, o verdadeiro espírito da páscoa começou a percorrer os corações. A professora, emocionada, deixou cair gotas de lágrimas. Jeremias tinha deixado uma mensagem que marcaria para sempre a vida de cada um naquela sala de aula. O sinal tocou em seguida e a professora se despediu de cada um desejando uma feliz páscoa. Aquele final de semana passou rápido como todo bom feriado. Na segunda-feira os alunos retornaram para a escola ansiosos para contar as novidades da páscoa. Uns queriam falar das celebrações em sua igreja, outros queriam mostrar o tamanho e a quantidade de ovos e doces que ganharam. Mas todos queriam compartilhar suas experiências. A sala da professora Lylla estava alvoroçada. Muitos tinham trazido balas e chocolates para a professora. Todos estavam presentes, menos Jeremias. Antes de iniciar a aula naquela manhã, Lylla disse que tinha uma notícia triste para dar aos seus alunos. _ Queridos, disse ela com a voz embargada. Hoje pela manhã eu recebi um telefonema da família do Jeremias. Sua mãe estava muito triste e me disse que o Jeremias estava muito doente. Ela me disse que ele já estava lutando contra seus problemas de saúde fazia muitos anos, mas que ultimamente estava ficando cada vez pior. Ela me disse que ele amava vir para a escola, e que este era o melhor momento do seu dia. Queridos, infelizmente o Jeremias não veio hoje...(Lylla não conseguiu segurar as lágrimas), ele não veio hoje porque...Ontem à tarde ele foi internado as pressas no hospital municipal, mas não resistiu aos seus graves problemas de saúde e faleceu. O Jeremias está morto! A turma foi pega de surpresa e todos, sem exceção, se entristeceram e alguns até começaram a chorar. A professora teve dificuldades em acalmar a classe. Em seguida disse aos alunos que as aulas estavam suspensas, pois ela e os professores iriam ao funeral. Em seguida, Lylla convidou seus alunos e perguntou quantos também gostariam de ir. Todos levantaram as mãos. Vendo a disposição dos alunos, a professora fez um pedido inusitado. _ Será que vocês podem ir até suas casas buscar os ovos de madeira que fizeram para a páscoa? Como todos moravam perto da escola isso não parecia algo difícil ou impossível de fazer. A turma deixou o material na sala de aula e saiu correndo para buscar os ovos de madeira. Logo todos estavam de volta, cada um com seu ovo de madeira. Lylla pediu que todos tirassem o que havia dentro do ovo de madeira, que deixassem o ovo vazio, assim como Jeremias havia ensinado. Em seguida, todos pegaram o seu ovo de madeira vazio e foram andando até a casa de Jeremias, pois não ficava muito distante da escola. Ao chegarem lá, puderam observar um caixão branco onde o pequeno e frágil corpo de Jeremias estava sendo velado. Então, mais uma vez a professora fez um pedido aos seus alunos: _Por gentileza queridos alunos, disse ela, peguem os ovos de madeira que cada um de vocês fizeram e coloquem todos embaixo do esquife (caixão). Um a um, os alunos foram até onde estava o caixão de Jeremias e colocaram seu ovo de madeira aberto, sem nada dentro, vazio, assim como Jeremias havia ensinado. Cada um daqueles ovos simbolizava a esperança da ressurreição, simbolizava a vida e não a morte. Finalmente, todos puderam sentir a força espiritual do que Jeremias havia ensinado. Finalmente, todos puderam entender qual era o verdadeiro sentido da páscoa.

Obs: Dedico esta história ao meu amor Lylla, e aos meus filhos: Miriam, Jorge Gabriel e Victoria.

DEUS NEGRO...

REFLEXÃO PARA O ANO NOVO




Mais um ano se escoa rapidamente e seus 365 dias chegam ao fim. começamos a partir de agora a contagem regressiva para o final do ano, e aguardamos com expectativa e até certa ansiedade o início de mais um ano. Todo o começo de ano milhares de pessoas ao redor do mundo fazem planos para o futuro. Ninguém em perfeita razão planeja o fracasso e a derrota, todos desejam sinceramente "se dar bem" durante o novo ano. A mesma história repete-se a cada festa de Ano Novo. As pessoas comem, bebem, se divertem, passam a noite em claro e acordam no outro dia com uma enorme dor de cabeça, ou com problemas digestivos, por causa de sua "grande alegria" de poderem estar vivas na virada de mais um Ano Novo. Todavia, como cristãos, devemos ter uma escala de valores na ordem correta. Jesus nos ensinou que devemos buscar "em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas as demais coisas (materiais) nos serão acrescentadas, pois Deus sabe que precisamos de todas elas". (Mateus 6:32,33). Devemos iniciar o novo ano demonstrando interesse nas coisas celestiais, interesse em buscar a Deus, Seu perdão, Seu amor e Sua vontade. Que bom seria se cada família cristã na face da Terra fizesse, na virada de ano, um culto de louvor, gratidão e adoração a Jesus, dedicando as primeiras horas do Ano Novo ao Senhor Deus, buscando dEle perdão, forças, direção e sabedoria para a realização dos alvos, planos e projetos estabelecidos para os próximos 365 dias. Nesta época do ano é comum ver cartazes nas lojas dizendo: "fechado para balanço". O término de cada ano é um momento excelente para se fazer um balanço geral da nossa vida. É o momento ideal para a reflexão e autoavaliação; talvez por isso milhares tentam se esconder no meio da multidão, ou ainda abafar suas consciências perturbadas, com bebidas alcoólicas. Talvez as pessoas não gostem de "fechar para balanço" por causa da culpa e do peso de seus erros e fracassos, ou por causa do tempo perdido. Todavia, o fato é que Deus não está interessado em nosso passado, por mais obscuro que tenha sido. Para Deus não importa o quanto fracassamos. Deus está interessado em nós, em nossa vida agora, como está escrito: " Assim, pois, diz o Espírito Santo: Hoje se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações...animem-se mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado". (Hebreus 3:7,13). Não devemos ficar os próximos 365 dias do ano novo lamentando nossos fracassos e erros cometidos no ano que passou. Deus deseja que confessemos nossos erros e olhemos para Jesus e não para o passado. O perdão de Deus através do sangue de Jesus é suficientemente poderoso para apagar nossas derrotas e nos dar a vitória, por isso devemos dizer com o apóstolo Paulo: "...uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a meta a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus". (Colossenses 3:13,14 - BLH). Imagine que ao começar esse novo ano você recebesse de Jesus uma agenda de presente; e Jesus escrevesse a seguinte dedicatória: "Filho, filha, você está recebendo mais um ano com 365 dias, você é livre para escrever o que desejar em cada uma dessas 365 páginas em branco. O que você deixar registrado fará parte da história da sua vida, sua autobiografia. Porém, Eu gostaria muito de estar presente em cada página como Seu melhor amigo, Salvador e Senhor, porque te amo tanto que morri e ressuscitei por você. Gostaria muito que você começasse esse novo ano escrevendo uma história de amizade e cumplicidade comigo. Por favor, neste novo ano que inicia, não esqueça de Mim; Seu melhor amigo, o Salvador e Senhor. Assinado: Jesus Cristo!".


A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

A Arqueologia e a Bíblia
Por: Zeljko Gregor

Obelisco Negro (1845), a Pedra Moabita (1868) e os Manuscritos do Mar Morto (1947) são grandes nomes na história da arqueologia bíblica. Mas chegou esta história a seu fim? Não, de modo algum.
Nas últimas décadas, diversos selos, impressões de selos, caixas de ossos e outros artefatos antigos têm vindo à luz —alguns deles em museus, alguns em coleções particulares e outros de escavações recentes. Essas preciosidades arqueológicas têm lançado mais luz sobre vários indivíduos e acontecimentos até há pouco só mencionados no texto bíblico. Este artigo vai recapitular alguns desses achados recentes.
O Anel de Hanan:
De propriedade de um colecionador em Paris, este anel valioso é conhecido do mundo acadêmico desde 1984. A origem do selo é desconhecida, mas a forma das letras indica que foi usado durante o século VII A.C. O selo tem uma inscrição de três linhas, cada linha separada por duas linhas paralelas. O anel é quase de um décimo de polegada de diâmetro, sugerindo que foi feito para um dedo masculino. A inscrição lê: “Pertencente a Hanan, filho de Hilqiyahu, o sacerdote”.
Este Hilqiyahu é melhor conhecido como Hilkias, o sumo sacerdote durante o reinado de Josias, rei de Judá na última parte do sétimo século A.C. A terminação yahu é um elemento teofórico (divino), amiúde achado em nomes hebraicos antigos em Judá; os nomes no Reino do Norte levavam a terminação yah. Parece que este Hilqiyahu foi o mesmo sumo sacerdote que descobriu no templo o rolo da lei que desengatilhou uma reforma religiosa em Judá (ver II Reis 22; II Crônicas 34).
I Crônicas 6:13 e 9:11 indicam que Azarias, não Hanan, sucedeu a Hilkias. A explicação podia ser que Azarias sucedeu a seu pai como sumo sacerdote, enquanto seu irmão mais moço, Hanan, funcionava como sacerdote, justamente como a inscrição no selo sugere.
O nome de Azarias, todavia, aparece em outra bulla (impressão de um selo) achado em 1978, durante a escavação de Yigal Shiloh, na velha Jerusalém. A inscrição consiste em duas linhas de escrita separadas por duas linhas paralelas. Reza: “Pertencente a Azaryahu, filho de Hilkiyahu”. A impressão não menciona o título do dono.
A impressão do selo de Baruch:
Em 1975, 250 bulas apareceram em Jerusalém na loja de um negociante de antiguidades árabe. A maior parte delas foi comprada por diversos colecionadores, e quase 50 se acham agora no Museu de Israel, enquanto outras podem ser estudadas por especialistas. Todas essas impressões de selos são datadas do fim do sétimo ou do começo do sexto século A.C, justamente antes da destruição de Jerusalém.
Entre essas impressões, três pertencem a indivíduos mencionados em Jeremias (Baruch, o escriba; Yerahme’el, o filho do rei; Elishama, servo do rei). Os três indivíduos parecem ser contemporâneos, vivendo em Judá justamente antes do exílio. Durante aquele tempo turbulento, Judá era governada pelo rei Jeoaquim. Jeremias 36.
A Bíblia nos diz que Deus instruiu Jeremias a escrever um rolo com uma profecia contra o rei. O secretário de Jeremias, Baruque, escreveu tudo que Jeremias lhe ditou. Depois de ler o rolo no templo, Baruque foi instruído a lê-lo de novo perante altos funcionários da corte real. Esses funcionários (Elishama era um deles) eram até certo ponto simpáticos à mensagem, mas temiam por Baruque. Aconselharam-no a se esconder. Jeremias 36:19. Quando o rolo foi lido perante o rei, ele ordenou que fosse destruído e Yerehme’el, com outros dois funcionários, recebeu ordem de prender Baruque e o profeta Jeremias.
A impressão que leva o nome de Elishama é feita de duas linhas de escrita separadas por duas linhas retas paralelas. A primeira reza: “Pertencente a Elishama”; a segunda dá seu título, “servo do rei”. A impressão de Yerahme’el consta de duas linhas também, dando o nome e o título do dono: “Pertencente a Yerahme’el, filho do rei”. A impressão do selo de Baruque consta de três partes, divididas por duas linhas retas paralelas, que rezam: “Pertencente a Bereqhyahu, filho de Neriyahu, o escriba”.
Uma outra bula, com o nome de Baruque, apareceu em 1995. É idéntica à descrita acima, exceto por uma diferença significativa: tinha uma impressão digital que podia ser de Baruque.
Uma terceira impressão de selo que suporta a conexão de Baruque foi achada entre as muitas descobertas na escavação em Jerusalém, em 1978, por Yigal Shiloh. Esta, datada do fim do sétimo e do começo do sexto século A.C., reza “Pertencente a Gemaryahy, filho de Shaphan”. A Bíblia diz que quando Baruque foi ao templo para ler o rolo, ele o leu na câmara de Gemariah, o filho de Shaphan. Jeremias 36:10.
Selo de Abdi:
Comprado em 1993 por um colecionador particular de Londres, o selo de Abdi está entre os mais raros. Sua inscrição reza: “Pertencente a Abdi servo de Hoshea”. O selo é datado do oitavo século A.C. O nome Abdi é o mesmo que Obadias. A Bíblia se refere a três Obadias: o primeiro ministro de Acabe, I Reis 18:3; um profeta e um oficial de Hoshea. É improvável que este selo pertencesse a um dos primeiros dois indivíduos, porque o selo associa o nome com Hoshea, o rei sob o qual o dono do selo servia como oficial. Hoshea foi o último rei de Israel. II Reis 17:1-6. Reinou de 731-722 A.C., quando os assírios destruíram o reino.
A inscrição de Dan:
Começando em 1966, Avraham Biran escavou o sítio arqueológico de Tel Dan por vários anos, e a descoberta mais importante ocorreu em 1993, quando sua equipe removia o entulho da área do portão da cidade.5 Parte da muralha, destruída por Tiglate-pileser III em 733/732 A.C., continha um fragmento de um monumento inscrito.
Infelizmente, o fragmento contém uma mensagem incompleta. Tem 14 linhas incompletas escritas em hebraico arcaico, a escrita usada antes do exílio (586 A.C.). As palavras eram separadas por pontos e a inscrição reza como segue:
(2) ...meu pai subiu
(3) ...e meu pai morreu, ele foi para...
(4) real outrora na terra de meu pai...
(5) Eu (lutei contra Israel ?) e Hadad foi diante de mim...
(6) ...meu rei. E eu matei de (entre eles) X infantes, Y char-
(7) retes e dois mil cavaleiros...
(8) o rei de Israel. E matou (...o parente)
(9) g da casa de Davi. E eu pus...
(10) sua terra ...
(11) outro...(ru)
(12) conduziu contra is(rael...)
(13) sítio contra...
O autor desta inscrição pretende que Hadad foi adiante dele, supostamente na batalha. Hadad é o deus arameu da tempestade, e é provável que o dono desse monumento fosse um arameu. Que ele não é o rei é óbvio com base na linha 6, onde ele se refere a “meu rei”. Ele é ou um comandante militar ou um rei vassalo, um devoto de Hadad e subordinado ao rei de Damasco. Todavia, as linhas mais importantes são 8 e 9, onde Israel e a “Casa de Davi” são mencionadas. Esta é a primeira referência à frase: “Casa de Davi”, fora da Bíblia.
Baseado na forma das letras, Biran sugeriu que a inscrição vem da primeira metade do século nono A.C. Ademais, a cerâmica encontrada debaixo do fragmento também indica que foi aí colocada antes da metade do século nono, sugerindo que o monumento foi erigido algumas décadas antes.
Visto a inscrição se achar fragmentada, não sabemos os nomes dos reis de Israel ou de Judá. Isto é ainda mais complicado pelo fato de que o nome do rei arameu não sobreviveu. Por conseguinte, é difícil reconstruir a história exata dos acontecimentos e achar uma conexão bíblica sólida. Todavia, é possível que Dan tenha experimentado anos turbulentos entre c. 885 A.C., quando foi capturada por Benhadad I, I Reis 15:20 e c. 855 A.C., quando Acabe a recebeu de volta de Benhadad II. I Reis 20:34.
Pouco depois de Benhadad ter capturado Dan, é possível que Israel tenha recuperado o controle de Dan. Durante os primeiros dias de Acabe, Dan foi ocupada de novo pelos arameus (provavelmente o dono do monumento), e mais tarde Acabe recebeu-a de volta de Benhadad II. Acabe pode ter destruído então o monumento e usado alguns dos pedaços como material de construção. Isto, todavia, é uma mera reconstrução hipotética, e fragmentos adicionais do mesmo monumento serão necessários para se ter uma melhor idéia dos fatos históricos relacionados com a antiga Dan.
Rolo de prata:
Entre 1975 e 1980, Gabriel Barkay6 descobriu alguns sepulcros em Jerusalém. A maior parte deles, todavia, tinha sido saqueada havia muito, exceto um, Nº 25. O sepulcro foi datado do fim do sétimo ou começo do sexto século A.C., justamente antes do exílio. O sepulcro continha restos de esqueletos de 95 pessoas, 263 vasos de cerâmica inteiros, 101 peças de joalheria (95 de prata, 6 de ouro), muitos objetos esculpidos de osso e marfim e 41 pontas de flechas de bronze ou de ferro. Além disso, havia dois pequenos rolos de prata. Um deles tinha cerca de uma polegada de comprimento e menos de meia polegada de espessura, enquanto que o outro tinha meia polegada de comprimento e um quinto de polegada de espessura. Admitiu-se que esses rolos fôssem usados como amuletos e que contivessem alguma inscrição.
Quando os rolos foram abertos e limpos, a inscrição continha porções de Números 6:24-26: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti... e te dê a paz”. Esta inscrição é uma das mais antigas e melhor preservadas contendo o nome de Jeová.
A inscrição de Herodes:
Em 1996, Ehud Netzer descobriu em Masada um pedaço de vaso com uma inscrição, um óstraco. Este pedaço tinha o nome de Herodes e era parte de uma ânfora usada para o provável transporte de vinho, datada de c.19 A.C.
A inscrição é em latim e reza: “Herodes, o Grande Rei dos Judeus (ou Judéia)”, a primeira a mencionar o título do Rei Herodes.
Barco da Galiléia:
Por causa de uma seca severa durante 1985 e 1986, o nível do Mar da Galiléia estava consideravelmente mais baixo do que o normal. Shelley Wachmann, perito em arqueologia submarina, organizou uma operação de salvamento7 do que parecia o esboço de um barco. Depois de muitos dias de luta contra as águas do mar, o barco foi completamento escavado e removido para conservação.
Durante a escavação, os arqueólogos acharam vários objetos (vasos de cerâmica, pontas de flechas, moedas) dentro e em volta do barco. Um exame dos artefatos sugere uma data aproximada para o barco; podia ter estado em uso entre o final do primeiro século A.C. e a segunda metade do primeiro século d.C. Além da datação pelos artefatos, os escavadores mandaram amostras para um laboratório para datação por Carbono 14. Esses testes sugeriram uma data semelhante.
Segundo o historiador Josefo, essa parte da Palestina passou por uma severa turbulência e destruição durante a primeira revolta judaica (67-70 D.C.). Durante o primeiro ano da revolta, os judeus prepararam uma frota de barcos de pesca em Migdal. Depois que Tiberíades caiu nas mãos de Vespasiano, os romanos construíram um campo fortificado entre Tiberíades e Migdal. À noite, os judeus lançaram um ataque de surpresa, e então escaparam para o Mar da Galiléia. No dia seguinte, a frota romana atacou os judeus no mar, empurrando-os para a margem, onde foram massacrados. O número de mortos foi calculado em 6.700.
O barco tinha 26,5 pés de comprimento, 7,5 pés de largura e 4,5 pés de altura. Os arqueólogos sugerem que foi construído para levar até 15 pessoas. Um barco como esse podia facilmente ter acomodado Jesus e Seus discípulos em suas muitas viagens através do Mar da Galiléia.
O nome de Caifás numa caixa de ossos:
No mês de novembro de 1990, uma caverna sepulcral foi descoberta na Floresta da Paz, ao sul de Jerusalém. Os escavadores acharam8 vários ossuários ou caixas de ossos, algumas viradas de cabeça para baixo (sinal de que a caverna tinha sido arrombada); todavia, algumas ainda no lugar onde tinham sido postas originalmente. A escavação produziu ossos de seis diferentes indivíduos: duas crianças (2 a 5 anos de idade), um menino de 15 anos, uma mulher adulta e um velho de cerca de sessenta anos. No tempo de Jesus, os judeus tinham o costume de usar esses ossuários para um segundo enterro dos restos de seus mortos. O corpo era colocado numa caverna para decompor, e então os ossos eram postos numa caixa ou ossuário.
Dois dos ossuários tinham tampas. Estas tampas eram feitas de pedra calcárea e eram de maior valor que as outras porque tinham o nome de Caifás inscrito no lado mais estreito de cada caixa. Uma dessas caixas era lindamente esculpida, indicando que pertencia a uma pessoa importante e rica. A inscrição rezava: “Joseph, filho de Caifás”. Isto não indica necessariamente que Caifás era um parente próximo de José. Caifás pode ser um nome de família.
Os ossos do velho eram provavelmente do homem chamado José. Infelizmente, a Bíblia não dá o nome real do sumo sacerdote por ocasião do julgamento de Jesus. Dá-nos apenas a versão grega de Caifás. Contudo, Josefo menciona o nome completo: Joseph Caiaphas, que serviu como sumo sacerdote de 18 a 36 D.C.
O envolvimento da Andrews University:
A Andrews University tem feito escavações na Palestina desde o final de 1960, quando Tell Hesban foi escavada sob a direção do falecido Siegfried Horn. Depois da escavação ter sido completada no final de 1970, a Andrews University começou uma outra operação sob o nome de MPP, o Projeto das Planicies de Madaba. O alvo principal foi Tell el-Umeiri, um sítio ao sul de Amman, capital da Jordânia. Durante a primeira temporada de escavações em 1984, acharam uma impressão de selo interessante. Simplesmente reza: “Pertencente a Milkom’or o servo de Ba’alyasha”. Na Bíblia hebraica, esse nome é soletrado um pouco diferente (Ba’alis). É mencionado apenas uma vez e representa o nome de um rei amonita. Jeremias 40:14. Antes desta descoberta, Ba’lyasha (Baalis) era conhecido somente pelo texto bíblico.
Tell el-Umeiri era uma das cidades rubenitas. Depois de várias temporadas, os escavadores descobriram um sistema de fortificação feito de paredes duplas, baluarte e uma valeta seca na base do sítio. Essa fortificação do período inicial do Ferro I (c.1200 A.C.) é a mais bem preservada em toda a Palestina.
Além de Tell el-Umeiri, o time da MPP iniciou a escavação de outro sítio importante, Tell Jalul, em 1992. Este é um dos maiores sítios na Transjordânia. Depois de várias temporadas de escavações, o time descobriu uma estrada pavimentada que levava ao portão da cidade (século 9º/ 8º A.C), e um grande edifício com colunas (7º/6º século A.C.), que se crê seja um armazém. É possível que esse sítio fosse a Hesbom do rei Seom, destruída pelos israelitas no tempo da conquista.
Descobertas arqueológicas como essas, que ocorreram nos últimos anos, continuam a enriquecer nossa compreensão da Bíblia e fortalecem nossa confiança em seu conteúdo como um documento histórico digno de confiança.

Sobre o autor: Nascido na Croácia, Zeljko Gregor (Ph.D., Andrews University) é um especialista em Arqueologia Bíblica. Escreveu recentemente vários artigos para Eerdmans Dicitionary of the Bible (1997). Seu endereço: 4766-1 Timberland; Berrien Springs, MI 49103; E.U.A. E-mail: gregor@andrews.edu

Notas e referências:
1. Josette Elayi, “Name of Deuteronomy’s Author Found on Seal Ring,” Biblical Archaeology Review 13 (1987), págs. 54-56.
2. Yigal Shiloh, “A Group of Hebrew Bullae From the City of David,” Israel Exploration Journal 36 (1986), págs. 16-38.
3. Hershel Shanks, “Fingerprint of Jeremiah’s Scribe,” Biblical Archaeology Review 22 (1996), págs. 36-38.
4. Andre Lemaire, “Name of Israel’s Last King Surfaces in a Private Collection,” Biblical Archaeology Review 21 (1995), págs. 48-52.
5. Avraham Biram e Joseph Naveh, “An Aramaic Stele Fragment from Tel Dan,” Israel Exploration Journal 43 (1993), págs. 81-98.
6. Gabriel Barkay, Ketef Hinnom: A Treasure Facing Jerusalem’s Walls (Jerusalem: The Israel Museum, 1986).
7. Shelley Wachmann, “The Galilee Boat”, Biblical Archaeology Review 14:5 (1988), págs. 18-33; e Claire Peachey, “Model Building in Nautical Archaeology; The Kinnereth Boat”, Biblical Archaeologist 53:1 (1990), págs. 46-53.
8. Zvi Greenhut, “Burial Cave of the Caiaphas’ Family”, Biblical Archaeology Review 18:5 (1992), págs. 29-36; e Ronny Reich, “Caiaphas’ Name Inscribed on Bone Box”, Biblical Archaelogy Review 18:5 (1992), págs. 38-44.

DOUTRINA DA REVELAÇÃO - PARTE V



REVELAÇÃO ESPECIAL

Por: Jorge Schemes

1. A Necessidade:

Mesmo antes da queda a revelação especial foi necessária em alguns aspectos. Precisamos refletir que a revelação geral não era suficiente, e após a queda a natureza humana foi obscurecida pelo pecado. O homem não pode fazer uma leitura correta da natureza quando está obscurecido pelo pecado, por isso, na qualidade de crentes não precisamos nos inquietar com o que dizem os paleontólogos e biólogos em suas conjecturas e teorias. A leitura da natureza está obscurecida pelo pecado. A revelação geral pode indicar a existência de Deus, mas não pode ir mais além, pois se Deus não “falasse” a nós, ainda permaneceríamos em trevas. Para os homens pós-iluministas, adeptos do cientificismo, educados para não aceitar a idéia do sobrenatural, a revelação geral e especial simplesmente são ignoradas. Até mesmo alguns teólogos têm negado o sobrenatural. São teólogos da alta crítica que rejeitam o sobrenatural. Assim, muitos teólogos têm negado o sobrenatural. Para muitos destes teólogos temos que desmistificar a bíblia, pois os mitos fazem parte do passado. Desta maneira, podemos detectar três faces na negação da revelação especial, ou seja: 1. Metafísica – com os filósofos da idade média; 2. Teológica – com os teólogos da alta crítica colocando a bíblia como um livro que aborda o passado histórico sem o sobrenatural; 3. Científica – com o cientificismo tecnológico de nossos dias.
Contudo, apesar de trazer enormes contribuições para a humanidade, a ciência não tem solucionado os problemas básicos dos seres humanos. Há algumas questões que impõem uma certa limitação a ciência, ou seja: Há Deus? Ele pode ser conhecido? Qual é a autoridade da vida? Que é a morte? O homem não pode ser a solução para estas questões, a solução tem que vir de uma autoridade fora dele. Quanto a pergunta: é possível conhecer a Deus? Somente a sua personalidade pode ser parcialmente conhecida por meio da revelação especial. A pessoa é que se revela a nós, se Deus não fala não há maneira de conhecê-lo. Por essa razão as questões finais da vida só podem ser respondidas por aquele que é o autor da vida. A fé me leva a liberdade. Há um magnetismo em Jesus Cristo que homem algum é capaz de explicar. Apenas Deus pode satisfazer os problemas humanos. A bíblia como revelação especial apresenta respostas às questões que tem a ver com os dilemas humanos relacionados a origem (de onde vimos?), propósito (porque estamos aqui?), destino (para onde vamos?). Somente o conhecimento de Deus pode tirar as pessoas das trevas. Na bíblia encontramos mais de 359 vezes a expressão “assim diz o Senhor”. Deus falou por meio de muitas formas (Cf. Hebreus 1:1). Deus se revelou como um Deus pessoal e fez suas revelações pessoalmente. Porém, o mundo secularizado não crê na palavra de deus como fonte de revelação. Há uma verdadeira desinformação a respeito do cristianismo básico. E por outro lado há também uma informação equivocada do cristianismo que contém muitos erros.
Há um lugar dentro deste contexto para pensarmos no direito da autovalidação. Consideremos algumas proposições: 1. Cada pessoa tem o direito de falar por si (Cf. S. João 5:31). 2. Algumas verdades não poderiam ser conhecidas se não por meio de Deus, que as conhece em primeira instância. 3. Se não podemos acreditar completamente naquilo que a bíblia fala de si, então não podemos crer em nenhuma outra coisa do que a bíblia fala. 4. A bíblia não apenas diz que é a palavra de Deus, ela de fato é a palavra de Deus (temos o direito de usar a apologia para defender a palavra de Deus). 5. A pessoa de Cristo (Cf. Mateus 16:15 e 16), se Jesus disse quem é, o filho de Deus, ele não pode ser comparado com outro. Logo, suas doutrinas são normativas.

2. O Caráter Dinâmico da Revelação:

Quando os escritores da bíblia falam a respeito da revelação de Deus, falam freqüentemente da palavra de Deus (YHWH), (Cf. I Samuel 3:21; Gênesis 15:1; II Samuel 7:4). Os profetas usam a expressão: “DABAR YHWH” (A Palavra de Javé), (Cf. Amós 1:1). Nas introduções dos livros proféticos de Jeremias e Ezequiel é freqüente a expressão DABAR YHWH. Em Salmos 36:6 a palavra de Deus está relacionada a criação, o que revela que é uma palavra dinâmica e tem um conteúdo. Em Gênesis 1:1 a palavra BARAH (criar) revela dinamicidade, pois se refere a criar do nada (sem matéria). Jeremias 8:9 revela uma distinção entre o que Deus diz e o que disseram os homens educados de seus dias. A palavra hebraica DABAR é usada no Antigo Testamento para designar: palavra, conceito, matéria, conteúdo, mandamentos. O discurso é a mais clara expressão do pensamento. Assim é com Deus, seu pensamento é expresso de várias formas por meio de sua palavra. O paralelismo hebraico e grego tem a palavra como algo vivo. A palavra é o sopro, o discurso de Deus que leva o seu poder. É uma palavra que tem o poder de criar do nada as coisas materiais. A palavra grega RHEMA é usada no Novo Testamento como sinônima de DABAR (Cf. Septuaginta, Hebreus 11:3). Assim com DABAR, RHEMA significa: palavra, conceito, conteúdo. (Cf. Gênesis 18:4 = DABAR; Lucas 1:37; 2:15 = RHEMA). Em alguns lugares RHEMA significa as promessas de Deus (Cf. Romanos 9:6). RHEMA THEOU (a palavra de Deus tem conteúdo), (Cf. Atos 4:31; 13:46; 17:13; Colos. 1:25). A palavra grega LOGOS usada no prólogo do evangelho de João é a mais distintiva e está repleta de significados. LOGOS significa muito mais do que verbo. É o pensamento e a razão por trás, é uma transição entre a cultura grega e judaica e agora é repleta de significados. Enquanto DABAR fala do poder de Deus, LOGOS, usada por João é a palavra de Deus presente na segunda criação. Jesus encarna as qualidades da palavra DABAR. Ele é o LOGOS (encarnação da palavra). Jesus é o que ele nos oferece. Em Jesus a completa revelação da palavra acontece.
A palavra de Deus é uma revelação. O agente da primeira criação é o mesmo da segunda. Esta palavra não é somente poder, mas autoridade também. A revelação é poder e autoridade. (Cf. Isaías 52:10, 53:1). Revelar não é algo estático, mas algo repleto de poder. A palavra de Deus não é apenas conceitos. Como escreveu Paulo, “o evangelho é o poder de Deus”. Desta maneira, revelação é uma ação de poder e autoridade originada em Deus. Não é somente um conduto, mas é o seu poder. A proclamação pode transformar as situações. Deus existe, e como Deus existe ele se comunica, assim, há uma revelação especial em sua palavra. Apesar das escrituras sagradas não apresentarem informações detalhadas de como a revelação ocorreu, elas nos apresentam um testemunho conclusivo. (Cf. II Timóteo 3:16). Em Daniel 2:20 a 22 está escrito que Deus revela o profundo e o escondido, há um conteúdo na revelação de Deus. Deus não é apenas o revelador, mas o objeto da revelação também. Deus revela a si mesmo, ele é o objeto/sujeito da revelação. Deus revela um conteúdo e a si mesmo. (Cf. I Samuel 3:21). Deus revela informações e conteúdos. (Cf. Deuteronômio 29:29). Deus revela sua glória. (Cf. Isaías 40:5, Romanos 8:8). Deus revela sua justiça, sua ira, enfim, seus atributos (antropomorfismo). Revelar e revelação estão juntos com atos e doutrinas. “Deus não fará coisa alguma, sem antes revelar seus segredos aos seus servos os profetas” - Amós 3:7. A palavra segredos no hebraico é SODH, e significa aquilo que se discute em uma assembléia. Em revelação Deus anunciou o destino de Tiro; o profeta Daniel usa a mesma palavra no capítulo 10:1 (o conflito entre Grécia e Pérsia). No Novo Testamento o evangelho foi revelado. Paulo, o apóstolo, recebeu o evangelho por meio da revelação, o mistério que foi revelado (Cf. Gálatas 1:11, Efésios 3:4, 5). Estes textos apontam para duas verdades importantes: nenhum homem produziu a revelação e a revelação tem um conteúdo.

3. Características da Revelação Especial:

A revelação especial é indispensável, pois o homem é pecador. A revelação especial é sempre uma iniciativa de Deus, a qual vem a pessoas específicas escolhidas por ele. A revelação especial ocorre em situações concretas, ou seja, leva em consideração a cultura e a pessoa. Tem um aspecto antrópico porque Deus fala de onde o ser humano está. Deus usa a língua das pessoas e não a linguagem do céu (antropia). Desta maneira, a bíblia como revelação especial não foi infectada pela humanidade, mas foi afetada pela humanidade manifestada no ser. A revelação especial é remediadora, somadora e redentora. Os teólogos falam de diferentes nomes quando se referem a revelação especial, vejamos alguns:
1. Revelação MEDIADA, porque usa um meio, há um meio.
2. Revelação CÓSMICA, porque ela deve entrar em nosso mundo; (Abraham Kyeper).
3. Revelação SACRAMENTAL, porque é Deus quem utiliza as coisas da nossa realidade como sinais exteriores para comunicar verdades eternas; (Calvino, Lutero e Barth).
4. Revelação ANTRÓPICA, porque Deus se ajusta a nós e a nossa realidade, há uma condescendência divina; (Bernard Ramm).
5. Revelação ORGÂNICA, porque apresenta um conteúdo; (Berckauwer).
6. Revelação DINÂMICA, porque é acompanhada de poder e conteúdo; (IASD).

Diante do exposto nesta série de artigos, surge uma pergunta: é a revelação especial proposicional (conteudista) ou apenas um encontro? A neo-ortodoxia tem negado e rejeitado o aspecto proposicional da revelação e alegado que se trata de um encontro. Tradicionalmente a igreja de Cristo aceita que ela é proposicional (contém proposições, conteúdos). Mas, o que diz a bíblia? A palavra é a autoridade final. Tanto a posição tradicional quanto a neo-ortodoxia concordam em alguns pontos: que a revelação especial começa com Deus e é necessária, porém para a teologia tradicional há um conteúdo, enquanto para a neo-ortodoxia há apenas um encontro. O fato é que Deus revela o mistério (Cf. Daniel 2:20, 22, 46,47). As frases mais comuns no Antigo Testamento são: “disse Deus, a palavra de Deus veio a mim, assim diz o Senhor, ouvi a palavra do Senhor”. Em Gênesis 11:7 o verbo ouvir significa entender, o que demonstra que era algo que tinha conteúdo. (Cf. Mateus 11:25, 27, Efésios 3:1 a 3). Com certeza na revelação especial ocorre um encontro, mas há comunicação do conhecimento. O cristianismo é um encontro com Deus, mas há neste encontro um conteúdo.

REFLEXÃO: QUANDO NÃO HÁ ESPERANÇA

QUANDO NÃO HÁ ESPERANÇA...

Por: Jorge Schemes
Desânimo, frustração, desapontamento e sentimento de solidão, tudo isso acompanha aqueles que perderam a esperança. São pessoas sem crença, sem fé e vazias porque não podem ver além. Milhares hoje vivem sem esperança de melhoras, sem esperança de viver por muito tempo, sem esperança de salvação. Até mesmo os discípulos de Jesus tiveram este sentimento porque lhes faltaram a fé e a esperança quando presenciaram as cenas finais que envolveram a vida do salvador. Os discípulos no caminho de Emaús estavam sobrecarregados com a falta de fé e totalmente desesperançados a ponto de exclamarem com o coração cheio de tristeza: “e nós pensávamos que fosse ele que remiria Israel!”. (Cf. Lucas 24:13-24).
O fato é que longe de Deus não pode haver esperança. Você já viveu sem Deus algum dia? Todos nós já experimentamos a separação causada pelo pecado entre nós e Deus. Está escrito: “Naquele tempo, estáveis sem cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”. Essa era a situação de muitos, milhares nos dias de Jesus; aquele foi um dos momentos mais sombrio da história da humanidade, onde a fisionomia dos homens deixava transparecer sofrimento, miséria, dor, desespero, falta de fé, e, em muitos estava estampada a fisionomia de demônios, eram pessoas vivendo no vale da sombra da morte, sem esperança de salvação. Um exemplo clássico dos evangelhos é o de Maria Madalena. Uma mulher vivendo sem esperança de perdão e sem esperança de vida. Jesus apareceu como resposta, e suas palavras foram de esperança e não de condenação quando disse: “... Eu também não te condeno, vá e não peques mais”. Maria era uma ovelha perdida e sem esperança de vida. Mas, o bom pastor dá sua vida pelas ovelhas. Nos braços do pastor ela encontrou vida e esperança. Outro exemplo clássico e oposto é o de Nicodemos. Apesar de ser um profundo conhecedor da Lei vivia sem esperança de salvação; apesar de sua religiosidade aparente vivia sem espiritualidade genuína. Nicodemos fazia suas boas obras para ser, mas Jesus lhe declarou que ele devia ser primeiro para depois fazer.
Jesus era a própria esperança encarnada, por onde passava deixava um trilho de luz e um raio de esperança nos corações. Na presença de Jesus o maior pecador sentia que ainda era humano, que ainda era possível, que nem tudo estava perdido. Cristo comunicava nova vida, novas forças. Ele era a própria bondade. Bartimeu, o cego que mendigava para sobreviver aproveitou a passagem de Jesus para buscar o que mais precisava, esperança. Hoje, Jesus ainda está passando; nos cultos da igreja, no estudo diário da Palavra de Deus, nas músicas espirituais e hinos de louvor, quando dobramos os joelhos e quebrantamos o nosso coração endurecido pelo pecado; quando ouvimos a Palavra Sagrada, quando estamos reunidos em nome de Jesus. Há um cântico que diz: “Deus está aqui, aleluia; tão certo como o ar que eu respiro, tão certo como o amanhã que se renova, tão certo como eu te falo e podes me ouvir”. Reflita: tem você aproveitado a passagem de Jesus como fez Bartimeu? É preciso um ato de fé. Lançar de sobre si a capa da falsidade e ser honesto com Deus e franco na comunicação com Ele. É necessário lançar de sobre si a capa que nos atrapalha e levantar-se, e isso é um ato de fé. É preciso lançar fora o orgulho, a auto-suficiência e nos levantar ao encontro de Jesus pela fé. É quando nos ajoelhamos que nos levantamos. O caminho para cima exige joelhos dobrados e coração arrependido. Diante de Jesus a capa de nossa aparente justiça não tem valor. Às vezes será preciso descer como o fez Zaqueu. Ser humilde e estar aos pés de Jesus em oração e confissão. Nos colocar totalmente desamparados e dependentes de seu poder e de seu espírito. Jesus é a nossa esperança e não haverá, jamais poderá haver, salvação sem comunhão com Ele. Longe do Pai Celestial tudo é incerto e relativo. O filho pródigo tem que sentir o abraço do Pai para sentir vida novamente. Está escrito: “o espírito de cristo em nós produz esperança... Cristo em vês a esperança da glória”. (Cf. Colos. 1:27).
A esperança do cristão verdadeiro vai além desta vida. Está escrito: “Portanto a graça de deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século sensata, justa e piedosamente. Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso Deus e salvador Cristo Jesus. Temos uma bem aventurada esperança, temo que alguns já tenham perdido...”. (Cf. Tito 2:13). A ressurreição de Jesus nos trouxe esperança, Pois Deus nos redimiu para termos esperança. Está escrito: “... nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus cristo dentre os mortos”. (Cf. I Pedro 1:3). “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como Ele é puro”. (Cf. São João 3:3). “A esperança não traz confusão...”. (Cf. Romanos 5:5). “Alegrai-vos na esperança...”. (Cf. Romanos 12:12). “Se esperamos em cristo só nesta vida somos os mais infelizes...”.(Cf. I Coríntios). “Esperamos novos céus e nova terra...”. (cf. II Pedro 3:9-13).

DOUTRINA DA REVELAÇÃO PARTE IV

REVELAÇÃO GERAL

Por: Jorge Schemes

Há duas revelações (revelação dupla), ou duas expressões usadas que estão resumidas em Salmo 19:1-13, ou seja:
Salmo 19:1-6 = Por meio da natureza (consciência).
Salmo 19:7-13 = Na Lei do Senhor.
Desta maneira podemos classificar a revelação em duas, ou dois “livros”, ou seja:
Salmo 19:1-6 = Revelação Geral.
Salmo 19:7-13 = Revelação Especial.
Em Hebreus 1:1 está escrito que “Deus falou de muitas maneiras...”.
1. Salmo 19:1-6 = revela duas maneiras, por meio da natureza e da consciência (revelação geral). Será válido analisar resumidamente por meio da história as idéias defendidas em relação a revelação geral:

Thomas de Aquino: A mente natural ajudada pela “analogia entis” (analogia do ser) pode provar a existência de Deus e sua perfeição. O Catolicismo tem chegado por meio da analogia entis à teologia natural. Para os Católicos o homem pode chegar a algumas verdades sem a graça, sem o espírito de Deus, por meio da teologia natural, usando a razão (imago dei). Thomas de Aquino tem quatro argumentos para chegar a prova da existência de Deus:
1. Argumento cosmológico: As coisas existentes apontam para a existência de um Deus criador.
2. Argumento teleológico: Há a necessidade de uma ordem, pois há um propósito nas coisas, há um disígnio.
3. Argumento ontológico: Tem que ver com o ideal de perfeição dentro do homem imperfeito. Isso sugere uma fonte maior que o homem.
4. Argumento antropológico: A inteligência dentro do homem e a capacidade humana de transcender-se dentro de si mesmo. Como pode a personalidade advir da impersonalidade?
Estes quatro argumentos de Thomas de Aquino fazem parte da tradição que ficou conhecida como Tomismo. Os argumentos da tradição Tomista ainda são válidos hoje.

Teologia Liberal: É construída sobre o fundamento da revelação geral. Anula a necessidade da revelação especial. Os teólogos liberais afirmam que a revelação geral é suficiente para a salvação. A questão que deve ser levantada é: se os homens podem se salvar observando as coisas, a natureza, então os homens podem se salvar sem Cristo? Todavia, há alguns teólogos que negam a possibilidade de uma revelação geral:
Karl Barth: Afirma que há um abismo qualitativo entre Deus e o homem. Nega a possibilidade de uma revelação geral. Barth é contra a teologia católica da Teologia Natural. Afirma que não há revelação “analogia entis”, além disso, Barth viveu no contexto histórico da segunda guerra mundial e do nazismo de Adolf Hitler, época em que muitos cristãos acreditavam que o nazismo fazia parte do plano de Deus para este mundo, assim, Barth rejeitou a teologia natural e a revelação geral. A analogia entis para Karl Barth fazia parte do anticristo. Quando super valorizada a revelação geral pode levar as pessoas a rejeitar a revelação especial.

Agostinho; Lutero; Calvino, Charles Hodge e Warfield: Todos argumentam a favor da existência de uma revelação geral, mas esta é limitada. A revelação geral está disponível a qualquer um, basta abrir os olhos para ver.

Berkouwer; Kuyper e Van Til: Também admitem uma revelação geral, mas negam que ela possa comunicar conhecimento a qualquer pessoa. Há um pré-requisito para entender a revelação geral, que é aceitar a revelação especial. Alegam que somente a mente regenerada pode ver a revelação geral.

A Bíblia e a Revelação Geral:
Há duas classificações: Por revelação geral não estou me referindo a teologia natural, pois a revelação geral é distinta da teologia natural católica. A revelação geral não rejeita a revelação especial, ou seja, não pode obscurecer a necessidade da revelação especial. A bíblia dá testemunho das coisas criadas. Deus tem feito uma revelação por meio das coisas criadas (revelação geral na natureza): (Cf. Salmo 19:1-6; Jó 36:24-37:24; Jó 38:1-39:30; Salmos 8:3-4; Isaías 40:12-15; Atos 14:15, 17; Atos 17:24-31; Romanos 1 e 2).
Romanos 1:19, 20,23 – Por meio da natureza até mesmo os gentios podem conhecer a Deus. Romanos capítulos 1 e 2 são os textos mais sistematizados da bíblia. O verbo grego para conhecer é gnosco (γινωσχω) e tem a ver com a mente, com a consciência. O capítulo 1 de Romanos foi escrito por Paulo para os gentios, onde ele enfatiza a revelação geral por meio da natureza. O capítulo 2 de Romanos Paulo escreveu para os judeus, onde ele enfatiza a revelação especial (a Lei). Todos possuem um conhecimento básico e rudimentar de Deus. Conhecer ou compreender (gnosco) os atributos (grego: teiotes ou τειοτες) que falam da perfeição de Deus sob o Espírito Santo.

Utilidade e Limitações da Revelação Geral:
Deveríamos ser cegos ou nos fazer de cegos para não ver, para negar as evidências. Salmos 14:1 – “O tolo diz: Não há Deus...”. Diz o néscio em seu coração: não há Deus. Jesus disse: RACA = Tolo. Na parábola da casa construída sobre a areia e da casa construída sobre a rocha Jesus disse RACA. Néscio (tolo) é aquele que está fora do Reino de Deus. A ciência procura ser racional, mas é ao mesmo tempo irracional, pois na ordem natural não há espaço para um criador e originador de tudo. Há ordem no caos, esta é a grande surpresa dos cientistas. Sem ordem não pode haver ciência, quem é o autor desta ordem? Há uma confusão hoje entre realidade e verdade. A realidade está fundamentada nos sentidos enquanto que a verdade transcende os sentidos. Desde a queda do homem no pecado a natureza tem sido insuficiente para apresentar a pessoa, a santidade e a justiça de Deus. Há algum conhecimento, mas é impossível conhecer o amor redentivo de Deus. Por meio da revelação geral as diferentes culturas têm chegado a diferentes conclusões sobre Deus, pois o homem tem a sua visão obscurecida pelo pecado. Enquanto o paganismo antigo adorava e cultuava a natureza, o paganismo pós-moderno tem mudado suas divindades.

Comparação entre Revelação Geral e Revelação Especial:

1. Revelação Geral:
· Não é mediada.
· É geral (natureza).
· Acessível a todos.
· É geral no conteúdo.
· Leis naturais.
· Antes da queda (Prélapsariana).
· Antes da redenção (Pré-redentora).
· Não é sotérica em seu propósito.
· Faz uma apelação ao homem como criatura.

2. Revelação Especial:
· É mediada (há um meio).
· É específica.
· Disponível apenas por um meio.
· Específica no conteúdo.
· É sobrenatural.
· É póslapsariana (Depois da queda).
· É sotérica em seu propósito (Pró-redentora).
· Faz uma apelação ao homem como pecador.

O propósito da revelação geral sendo prélapsariana não tem propósito soteriológico, porque não pode conduzir a uma “completa” compreensão de Deus. Não é insuficiente apenas por causa do pecado, ela é inerentemente insuficiente, até mesmo antes do pecado havia necessidade de uma revelação especial. Mesmo antes da queda a revelação geral era insuficiente e a revelação especial era essencial. Desta maneira podemos afirmar que a revelação geral é válida, porém insuficiente. Por causa do pecado e inerentemente há necessidade de uma revelação especial.

Dentre os propósitos da revelação geral podemos destacar os seguintes:

1. Provê uma base por meio da qual é possível fazer uma distinção entre o bem e o mal.
2. As pessoas têm um conhecimento elementar da divindade por meio da revelação geral, o que facilita o testemunho cristão.
3. A revelação geral provê uma base para a revelação especial; é como uma ante-sala para a teologia bíblica.

Há duas dimensões da revelação geral, ou seja: se por um lado ela serve como uma fonte do conhecimento de Deus por meio da natureza, por outro, é impossível ao homem fazer uma leitura correta da natureza por causa do pecado, assim, a revelação geral necessita da revelação especial. Considerando a primeira dimensão podemos deduzir que mesmo entre os pagãos Deus tem partilhado seu conhecimento. Deus é livre para fazer o que quiser por meio da natureza como revelação geral. Assim, a prova de Deus para os pagãos que não têm a luz da revelação especial e para aqueles que estão vivendo na luz é completamente diferente. Deus aceita aqueles que em terras pagãs são justos, dentro de uma determinada fase de justiça, e que vivem segundo a luz que têm. O transcendente não requer muito onde muito não foi oferecido, todavia Ele dará maior luz, se formos fiéis àquela que recebemos. Deus proverá luz adicional por meio da revelação especial para aqueles que são fiéis com a luz que têm. Não podemos limitar a Deus, Ele não está limitado, pois há várias maneiras que Ele se mostra. Deus é livre para fazer a revelação como Ele pretende.
O ladrão na cruz não teve a mesma oportunidade que o apóstolo Paulo teve. Há coisas que nem mesmo na eternidade nós poderemos obter. Por exemplo: a alegria de testemunhar de Cristo aqui neste mundo. Nossa oportunidade aqui é agora. Devemos testemunhar de Jesus Cristo, não podemos perder esta oportunidade única. Na eternidade não teremos mais a oportunidade de testemunhar de Jesus Cristo. O ladrão na cruz se salvou, mas não terá a mesma experiência que Paulo teve. A história humana fechará para sempre o que a eternidade não oferecerá. Nosso compromisso tem que ver com a quantidade de luz que temos recebido. Há pessoas que se salvaram sem conhecer as marcas nas mãos de Jesus. A pouca luz leva a um compromisso pequeno, mas Deus deseja conceder mais luz. Há uma dimensão de alegria com a pessoa que aceita a quantidade de luz que Deus revelou. A alegria da salvação e de servir está relacionada com a quantidade de luz recebida e aceita.

DOUTRINA DA REVELAÇÃO PARTE III

CONCEITOS DA REVELAÇÃO NO SÉCULO XXI

Por: Jorge Schemes*

A nova ortodoxia abriu espaço para o existencialismo, o qual já havia sido antevisto por Kierkegaard (1855). O existencialismo pode ser defino em síntese como a vida na perspectiva da existência. A nova ortodoxia começa com Martin Buber, o qual não é teólogo, mas teve uma grande influência sobre a teologia moderna e pós-moderna. Buber escreveu um pequeno livro intitulado “Eu e Tu”, o qual contém uma linguagem filosófica muito densa. Ele sugere a existência de dois reinos de relacionamento, pois o homem se relaciona em dois níveis: 1. Eu e as coisas; 2. Eu e o outro (Tu). O nível do eu e as coisas é próprio do método empírico, científico. Este é o modelo ocidental, é a visão ocidental do mundo. A descrição analítica que caracteriza o método científico tende a coisificar as pessoas também. Buber era filósofo judeu, e nesta relação entre o Eu e o Tu alegava que a maior maneira de ter esse relacionamento era com Deus. Segundo Buber, para conhecer uma pessoa é necessário relacionamento íntimo, e a suprema expressão do relacionamento ao nível Eu e Tu é com Deus. Buber influenciou muito um teólogo calvinista chamado E. Brunner. Brunner acreditava na queda do homem no pecado, na transcendência de Deus e que Jesus era a segunda pessoa da Trindade. Houve uma tendência de voltar a ortodoxia, à reforma, mas o retorno não foi completo, por isso é denominada de nova ortodoxia. O contexto histórico da época era de guerras e desgraças. Brunner escreveu dois livros com temas semelhantes: 1. A Verdade como Encontro (Truth as Encounter); 2. Revelação e razão (Revelation and Reason). Brunner aplicou a filosofia de Buber ao cristianismo, afetando diretamente o conceito de revelação. No conceito da teologia do encontro há algumas implicações: o homem caído necessita de ajuda Divina; revelação é um encontro, um evento e não comunicação de informação. A revelação acontece quando Deus e o profeta se encontram em um relacionamento Eu e Tu sem nenhum elemento material (Coisas). Apenas há o impacto do encontro sem nenhuma informação, desta maneira toda revelação é limitada a este encontro imanente, subjetivo. Neste encontro não há nenhuma comunicação, apenas o encontro. Encontra-se somente Deus em si sem mais nada.
Dentro desta perspectiva, qual é o propósito das Escrituras Sagradas? A bíblia é apenas uma coleção de testemunhos de fé, não é a Palavra de Deus em si, mas o testemunho do encontro do profeta com Deus, um relato da experiência do profeta. A bíblia é um testemunho primário da revelação e o encontro é a Palavra de Deus e a função da bíblia é mediar a revelação. Assim, cada geração tem a mesma possibilidade de ter a revelação, não é apenas uma experiência do passado. E quanto a natureza da autoridade bíblica, as Escrituras não têm caráter normativo. A bíblia é apenas uma coleção de testemunhos de fé para criar nos crentes o mesmo tipo de experiência. Não se usa mais o termo “Palavra” para doutrinas porque estas não são adequadas ou nem mesmo relevantes para todas as pessoas.
No cenário atual podemos diagnosticar várias tendências modernas e pós-modernas. Brunner no está só em sua ênfase subjetiva para a Revelação. W. Pannemberg crê que a revelação se dá na história. Revelação é a ação de Deus na história. Acredita que o ser humano com seus poderes naturais sem nenhuma ajuda sobrenatural pode apropriar-se desta revelação que Deus faz de si mesmo na natureza. Para Karl Barth e R. Bultmann a revelação é o Kerygma (proclamação), mas com uma forte qualidade existencial. Eles fazem uma ligação entre proclamação e revelação. O Kerygma está intimamente ligado com a experiência humana, não há a dimensão pública. Todavia, os teólogos da Teologia da Libertação criticam Bultmann, pois a fé tem uma dimensão pública além da privada que é o próprio Kerygma (religião própria e particular). A teologia kerigmática é confrontada com a teologia da libertação, há muitas críticas. A teologia da libertação fala da revelação como uma nova percepção. Revelação para os teólogos da libertação é uma emergência a um estado mais avançado da consciência humana, não há conteúdo fixo. Esta revelação é mediada por eventos paradigmáticos e como conseqüência a bíblia deve ser reinterpretada para se ajustar as mudanças históricas. Dentro da concepção da Teologia da Libertação, Deus hoje está sendo revelado na história. Assim, revelação é o resultado de nosso envolvimento na história, a qual é mediada pelo clamor do povo, o que exige participação social. A história passa a ser o cenário da revelação e a palavra de Deus nos alcança à medida de nosso envolvimento e participação.
A questão que deve ser levantada para reflexão é a seguinte: a revelação como um tipo de encontro e uma experiência interior, bem como a revelação como um momento histórico e uma nova percepção, são conceitos que têm em comum uma abordagem antropocêntrica. Estes diferentes pontos de vista sobre a revelação são definidos de acordo com a perspectiva do homem e não de Deus. Quais as implicações disto para o cristianismo pós-moderno?

*Jorge Schemes:
Bacharel em Teologia Línguas Bíblicas – Grego e Hebraico.Licenciado em Pedagogia com Habilitação em Séries Inicias e Administração Escolar.Licenciado em Ciências da Religião.Pós-Graduado em Interdisciplinaridade e Metodologia do Ensino Superior.Pós-Graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional.Professor de Filosofia da Educação e Educação Não-Formal na FEJ – ACE.Professor de Religião no Instituto de Parapsicologia de Joinville.Professor de Metodologia Científica na Escola Superior de Teologia e Filosofia do Brasil – ESTEFIB.Técnico Pedagógico na GEECT - Gerência da Educação, Ciência e Tecnologia.